~ Alessandra ~
O salão do hotel estava absolutamente deslumbrante, com lustres de cristal refletindo luz dourada sobre os convidados elegantemente vestidos que circulavam entre mesas decoradas com arranjos de flores brancas e verdes que remetiam à temática ambiental do evento. Sorri com satisfação enquanto observava a cena - centenas de pessoas importantes reunidas numa única noite, sem fazer ideia do show pirotécnico que estava prestes a presenciar.
Escolhi um vestido vermelho sangue da Valentino para a ocasião, uma escolha deliberadamente provocativa que contrastava com o tom mais conservador dos outros convidados. Queria ser notada, queria que todos se lembrassem de mim nesta noite histórica.
Caminhei pelo salão com a confiança de alguém que detém informações privilegiadas, cumprimentando conhecidos com sorrisos calculados enquanto minha mente trabalhava nos próximos movimentos. Cada conversa, cada aperto de mão, cada olhar trocado fazia parte de uma sinfonia cuidadosamente orquestrada que estava prestes a chegar ao seu clímax devastador.
Avistei Annelise e Nate perto da mesa de honra, ela radiante em um vestido verde-esmeralda que admito que lhe caía perfeitamente, ele impecável em smoking. O casal perfeito, a imagem da prosperidade e felicidade conjugal. Como seria delicioso assistir a essa fachada se desmoronar publicamente.
— Alessandra — cumprimentou Nate quando me aproximei, sua voz educada mas ligeiramente tensa.
— Nathaniel, Annelise — respondi com meu sorriso mais encantador. — Preciso parabenizá-los pelo noivado. Espero sinceramente que dure mais que a estabilidade das ações da Bellucci.
Vi Anne franzir ligeiramente as sobrancelhas, claramente tentando decifrar se havia uma ameaça velada em minhas palavras. Nate, por outro lado, manteve a expressão impassível, mas percebi seus dedos se contraírem ligeiramente ao redor da taça de champagne que segurava.
— Obrigada pelos votos de felicidade — disse Anne diplomaticamente.
— Oh, querida, são completamente sinceros — assegurei, tocando levemente seu braço numa demonstração teatral de afeto. — Vocês merecem toda a felicidade que conseguirem... enquanto durar.
Deixei a frase pairar no ar por alguns segundos antes de me afastar, saboreando a tensão quase palpável que havia criado. Era apenas o aperitivo do que estava por vir.
Avancei pelo salão até encontrar Christian e Zoey conversando com um grupo de investidores próximo ao bar. Zoey estava absolutamente deslumbrante, como sempre, supervisionando cada detalhe do evento com a eficiência profissional que a tornara tão respeitada na empresa.
— Zoey, querida — disse, me inserindo elegantemente na conversa. — O evento está impecável, como sempre. Tenho absoluta certeza de que esta noite será memorável em todos os sentidos.
— Obrigada, Alessandra — respondeu Zoey com cordialidade profissional. — Esperamos que seja uma noite especial para todos os presentes. Especialmente pra você!
— Oh, será inesquecível — confirmei, meu sorriso se alargando. — Completamente inesquecível.
Christian me lançou um olhar penetrante, claramente tentando decifrar minhas intenções. Sempre foi perspicaz demais para o próprio bem. Mas desta vez, mesmo sua inteligência estratégica não seria suficiente para evitar o que estava prestes a acontecer.
Afastei-me do grupo e comecei minha ronda pelos investidores mais influentes presentes. Havia passado horas estudando a lista de convidados, identificando os alvos mais estratégicos - pessoas cujas reações poderiam causar o máximo de pânico financeiro no menor tempo possível.
Aproximei-me de Sir Edmund Hartwell, um dos acionistas mais antigos e influentes da Bellucci, que estava conversando com sua esposa próximo às janelas que ofereciam uma vista espetacular de Londres iluminada.
— Sir Edmund — disse em tom confidencial, me posicionando de forma que apenas ele pudesse ouvir. — Poderia ter uma palavra particular com o senhor?
Ele se afastou ligeiramente da esposa, claramente intrigado pela minha abordagem discreta.
— Acabei de sair de uma reunião com informações extremamente graves sobre a empresa — sussurrei, adotando a postura de alguém que relutantemente compartilha informações sensíveis. — Sugiro fortemente que venda suas ações antes da abertura da bolsa amanhã. As ações vão despencar, e o senhor sabe que eu nunca erro nessas previsões.
A pergunta me surpreendeu. Havíamos discutido todos os detalhes por semanas. Por que ele questionaria agora?
— Claro que tenho certeza — respondi com irritação mal disfarçada. — É exatamente o que planejamos.
Foi então que Marcus fez algo completamente inesperado. Com movimentos deliberadamente lentos, retirou o crachá de imprensa que pendia do pescoço e o guardou no bolso interno do paletó. Em seguida, com a mesma calma calculada, produziu uma pequena carteira de couro e a abriu, revelando um distintivo dourado que brilhou sob as luzes do salão.
— Alessandra Bellucci — disse, sua voz agora carregada de autoridade oficial —, está detida por manipulação de mercado, insider trading e tentativa de fraude corporativa.
Senti o mundo girar ao meu redor. O barulho do salão pareceu se tornar um zumbido distante. Minha mente lutava para processar o que acabara de acontecer.
— Você... você não é jornalista — consegui murmurar, minha voz saindo mais fraca do que jamais imaginei possível.
— Detetive, Polícia Metropolitana de Londres — confirmou ele, sinalizando discretamente para outros homens que comecei a perceber espalhados estrategicamente pelo salão. — E você acabou de me entregar evidências de crimes graves contra o mercado financeiro.
Foi então que a realidade me atingiu como uma avalanche. Não apenas havia sido pega em flagrante, mas havia sido pega numa armadilha tão elaborada que eu mesma havia fornecido todas as evidências necessárias para minha própria condenação.
Enquanto sentia as algemas frias sendo colocadas em meus pulsos, meu último pensamento coerente foi de uma admiração relutante pela perfeição do plano que havia me destruído.
O que me contentava é que eu ainda tinha deixado uma surpresinha para quando Annelise e Nathaniel chegassem em casa.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...