Laura Stevens –
Assim que os exames de Nathan terminaram, ele acabou adormecendo.
Aproveitei o descanso dele para sair e beber um copo de água.
Respirei fundo umedecendo minha garganta para conter o nervosismo, quando de repente, Christian se aproximou fazendo com que meu corpo congelasse.
Ele se encostou na parede, cruzando os braços sobre o peito, me observando com aquele olhar afiado. Sua presença era esmagadora, intensa… sufocante de um jeito que fazia meu coração bater forte, mas não só de medo.
Eu tentei ignorá-lo, tentei focar na água fria que descia pela minha garganta, mas nada apagava a sensação de que ele estava prestes a me encurralar.
—Não acha que passou da hora de conversaros? — Perguntou ele com um avoz equilibrada.
Minhas mãos apertaram o copo descartável. Respirei fundo antes de forçar um pequeno sorriso e desviar o olhar.
— Christian, podemos deixar isso para depois?
Ele não disse nada, mas em segundos senti ele segurar meu pulso. Meu corpo enrijeceu com o toque quente e autoritário.
— Agora, Laura. — Ele não levantou a voz, mas a intensidade em seu tom me deixou sem alternativas.
Sem me dar tempo para recuar, ele me puxou pelo corredor, ignorando completamente minha resistência. Meu coração batia acelerado, não só pela tensão, mas pelo modo como o calor dele me envolvia, pelo jeito que sua pegada firme me fazia ceder mesmo quando eu queria lutar contra.
Passamos por uma porta lateral e assim que pisamos nas escadas de emergência, ele me soltou.
— E aí? — Ele arqueou uma sobrancelha, os olhos fixos nos meus. — Comece.
Meu coração estava tão acelerado que eu podia sentir o sangue pulsando nos ouvidos. O olhar de Christian pesava sobre mim como uma lâmina afiada, esperando o menor deslize para cortar. Eu respirei fundo, reunindo coragem para dizer o que precisava.
— Alguém me puxou para dentro de um banheiro naquela noite — soltei, minha voz mais fraca do que gostaria. — Apontou uma arma para mim e mandou que eu deixasse o vestido e saísse.
Christian me analisou por um instante, seus olhos cinzentos se estreitando.
— Alguém? — Ele repetiu, a desconfiança escorrendo por cada sílaba.
Assenti, desviando o olhar.
— Sim… mas eu não me lembro do nome.
Os dedos dele se fecharam ao lado do corpo.
— Como assim, não lembra?
Engoli em seco, sentindo meu peito apertar com o peso da verdade.
— É um efeito pós-traumático… — murmurei. — O rosto, a voz… tudo sobre essa pessoa me causa sintomas que eu não consigo controlar. Se eu a encontrar, posso até desmaiar.
Um silêncio pesado se instalou entre nós. Eu vi quando Christian puxou o ar entre os dentes, exibindo sua mandíbula travando. Ele virou o rosto para o lado, enfiando as mãos nos bolsos da calça, claramente tentando conter a irritação crescente.
— E os homens? — Ele perguntou, sua voz agora mais controlada, mas ainda perigosa.
Eu respirei fundo, sentindo minha garganta se fechar.
— O mesmo… — admiti baixinho.
Christian soltou uma risada seca e sem humor.


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