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Casamento Secreto com o meu Chefe romance Capítulo 31

Christian permaneceu em silêncio, me observando como se minhas palavras o tivessem atingido mais do que qualquer coisa até agora.

E sem esperar uma resposta, virei-me e saí.

Caminhei pelo corredor do hospital sem olhar para trás, sentindo meu coração disparado no peito. Cada passo parecia ecoar dentro de mim, como se as palavras que eu acabara de dizer ainda estivessem reverberando no ar.

Eu não sabia exatamente por que tinha dito aquilo para Christian, mas sabia que era verdade. Ele carregava dores demais, traumas demais. Ele vivia em um mundo onde confiar era um risco e amar, um luxo que ele provavelmente nunca se permitiu ter.

Quando cheguei à recepção para assinar minha alta, a enfermeira hesitou dizendo que achava melhor que eu passasse a noite lá, mas eu estava bem e só queria ir embora.

Enquanto eu esperava os documentos ficarem prontos, olhei para as pessoas ao redor. Casais, mães com seus bebês, famílias…todos pareciam ter algo que Christian e eu não tínhamos.

Paz!

Minutos depois, recebi autorização para ir embora e saí do hospital, esperando encontrar um táxi, mas antes que eu pudesse chamar um, ouvi passos atrás de mim.

— Ivy.

Meu corpo ficou tenso no mesmo instante.

Fechei os olhos por um segundo antes de me virar e encontrar Christian parado ali. Seu terno escuro contrastava com a expressão séria, mas havia algo diferente nele.

Algo que parecia… perturbado.

— Eu vou te levar para casa – Ele avisou e saiu para buscar o carro.

Suspirei e concordei com um aceno de cabeça.

O caminho até a mansão foi silencioso. Ele dirigia com uma mão no volante e a outra descansando sobre a perna, mas sua mandíbula travada denunciava que seus pensamentos estavam longe dali.

Quando chegamos, ele saiu do carro e abriu a porta para mim.

— Obrigada — murmurei, sem encará-lo.

Caminhei em direção à porta da mansão, mas antes que eu pudesse entrar, senti seu toque firme segurando meu pulso.

Meu coração parou por um segundo.

Me virei devagar, encontrando seus olhos.

— O quê? — perguntei, tentando ignorar o arrepio que percorreu minha pele.

Ele hesitou, como se estivesse lutando contra algo dentro dele. Então, sua voz saiu mais baixa, quase hesitante.

— Você tem razão, Ivy. - Ao ouvi-lo, franzi o cenho o encarando.

— Razão sobre o quê?

— Sobre eu precisar decidir se devo me permitir sentir. - Disse ele me solando de vagar, deslizando sua mão no meu pulso. — Mas você também precisa decidir se quer se permitir isso. Porque, se eu disser que quero, você estará pronta para confiar em mim e passar por tudo ao meu lado?

Aquelas palavras me atingiram como um choque.

Nos encaramos por um longo momento, um silêncio carregado de coisas não ditas pairando entre nós.

Então, sem esperar minha resposta, Christian se afastou e entrou na casa, me deixando ali, sozinha, avaliando aquelas palavras.

Ele estava certo. Confiar nele era um desafio para mim, tanto quanto sentir era para ele.

Respirei fundo antes de entrar. Eu precisava descansar, colocar meus pensamentos no lugar, mas sabia que seria impossível. A cabeça latejava com tudo o que tinha acontecido.

Decida por nós dois 1

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