Laura Stevens -
O silêncio que veio depois da minha confissão.
Christian continuou a me encarar. Sua respiração estava densa, Sua mão ainda estava na minha, enquanto a minha tremia ligeiramente com tudo o que estava acontecendo.
Eu sabia que ele não ia aceitar isso tão facilmente.
E eu estava certa.
De repente, ele soltou minha mão e me pressionou contra a parede, colocando uma das mãos ao lado da minha cabeça, enquanto a outra envolvia minha cintura, me prendendo ali.
Meu corpo ficou rígido, mas não de medo. Era algo mais intenso, mais profundo.
— Você me diz isso agora? — Sua voz saiu baixa, mas com uma raiva contida que me fez engolir em seco.
— Christian… — tentei falar, mas ele me cortou.
— Você me deixou no inferno, Laura. Você me fez enterrar uma mulher que no final, está viva. E agora, depois de anos, você simplesmente diz que tudo aconteceu para que você viesse para mim?
Ele riu seco, mas não havia humor ali.
Eu queria me afastar, mas ao mesmo tempo, não queria.
Eu nunca quis.
— Eu não tive escolha… — minha voz soou fraca o fazendo soltar um riso incréduto.
— Não teve escolha? — Ele inclinou o rosto para mais perto e eu senti o calor da sua respiração contra minha pele. — Você sequer pensou em voltar? Em me avisar?
Eu apertei os lábios, desviando o olhar.
Christian segurou meu queixo entre os dedos, me obrigando a encará-lo.
— Olha para mim, Laura e me responde. Você queria mesmo voltar?
Eu não conseguia respirar direito. Meu coração batia forte, uma parte de mim querendo gritar tudo o que eu guardei por anos, mas a outra… a outra estava aterrorizada.
Eu não queria dar esse poder a ele. Não queria me entregar tanto assim.
Mas quando olhei para ele, para os olhos ardentes e cheios de uma dor que ele nunca admitiria em voz alta, eu soube que não poderia mais mentir.
— Sim… — sussurrei. — Eu queria voltar.
A respiração de Christian ficou pesada.
Seus dedos deslizaram do meu queixo para o meu rosto e ele me olhou com algo que fez meu peito doer.
— Mas não voltou. - Assim que ele falou, senti um nó apertar minha garganta.
— Eu não podia…
Os olhos dele estavam presos aos meus e por um momento, tudo ao redor desapareceu.
E então, Christian deslizou a mão para minha nuca e me puxou para perto, tão perto que nossos lábios quase se tocaram.
— Então me diz, Laura…. O que te impede de ficar agora? — Sua voz era um sussurro carregado de tudo o que ele estava sentindo
Meu coração parou.
A pergunta dele ecoou na minha mente como uma explosão silenciosa, quebrando todas as barreiras que eu tinha tentado erguer entre nós.
O que me impedia agora?
Meu peito subia e descia, minha respiração entrecortada pelo peso da proximidade, pelo calor do corpo dele contra o meu.

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