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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 175

Christian Müller –

Sai daquele lugar, me sentindo mais leve por um lado, mas por outro, meu coração pesou.

Já era outro dia e eu havia perdido a noção do tempo. Eu só pensava nela, em como ela iria reagir a isso.

Conseguia imaginar o desespero em seus olhos. O medo de que, provavelmente eu tivesse a causado, depois desse tempo todo sem dar notícias.

—Christian... – A voz de Mark tomou meus pensamentos. Me virei para o olhar, vendo-o parado perto do carro. —Irmão...

—Eu vou para casa. Ela deve estar desesperada. – Falei o vendo assentir e então, entrei no carro e o liguei, acelerando mais do que tudo. Como se a minha vida dependesse daquilo.

Depois de um tempo, assim que me aproximei dos imensos portões de entrada, senti meu coração pulsar no pescoço.

A culpa, o medo de a encarar e dizer que meus lábios foram tocados por outra, mas que foi necessário. Eu sei que, mesmo que eu explicasse e tentasse mostrar que minha cabeça estava o tempo todo nela, ainda não seria capaz de me fazer sentir limpo.

Parei o carro na entrada e hesitei antes de sair. Eu me senti o pior dos seres humanos e mesmo sabendo que não foi porque eu quis, a culpa estava me consumindo.

Meus passos ecoaram como uma batida surda dentro do meu peito. Eu estava de volta. Vivo. Em pedaços. Mas inteiro o suficiente para continuar.

E foi então que vi.

Logo à frente, na sala de estar, Laura estava de pé, imóvel, segurando o celular com as duas mãos como se a vida dependesse dele. O rosto pálido, os olhos arregalados, cheios de terror e esperança em conflito.

Ela encarava Amanda, que gesticulava, tentando dizer alguma coisa, mas parecia perdida também. As duas estavam no meio da sala, como personagens presas em um instante de pesadelo.

Amanda foi quem me viu primeiro.

— Laura... — disse ela, a voz engasgada, num sussurro que atravessou a sala feito um trovão abafado.

Laura se virou.

E naquele momento... o mundo parou.

O celular escapou das mãos dela, caindo no tapete com um baque surdo. Ela não gritou. Não chorou. Só correu.

Correu como se os pés não tocassem o chão.

E quando chegou até mim, me envolveu num abraço tão forte, tão desesperado, que por um instante, todo o resto desapareceu.

— Christian... — ela sussurrou, enterrando o rosto no meu peito, mas se afastou no momento seguinte.

E nessa hora eu sabia o motivo.

Os lábios dela se entreabriram e então, ela soltou um suspiro, mantendo o nosso olhar. E como se ela quisesse deixar o assunto de lado, ela fingiu não se importar com o perfume enjoativo que emanava da minha camisa.

A culpa me toou de novo.

O olhar dela me varria de cima a baixo, as mãos frenéticas tocando meu rosto, meu peito, meu pescoço. Procurando feridas. Provas. Qualquer sinal de que eu não era um fantasma.

Ela tremia. Inteira.

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