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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 167

Christian Müller –

O céu estava nublado quando descemos do carro. A fachada cinzenta da prisão parecia refletir o peso que eu carregava no peito.

Ao meu lado, Mark mantinha a postura firme, atento. Três advogados nos acompanhavam, cada um segurando pastas recheadas de verdades que estavam a muito tempo escondidas.

Hoje não era sobre revanche. Era sobre justiça. E acertos finais.

Entramos sem cerimônia. O recepcionista arregalou os olhos ao me ver — sabia quem eu era. Todos sabiam. Não importava.

Me aproximei do balcão.

— Quero falar com Arthur Müller — anunciei com a voz baixa, mas cortante. — E quero uma sala privada. Com ele. Com o advogado dele. E com os meus.

O policial hesitou por um segundo, trocou olhares com o delegado, mas logo concordou.

Ninguém queria bater de frente comigo. Não agora. Não mais.

Fomos conduzidos por corredores gelados até a sala de reuniões.

A tensão era quase palpável. Cada passo ecoava como um prenúncio. Eu sentia o coração bater lento e pesado, como um tambor de guerra.

Instantes depois, Arthur entrou algemado, os ombros retos apesar do uniforme desgastado.

Os olhos dele estavam escuros e profundos, varrendo a sala até pousarem nos meus. Nenhuma palavra. Nenhuma reação.

Ele se sentou diante de mim como um estranho que carrega o mesmo sangue.

— Senhores — disse o advogado dele, quebrando o silêncio — Se isso for uma tentativa de acusação direta, já adianto que meu cliente não tem interesse em colaborar...

— Isso não é uma acusação — interrompi, com frieza, jogado as pastas sobre a mesa de ferro. — É uma proposta.

Folheei tudo. Um a um, os documentos foram revelados: laudos médicos da minha mãe, indicando a aceleração misteriosa da doença. A autópsia, alterada. Fotografias da falsa enfermeira saindo da mansão, sempre encapuzada. E mais...Imagens de Norma, anos atrás, se beijando com nosso pai dentro do carro, como dois abutres conspirando.

Arthur continuava calado, mas seu maxilar se movia levemente, pressionado pela tensão.

— Aqui — continuei a falar, puxando outro envelope — Esses são as movimentações de caixa dois. O pub que você achava ser um capricho meu? Era onde monitorávamos as transações. Lavagem de dinheiro. Testemunhas. Documentos. Vídeos. Tudo.

Estendi o pen drive. O advogado de Arthur olhou com seriedade o material, folheando os papéis. Ao fim de alguns minutos de silêncio, soltou um suspiro longo.

— Com isso... não há mais defesa. A única chance é delatar, Arthur.

Arthur ainda não disse nada.

— Quero ficar sozinho com ele — falei olhando para o advogado, que imediatamente encarou Arthur, que assentiu com um aceno de cabeça.

Os advogados hesitaram. Mark me encarou, como quem pergunta silenciosamente: Você tem certeza? Assenti.

Um a um se retirou da sala, aguardando do lado de fora. Agora éramos só nos dois. Os irmãos Müller.

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