Christian Müller -
Me levantei do sofá para preparar algo para comermos. Fui até a cozinha e preparei uma pasta simples, mas bem feita. Nada muito elaborado, mas o suficiente para garantir que Ivy se alimentasse.
Quando voltei até a sala com o prato em mãos, parei ao ver Ivy adormecida sobre as almofadas.
Ela estava encolhida, respirando suavemente, com seus cabelos levemente bagunçados e caídos sobre os ombros. Soltei um riso e me aproximei, me abaixando ao lado dela para notar melhor seus traços.
Ivy era delicada e estava com os lábios entreabertos, em um descanso sereno.
Até assim, ela conseguia ser linda.
Sem pensar muito, passei um braço sob suas costas e o outro sob suas pernas, levantando-a com cuidado. Ivy nem se mexeu, apenas suspirou, aconchegando-se contra meu peito.
Aquilo me desarmou.
Eu a levei para o quarto, afastando os lençóis antes de deitá-la sobre a cama. Me movi com cuidado cobrindo seu corpo e ajeitando seu cabelo para que não caísse sobre seu rosto.
E assim que fiz menção de me afastar, ouvi Ivy chamar meu nome.
— Christian… - Resmungou ela com um tom fraco e manhoso.
Meus músculos enrijeceram no mesmo instante.
Me inclinei até ela novamente, observando seu rosto. Ivy sorria, ainda entregue ao sono, como se sonhasse comigo.
Um calor diferente se espalhou pelo meu peito.
Eu não fazia ideia de que estava tendo uma participação tão importante na vida dela.
Engoli em seco e sem conseguir me controlar, deslizei os dedos pelo rosto dela em um carinho leve. Ivy mantinha seu sono leve, mas em sua feição, era como se estivesse satisfeita com algo.
Continuei a acariciando, reparando cada traço em sua feição. Por que essa mulher me afetava tanto?
Eu estava tão envolvido que nãos sabia a profundidade disso. E então, meus pensamentos me traíram ao pensar que talvez, ela poderia ser o que faltava para mim.
De repente, meu celular vibrou no bolso da calça me tirando daqueles devaneios.
Suspirei, sentindo a irritação voltar. Me afastei e saí do quarto, pegando o telefone para atender.
Atendi o telefone, me encostando à parede do corredor enquanto soltava um suspiro.
— Fala.
— Nossa, que educação, hein? — Amanda resmungou do outro lado da linha, a voz carregada de mau humor.
— Fez o que eu pedi? - Perguntei a ouvindo soltar um riso baixo.
— Fiz. Mas me diz uma coisa, Christian…Não seria mais fácil você simplesmente contar pra ela que gosta dela?
Ao ouvir aquilo, minha mandíbula travou.
— Você sabe que não posso. Não por enquanto. - Respondi ouvindo Amanda bufar.
— Ah, claro. O todo-poderoso Christian com medo de admitir que é completamente obcecado por uma mulher. - Ela então soltou um riso. — Desde a primeira vez que viu Ivy, você não pensa em outra coisa.
Fechei os olhos por um momento, contendo a irritação. Amanda me conhecia bem demais.
— Se você já sabe disso, não precisa falar.


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