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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 177

Christian Müller –

O carro mal parou e eu já saltei de dentro dele com o coração espancando minhas costelas como se quisesse fugir de dentro de mim.

A antiga sede da empresa estava irreconhecível. Tapumes, poeira, máquinas roncando.

Uma equipe inteira de engenheiros e operários já começava a cravar as últimas ordens de demolição.

Corri por entre os caminhões, empurrei um dos engenheiros que bloqueava o caminho e ergui o papel que Mark tinha conseguido. A tinta ainda fresca da assinatura do juiz tremia na minha mão suada.

— Ordem judicial! — gritei, com a voz rouca de urgência. — Parem TUDO agora!

Um homem com capacete branco se virou para mim. Devia ser o chefe da equipe. Ele pegou o papel da minha mão com desconfiança e leu, franzindo a testa.

— Isso é uma bagunça completa — Murmurou ele sem humor. — Já destruíram quase metade da estrutura. Eu nem deveria deixar você entrar. É perigoso. Um movimento errado e esse prédio vira um túmulo.

— Então me enterra com ele — Falei sem pensar, já me afastando. — Eu preciso chegar ao escritório do meu pai.

— EI! VOCÊ NÃO PODE...!

Eu já não ouvia mais.

Só sentia os pés batendo firme no concreto rachado, os estalos sinistros dos escombros cedendo sob meu peso. Subi escadas quebradas, pulei vigas caídas, o pó queimando nos olhos e nos pulmões. O chão parecia vibrar sob meus pés, como se o prédio tivesse uma última respiração antes de morrer.

Cheguei ao terceiro andar. O corredor onde ficava o antigo escritório do meu pai ainda estava de pé, embora mal reconhecível.

As paredes rachadas, o teto rangendo com o peso da destruição.

O lugar parecia um pesadelo congelado.

Empurrei a porta — ou o que restava dela — e ali estava. O velho cofre, intacto, atrás da estante caída.

Me arrastei por baixo dos móveis retorcidos, tossindo, lutando contra o ar espesso.

Tudo tremeu.

Um estalo metálico cortou o ambiente. Gritos ecoaram do lado de fora.

— TEM ALGUÉM LÁ DENTRO! TEM GENTE LÁ DENTRO!

Não tive tempo de olhar.

O estrondo veio como um trovão.

Um braço do guindaste, ignorando a ordem de paralisação, rompeu a lateral do prédio e arrebentou a parede do escritório.

Os estilhaços de vidro voaram como navalhas. A estrutura inteira rangeu, como se estivesse desabando ao meu redor.

Fui jogado contra a parede com a força do impacto. Por um segundo, tudo sumiu. Som, luz, ar.

Tossi, engasgado.

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