Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 23

A tensão no ar era quase sufocante.

O olhar frio de Christian para Arthur fazia um arrepio percorrer minha espinha e antes que eu pudesse reagir, ele deu um passo à frente e segurou meu braço com firmeza.

— Vem comigo.

Sem tempo para protestar, fui puxada junto a ele para dentro do escritório.

Arthur nos seguiu tranquilamente, como se estivesse se divertindo com a situação. E assim que passamos pela porta, ela foi fechada atrás de nós, e eu aproveitei o momento para tentar me afastar.

— Se me permitam, eu já estou de saída… — comecei a dizer, mas fui interrompida.

— Fique. - Disseram os dois em uníssono, se olhando primeiro para depois me encararem ao mesmo tempo.

Olhei para Christian, depois para Arthur, sentindo que algo muito maior do que uma simples discussão de irmãos estava acontecendo ali.

Christian estreitou os olhos para Arthur o questionando diretamente:

— O que você está fazendo aqui? E por que estava de papo com a minha mulher?

Arthur soltou uma risada baixa e cruzou os braços, exibindo um olhar divertido, completamente carregado de sarcasmo.

— Não posso visitar o irmão que tanto amo?

Christian riu sem humor.

— Agora que já me viu, saia!

Arthur fingiu dar um passo em direção à porta, mas então parou, voltando seu olhar para mim.

Ele me analisou por um momento antes de encarar Christian novamente, o mostrando um sorriso enigmático.

— Fez uma boa escolha dessa vez — disse ele, com um tom que me deixou desconfortável. — Não estrague tudo com ela.

Christian permaneceu rígido, com seu maxilar travado e a tensão irradiava dele.

Os músculos de Christian se contraíram, sua expressão se tornando ainda mais sombria.

— Saia daqui.

O rosnado grave e perigoso fez Arthur rir de leve, mas ele obedeceu.

Arthur passou pela porta como se não houvesse nenhuma pressa, despedindo-se de mim com um breve aceno antes de desaparecer pelo corredor.

Depois disso o clima ficou mais gélido do que o próprio inverno.

Quando finalmente me virei para Christian esperando por uma explicação, ele já estava com seus olhos fixos em mim. Seu olhar era intenso e carregado de algo que eu não conseguia decifrar.

— Não quero você perto dele! - Disse Christian com sua voz autoritária, porém, baixa.

Franzi as sobrancelhas, confusa com a ordem repentina.

— O quê? - Perguntei soltando um riso sem humor.

Ao me ouvir, Christian deu um passo à frente, me encurralando contra a mesa. Seu corpo quente se aproximou do meu e o ar entre nós pareceu carregar eletricidade.

Meu coração acelerou, mas não era desejo. Era frustração.

Sua voz soou baixa quase que em um sussurro, porém, intensa o suficiente para arrepiar cada centímetro do meu corpo.

— Não se apaixone!

— E se eu já estiver? — As palavras escaparam antes que eu pudesse contê-las, soando mais como um desafio do que como uma confissão.

O olhar de Christian escureceu.

Sua respiração ficou mais pesada e seu aperto no meu queixo se intensificou por um breve instante antes dele soltar um suspiro forte, inclinando-se se mantendo perigosamente perto.

— Então… você está cometendo um erro. — Sua voz saiu grave, baixa, quase um sussurro contra minha boca.

Os olhos de Christian brilharam com algo sombrio e perigoso. Ele passou a língua pelos próprios lábios, como se estivesse tentando se controlar, mas então, sua outra mão deslizou pela minha cintura, me puxando contra ele com firmeza.

Um pequeno suspiro escapou da minha boca quando senti seu corpo quente e rígido colado ao meu. O ar ficou mais pesado e eu sentia minha pele formigar sob o toque dele.

Christian então, roçou a ponta do nariz contra o meu e sua voz soou, completamente tomada por desejo e frustração.

— Você... Não faz ideia do que está provocando em mim.

— Então pare de lutar contra isso. — Minha voz saiu num sussurro e meu olhar fixou no dele intensamente.

O maxilar de Christian travou e por um segundo, achei que ele fosse se afastar, mas então, com um grunhido baixo e rouco, ele segurou meu rosto com ambas as mãos e tomou minha boca com um beijo intenso, bruto, faminto.

Christian desceu os lábios para o meu pescoço, mordiscando minha pele sensível. E então, ele se afastou para me olhar.

— Pare de me provocar ou eu não responderei por mim.