A água quente envolvia meu corpo como um abraço confortável, o cheiro suave dos óleos essenciais se misturando com o toque hábil dos dedos de Christian em meu couro cabeludo.
Eu já estava completamente entregue àquela sensação, com os olhos fechados e um suspiro de contentamento escapando dos meus lábios.
Os movimentos dele eram lentos, cuidadosos, como se ele quisesse prolongar cada instante, aproveitando o efeito que causava em mim.
E então, sua voz soou baixa, profunda e irresistivelmente sensual:
— Quero fazer um acordo.
Minhas sobrancelhas franziram levemente e abri os olhos o olhando com curiosidade.
—Um acordo? – Perguntei me sentando para o olhar.
Christian respirou fundo e deslizou os dedos da minha nuca para meu ombro, me exibindo sua expressão séria.
— Sim. Algo que vai ser bom para nós dois. – Disse ele, traçando um círculo na minha pele com seus dedos. — No trabalho, podemos continuar fingindo para mantermos nosso relacionamento entre nós. Se eu precisar ser rude, gritar, dar ordens ou manter a postura do chefe severo, você vai entender que é apenas parte do jogo. E quando passarmos por essa porta... Quero que voltemos a ser um casal. Aqui dentro, eu quero que sejamos apenas nós dois. Eu cuidarei de você e do nosso bebê, como sempre fiz.
Minhas mãos deslizaram pela espuma da banheira, sentindo um calor diferente tomar conta do meu peito.
Ele falava com tanta convicção, com tanta certeza.
Eu sabia que Christian não era um homem que fazia promessas levianamente. Se ele estava dizendo aquilo, era porque realmente precisava fazer isso.
Engoli em seco e sorri fraco, assentindo.
— Parece um bom acordo.
Christian arqueou uma sobrancelha, exibindo seu olhar mais intenso.
— Parece? — Ele estreitou os olhos. — Eu preciso de mais do que isso, Ivy. Preciso que me prometa que vai confiar em mim. Que não vai deixar o que acontece lá fora afetar o que estamos construindo aqui dentro.
Abaixei o olhar por um momento. Eu queria confiar.
Queria acreditar que poderíamos separar as coisas e que o que tínhamos estava se tornando algo sólido.
Mas parte de mim ainda tinha medo.
Quando voltei a encará-lo, vi a paciência em seus olhos, como se estivesse esperando que eu chegasse à conclusão por conta própria.
Respirei fundo e então, estendi minha mão para ele.

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