Entrar Via

Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 624

~ NICOLÒ ~

Desliguei o motor e fiquei por um segundo com as mãos no volante, como se ainda pudesse dar ré e fingir que tinha errado de cidade.

Não dei.

A garagem era limpa demais. Organizada demais. Carros caros ocupavam as vagas ao redor. O meu parecia ter entrado ali por engano.

Segui as placas até os elevadores, tentando ignorar a sensação de estar no lugar errado.

O painel era todo de inox, espelhado. Acima dos botões, uma pequena tela pedia código. Lembrei do que o porteiro tinha dito, peguei o papel que ele tinha me entregado e digitei a senha.

O elevador aceitou com um bip discreto e o botão da cobertura acendeu.

Cobertura.

As portas se fecharam e eu me vi sozinho, encarando a minha própria cara no reflexo. A barba por fazer, a camisa simples, o cansaço.

Por um segundo, a mensagem da Renata atravessou minha mente de novo:

"Você não faz ideia de quem a Bianca realmente é."

Fechei os olhos, respirei fundo.

Eu sabia o suficiente. Sabia quem ela tinha sido comigo. Isso, por enquanto, era o que importava.

O elevador apitou, as portas se abriram.

O corredor da cobertura era silencioso, com um tapete grosso que abafava os passos, e uma única porta no fim.

Toquei a campainha antes que pudesse pensar melhor.

A porta abriu alguns segundos depois.

Bianca estava ali.

Descalça, de jeans e camiseta branca simples, o cabelo preso de qualquer jeito em um coque torto. Nada de salto, nada de vestido de grife. Só Bianca.

— Oi — ela sorriu, o mesmo sorriso da pousada, mas em cenário completamente diferente. — Você chegou.

O nó no meu estômago afrouxou um pouco.

— Cheguei — confirmei, sem conseguir impedir que meus olhos fugissem por cima do ombro dela.

— Entra — ela se afastou, abrindo mais a porta. — Bem-vindo à… bagunça.

Passei pela porta e parei logo depois.

O apartamento era inundado por luz natural, janelas enormes se abrindo para Florença. Telhados terracota, cúpulas, campanários. Uma vista de cartão-postal.

Pisos de madeira clara. Um sofá grande em tom neutro, cheio de almofadas. Quadros de arte moderna, fotos emolduradas, uma estante com livros de vinhos, marketing, romances e até um livro infantil.

Não era ostentação escancarada. Tudo era discreto. Mas cada detalhe sussurrava caro.

— Você mora… aqui? — a pergunta escapou antes que eu conseguisse segurar.

Bianca olhou em volta, como se também estivesse estranhando.

— É um pouco exagerado, eu sei — disse, com um meio sorriso sem graça. — É um apartamento de família, então… Mas sim. Atualmente sou eu quem mora aqui.

Família.

Claro.

Tinha uma parte da história que eu nunca tinha visto inteira.

— Você nunca tinha... — comecei, mas as palavras morreram antes de sair.

Ela mordeu o lábio.

— Eu sei — admitiu. — É um pouco... diferente... do que você imaginava, não é?

Era bem perto disso, mas não só.

O nosso preço é apenas 1/4 do de outros fornecedores

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )