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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 22

O silêncio no carro era sufocante.

Estávamos voltando para casa e Christian dirigia, mantendo os olhos fixos no caminho que o carro fazia. Sua mandíbula estava travada e seus dedos apertavam firme o volante, como se tentasse controlar algo dentro de si.

Eu por outro lado, estava com os olhos fixos na vista da janela, que passava diante dos meus olhos como um borrão.

Mas na verdade, minha mente estava no que havíamos acabado de fazer. Eu sei que era loucura, mas eu não conseguia parar de pensar nele. - Em nós.

Quando chegamos em casa, desci do carro sem dizer nada e segui direto para dentro.

Eu estava cansada.

Cansada de tentar entender Christian, de tentar decifrar o que se passava na cabeça dele.

E quando eu estava prestes a subir os degraus da escada, ouvi a voz dele me chamar.

— Ivy.

Eu me virei devagar, encontrando os olhos dele procurando os meus.

Ele estava parado perto da porta, com as mãos dentro dos bolsos da calça. Ele exibia o semblante fechado, como se estivesse ponderando o que dizer. Então, respirou fundo e deu alguns passos em minha direção.

— Sobre o que aconteceu agora há pouco...

Algo dentro de mim se apertou.

Ele parecia hesitante, como se estivesse prestes a dizer algo que eu não queria ouvir. Então, antes que ele continuasse, me antecipei com um sorriso pequeno, tentando tornar tudo mais fácil para nós dois.

— Não se preocupe. Antes que o senhor diga que foi apenas um erro, vamos apenas fingir que nada aconteceu. Foi algo do calor do momento, os hormônios e...- Dei de ombros, tentando fingir que aquilo não tinha importância para mim.

Eu então respirei fundo e continuei a falar:

—Se quiser culpar os meus hormônios é bem melhor! - Falei soltando um sorriso fraco, vendo por um segundo a expressão de Christian mudar.

Ele franziu as sobrancelhas e uma sombra cruzou seu olhar.

— Eu não seria imaturo de fazer uma coisa dessas. Mas você precisa estar ciente de que o nosso casamento não é de verdade, por mais que minhas responsabilidades sejam.

Assim que ele disse aquilo, meu coração se apertou.

Ele então, soltou um respiro profundo e continuou.

— Eu não sou uma pessoa boa, Ivy. Tudo isso faz parte de um plano, e eu quero que sua participação seja mínima.

Engoli em seco. Algo dentro de mim se partiu, mas mantive a postura.

— Sim, senhor. - Respondi e sem esperar mais nada, me virei e subi as escadas, ignorando qualquer outra coisa que ele tivesse a dizer.

Assim que entrei no quarto, fechei a porta e encostei as costas nela, sentindo o peso das palavras dele me esmagar.

— Seria mais fácil se ele apenas dissesse que foi um erro. Doeria menos. - Falei em um resmungo, respirando fundo sentindo como se meu peito estivesse esmagado.

Foi difícil fingir que aquilo não me magoou. Me deitei na cama, virando de lado e abraçando o travesseiro.

O sono demorou a vir, e quando finalmente veio, era inquieto, fragmentado.

No dia seguinte, acordei antes de Christian. Me arrumei rápido e saí sem tomar café, indo direto para o trabalho.

—Obrigada! Eu viu encarar como um elogio.

E o que deveria ser uma viagem silenciosa de elevador, se tornou uma conversa leve e envolvente, algo que eu precisava.

E assim que as ports se abriram, saímos e continuamos conversando.

—Ivy, no centro da cidade tem uma pequena cafeteria. Não sei se conhece, uma subterrânea.

—Ah, já passei por lá algumas vezes. Acho bem escuro o lugar. - Falei fazendo uma careta.

Ele sorriu.

—Na verdade, é escuro de propósito. Lá é uma biblioteca café. Você vai amar! - Disse ele me avisando.

—Obrigada. Irei lá! - Falei educada e assim que nós nos viramos para continuarmos o nosso caminho, o clima logo foi quebrado pela presença de Christian.

—Arthur! - Disse ele com a voz cheia de raiva, cortando o ar.

Meu coração disparou ao ver Christian parado ali, nos encarando com uma expressão sombria.

Seu olhar não estava apenas frio, estava perigoso.

Eu não conseguia desvendar o que Christian estava pensando. Para mim, ele era uma completa incógnita, mas algo era certo...Ele queimava de ódio.

O homem ao meu lado sorriu com um toque de ironia, mas sem perder a calma.

— Olá, irmão.

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