Christian de repente se afastou, me deixando completamente sem reação.
Meu coração ainda batia acelerado, e eu ainda podia sentir o toque dos lábios dele nos meus, mas ele simplesmente se virou como se nada tivesse acontecido e foi embora.
Era como se o que tínhamos acabado de fazer, fosse algo que ele pudesse simplesmente apagar.
Fiquei parada por mais alguns segundos, tentando assimilar o que estava acontecendo, mas o orgulho falou mais alto.
Respirei fundo, engolindo o nó na garganta e saí da sala com passos firmes, voltando para minha mesa.
Sentei e tentei me concentrar no trabalho, mas tudo parecia estranho.
Minha mente estava inquieta relembrando cada toque, cada olhar intenso de Christian sobre mim. Eu não entendia o porquê de ele se dar o trabalho de se aproximar, só para me afastar depois.
Essa dualidade dele estava me enlouquecendo.
Eu estava absorta em meus devaneios, quando de repente, o toque do meu celular me trouxe de volta.
Assim que olhei para a tela e vi o nome de Amanda, não hesitei em atendê-la.
— Oi, Amanda. - Perguntei com a voz baixa, deixando transparecer sem querer o meu desânimo.
— Oi nada! Que horas você sai daí? Você precisa respirar um pouco. - Disse ela com seu jeito extravagantemente animado.
Olhei para o relógio e respirei fundo. Ainda faltava um tempo para o fim do meu turno, mas a ideia de sair e espairecer me pareceu tentadora.
— Não falta muito. Você tem algo em mente? - Perguntei a ouvindo sorrir.
— Sim! Vamos comer juntas e depois tenho algo para te mostrar. Você vai gostar!
Sorri, sentindo um alívio ao saber que teria um momento longe dali.
— Tudo bem, me encontra na entrada do prédio? -Perguntei ouvindo-a concordar.
— Combinado!
Desliguei o telefone e soltei um suspiro pesado. Talvez conversar com Amanda me ajudasse a colocar meus pensamentos no lugar.
Assim que terminei uma última tarefa, peguei minha bolsa e saí do prédio. Amanda já estava do lado de fora, esperando por mim com um sorriso animado.
— Pronta para um pouco de distração? - Perguntou ela com um sorriso animado.
— Por favor. — Revirei os olhos, me permitindo rir um pouco.
Entramos no shopping animadas, e por um momento, eu consegui esquecer tudo que me atormentava. Amanda estava radiante, puxando-me de um lado para o outro, e sua energia contagiante fez com que eu finalmente soltasse um riso genuíno.
— Vem cá, você vai amar isso! — Amanda disse empolgada, puxando-me pelo braço.
— O que é agora?
— A nova loja de roupinhas de bebê! — Ela exclamou, me olhando com olhos brilhantes.
Meu coração deu um salto no peito. Eu ainda não estava acostumada com a ideia de comprar coisas para o bebê, mas algo dentro de mim se aqueceu com a empolgação dela.
Entramos na loja e fomos recebidas por um mar de roupas delicadas, sapatinhos minúsculos e acessórios encantadores. Tudo parecia tão pequeno e fofo, que meu coração amoleceu instantaneamente.


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