Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 19

Christian Müller -

A manipulação e a traição vinda pela minha própria família. O que eu poderia esperar?

Meu avô sempre foi um homem estrategista, mas no dia do bar, ele foi longe demais.

Ele queria um herdeiro. E para sua peça chave do plano, entregou camisinhas furadas para Mark, que as entregou para mim, sendo mais uma cobaia do meu avô.

Ele não sabia e agora, Ivy carregava um filho meu.

Eu deveria estar furioso, mas só de saber que o plano não foi bem como meu avô queria, já era gratificante.

Ele contava com Andressa para o ajudar e infelizmente, acabou atingindo outra pessoa. Uma pessoa que eu não queria que saísse machucada.

Minha mente não parava de voltar para a noite do jantar.

Ivy estava exausta e seu corpo mostrava isso. Como eu ainda podia querer usá-la no meu plano?

Eu deveria estar cuidando dela, mantendo-a afastada disso, mas não consigo parar de pensar nela.

E enquanto eu lavava os cabelos dela, sentia uma tensão pairando no banheiro e aquilo me afetava. Meus olhos deslizavam pelo rosto e corpo daquela mulher, mexendo com a minha cabeça completamente.

E quando me dei por mim, estávamos próximos. Tão próximos que me fazia querer tê-la para mim. - Mais uma vez.

As lembranças da noite do bar rodeavam minha mente como se fossem muito recentes.

Eu estava enlouquecendo.

Foi quando de repente, meu telefone tocou me tirando daqueles devaneios e me trazendo para a realidade.

Eu xinguei baixo e me levantei, indo até o aparelho.

— O que é? — atendi, irritado.

Do outro lado da linha, uma voz feminina chorosa.

— Christian. — Eu não posso aceitar que fique com ela! Venha me ver ou eu acabarei com a minha vida.

Aquilo me fez soltar um riso. Que encenação ridícula era aquela? Nós nem tínhamos intimidade para isso.

E foi aí que estava o erro. Ela indo desligar o telefone e eu ouvindo a voz dele no fundo.

Cristovan Müller. Meu avô.

— Não faça nada. Vamos nos encontrar! - Falei a mandando uma localização. A do mesmo bar onde deveríamos ter nos encontrado nos planos do meu avô.

E então, eu dirigi para lá. E durante o caminho, me perguntei o porquê eu estava deixando uma mulher interessante em casa sozinha, para jogar com oura.

Com uma que se vendia por tão pouco para estar na minha cama.

Cheguei no bar e respirei fundo, pedindo uma bebida. Não demorou muito para que Andressa chegasse.

Com sua roupa curta e sua dignidade menor ainda.

Ela tocou meu ombro e sorriu.

—Eu sabia que você não me deixaria esperando! - Disse ela com um sorriso ardiloso.

Imediatamente sai de lá. Me sentindo sujo. Eu não consegui voltar para casa naquela noite e fui para o escritório.

Por mais que o lugar fosse grande e espaçoso, me sufocava. Tinha muito dela ali.

Me deitei na poltrona e adormeci. E quando eu decidi ir atrás dela, já era de manhã.

Peguei minhas coisas e fui para casa, mas disseram que ela já havia saído. - Era dia de consulta. Mais uma chance para eu me redimir.

Só que o destino talvez não quisesse cooperar. Assim que cheguei no hospital, esparrei mais uma vez em Andressa, que logo veio até mim.

—Querido, veio me acompanhar? Seu avô sabe que não ando muito bem esses dias e... - Eu então a cortei.

—Eu estou com pressa, Andressa. Estou indo ver meu filho! - Falei fazendo menção de sair, vendo Ivy de longe.

E de repente Andressa gemeu, tocando o tornozelo.

—Christian, dói! - Disse ela fingida e então eu a segurei para que ela não fizesse mais escândalos.

E de longe, um olhar triste e decepcionado pareceu desviar de mim.

Respirei fundo e ajudei Andressa a se sentar, encarando-a com frieza.

—Eu disse que vou ver o meu filho. Por favor, não mexa com a minha mulher. - Falei a vendo rir.

—É só ela não atrapalhar meus planos! - Eu então a encarei e soltei um riso, soando ameaçador.

—Encoste um dedo nela e saberá com quem está se metendo!