Laura Stevens –
Estar em casa novamente, por mais que eu não tenha passado muitos dias fora, foi como se uma sensação de alívio e leveza me cobrisse. Nada mais aconchegante do que estar de volta ao seu próprio lar.
Assim que Christian abriu a porta, o cheiro familiar da nossa casa me envolveu como um abraço, e senti a emoção transbordar em mim.
No instante seguinte, ouvi os passos apressados de Nathan ecoando pelo corredor. Ele surgiu na sala como um foguete, os olhos brilhando de ansiedade e felicidade. Meu coração quase não coube no peito.
Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele já corria na nossa direção.
Christian se agachou ao lado dele, colocando uma mão firme em seu ombro e apontando para a bebê nos meus braços.
— Campeão — disse ele, com a voz cheia de orgulho — essa é a nossa princesinha. A Tereza. Olha como ela se parece com você?
Nathan arregalou os olhos, formando um perfeito "o" com os lábios, maravilhado. Eu me abaixei cuidadosamente, trazendo Tereza para mais perto dele, para que pudesse vê-la melhor.
A pequena se mexeu em meus braços, e em um movimento doce, abriu seus enormes olhinhos castanhos. Ela encarou o irmão, curiosa, como se o estivesse reconhecendo já na primeira troca de olhares.
Meu coração se derreteu completamente.
Nathan sorriu de orelha a orelha, inclinado para frente e falou com uma doçura que fez meus olhos marejarem:
— Oi, irmãzinha... seja bem-vinda. Quer conhecer o meu quarto?
Soltei uma risada emocionada e beijei o topo da cabeça dele, inalando o cheiro doce que era só dele.
— Eu estava com tanta saudade, meu amor — sussurrei, abraçando-o com o braço livre, tentando guardar aquele momento para sempre dentro de mim.
Christian sorriu para mim, exibindo seus olhos tão cheios de ternura quanto os meus. Ele se aproximou, tocou delicadamente meu cotovelo e me ajudou a caminhar até o nosso quarto.
Cada passo era uma vitória. Cada respiração, um alívio.
Quando entramos, meus olhos se encheram de lágrimas novamente.
Ao lado da cama, estava o berço cor de marfim que havíamos escolhido juntos, com pequenos ursinhos cor-de-rosa cuidadosamente presos nas laterais. Fios de luz suave contornavam o espaço, e havia um móbile de flores acima do berço, girando lentamente. Era tudo tão delicado, tão perfeito.
Meu refúgio. Meu lar em todos os sentidos.
Christian me ajudou a me acomodar na cama, ajeitando os travesseiros atrás de mim com todo cuidado do mundo. Em seguida, sentou-se ao meu lado e se inclinou sobre Tereza, tocando com os dedos as pequenas mãos gordinhas dela.
Ele começou a conversar baixinho com nossa filha, e cada palavra dele parecia encher o quarto de luz:
— Oi, filha... — disse ele, com aquele sorriso bobo que só ela parecia arrancar dele — espero que você goste da nossa casa. Você vai amar ficar com a gente... Nós esperamos muito por você e estamos muito felizes que você tenha chegado bem.
Tereza soltou um pequeno suspiro enquanto ouvia a voz do pai, como se entendesse cada palavra. Confesso que aquela reação da pequena, fez meu peito se encher de orgulho.
Sorri, sentindo as lágrimas ameaçarem cair de novo, mas dessa vez eram lágrimas boas, de pura gratidão.

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