~ NICOLÒ ~
Desliguei o motor e fiquei por um segundo com as mãos no volante, como se ainda pudesse dar ré e fingir que tinha errado de cidade.
Não dei.
A garagem era limpa demais. Organizada demais. Carros caros ocupavam as vagas ao redor. O meu parecia ter entrado ali por engano.
Segui as placas até os elevadores, tentando ignorar a sensação de estar no lugar errado.
O painel era todo de inox, espelhado. Acima dos botões, uma pequena tela pedia código. Lembrei do que o porteiro tinha dito, peguei o papel que ele tinha me entregado e digitei a senha.
O elevador aceitou com um bip discreto e o botão da cobertura acendeu.
Cobertura.
As portas se fecharam e eu me vi sozinho, encarando a minha própria cara no reflexo. A barba por fazer, a camisa simples, o cansaço.
Por um segundo, a mensagem da Renata atravessou minha mente de novo:
"Você não faz ideia de quem a Bianca realmente é."
Fechei os olhos, respirei fundo.
Eu sabia o suficiente. Sabia quem ela tinha sido comigo. Isso, por enquanto, era o que importava.
O elevador apitou, as portas se abriram.
O corredor da cobertura era silencioso, com um tapete grosso que abafava os passos, e uma única porta no fim.
Toquei a campainha antes que pudesse pensar melhor.
A porta abriu alguns segundos depois.
Bianca estava ali.
Descalça, de jeans e camiseta branca simples, o cabelo preso de qualquer jeito em um coque torto. Nada de salto, nada de vestido de grife. Só Bianca.
— Oi — ela sorriu, o mesmo sorriso da pousada, mas em cenário completamente diferente. — Você chegou.
O nó no meu estômago afrouxou um pouco.
— Cheguei — confirmei, sem conseguir impedir que meus olhos fugissem por cima do ombro dela.
— Entra — ela se afastou, abrindo mais a porta. — Bem-vindo à… bagunça.
Passei pela porta e parei logo depois.
O apartamento era inundado por luz natural, janelas enormes se abrindo para Florença. Telhados terracota, cúpulas, campanários. Uma vista de cartão-postal.
Pisos de madeira clara. Um sofá grande em tom neutro, cheio de almofadas. Quadros de arte moderna, fotos emolduradas, uma estante com livros de vinhos, marketing, romances e até um livro infantil.
Não era ostentação escancarada. Tudo era discreto. Mas cada detalhe sussurrava caro.
— Você mora… aqui? — a pergunta escapou antes que eu conseguisse segurar.
Bianca olhou em volta, como se também estivesse estranhando.
— É um pouco exagerado, eu sei — disse, com um meio sorriso sem graça. — É um apartamento de família, então… Mas sim. Atualmente sou eu quem mora aqui.
Família.
Claro.
Tinha uma parte da história que eu nunca tinha visto inteira.
— Você nunca tinha... — comecei, mas as palavras morreram antes de sair.
Ela mordeu o lábio.
— Eu sei — admitiu. — É um pouco... diferente... do que você imaginava, não é?
Era bem perto disso, mas não só.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Comprei os últimos capítulos e não consigo acessar....
Cansativo liberar somente 2 capítulos por noite.... Poderia liberar pelo menos 5, né?...
Bianca e Nico ... tão bons ou melhores que Christian e Zoeh!!! Tão lindos! Mas vamos garantir pelo menos 3 capitulos por noite para deixar as leitoras felizes?...
Quando terá novos capítulos? Ansiosa...
Já tem uns 3 dias que não disponibiliza os capítulos. Parou no capítulo 557. PS. Esse livro que não acaba.... 🤔...
Queria saber o que está acontecendo, que os capítulos não estão mais disponíveis....
Poxa vida, ja era ruim liberar 2 ou 3 capitulos por noite a conta gotas, agora falhar na liberacao diaria é pèssimo ... oq tem acontecidoncom frequencia. Desanimador....
Alguém sabe me dizer, quando sai mais capítulos?...
Oq esta acontecendo com os capitulos 566 e 567? Liberei as moedas mas nenhum dos dois foi liberado. E ontem tbem nao houve liberacao de capitulos novos ......
Mdss estou impactada com o plost twist mds mds, história de Maitê é a mais louca e surreal, considero a melhor....