~ BIANCA ~
Levantei tão rápido que a cadeira quase tombou para trás.
— Nico! — chamei novamente, mais alto desta vez.
Ele não parou. Não olhou para trás. Apenas continuou atravessando o restaurante com passos largos e determinados.
Peguei minha bolsa, murmurei uma desculpa apressada para Paolo que estava completamente confuso, e corri atrás dele.
Quando cheguei na rua, Nico já estava a quase uma quadra de distância, caminhando rápido, os ombros tensos, as mãos enfiadas nos bolsos.
— Nico! — gritei, correndo na direção dele. — Espera!
Ele diminuiu o passo. Parou. Mas não se virou.
Alcancei-o ofegante, meu coração batendo descompassado — não pela corrida, mas pelo pânico crescente no meu peito.
— Nico, por favor — disse, tocando seu braço.
Ele se virou, então. E a expressão no rosto dele me cortou como uma lâmina.
Não era raiva. Ou pelo menos, não era só raiva.
Era humilhação. Vergonha. Mágoa profunda.
— Por que você saiu daquele jeito? — perguntei, minha voz saindo trêmula.
Ele me olhou como se eu tivesse feito a pergunta mais absurda do mundo.
— Você realmente me conhece tão pouco a ponto de ter que perguntar isso? — retrucou, sua voz carregada de incredulidade dolorosa.
— Eu... — comecei, mas não sabia como continuar.
— Você me convidou para conhecer sua vida em Florença — disse, gesticulando vagamente ao redor. — E eu aceitei. Eu concordei em vir. Mas eu nunca imaginei... você nunca me contou... que era esse tipo de pessoa.
— Que tipo de pessoa? — perguntei, sentindo lágrimas começando a queimar meus olhos.
Nico me encarou, aqueles olhos verdes que eu amava agora cheios de dor.
— Do tipo que gasta em uma única noite no restaurante o tanto que eu tenho em dívidas — disse, cada palavra saindo como se cortasse a própria garganta. — Do tipo que vive em um mundo tão distante do meu que... que eu nem sei como chegamos até aqui.
— Não é por aí — disse, balançando a cabeça violentamente. — Você está simplificando demais, está reduzindo tudo a... a dinheiro!
— Porque é sobre dinheiro! — exclamou, sua voz ecoando na rua. — É sobre o fato de que você claramente tem muito dele e eu claramente não tenho. E você escondeu isso de mim, Bianca. Deliberadamente escondeu.
— Eu não escondi — defendi fracamente, sabendo que era mentira mesmo antes das palavras saírem.
— Não? — ele arqueou uma sobrancelha, incrédulo. — Então me diz, em que momento durante todos esses meses você mencionou que morava em uma cobertura no centro de Florença? Que tinha três carros? Que frequentava restaurantes onde os cardápios nem têm preço?
Abri a boca. Fechei. Nenhuma resposta adequada apareceu.
Porque ele estava certo.
Eu tinha escondido. Propositalmente. Completamente.
— Eu só... — comecei, tentando encontrar as palavras certas. — Eu só queria que você me conhecesse primeiro. A mim. Não... não isso tudo.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Pelo amor de Deus, disponibiliza mais de 10 capítulos por vez. Que inferno ler 2/3 capítulos por dia apenas....
Poxa,que dificuldade pra liberar os capítulos. Vc perde até o interesse de ler 🤨...
Comprei os últimos capítulos e não consigo acessar....
Cansativo liberar somente 2 capítulos por noite.... Poderia liberar pelo menos 5, né?...
Bianca e Nico ... tão bons ou melhores que Christian e Zoeh!!! Tão lindos! Mas vamos garantir pelo menos 3 capitulos por noite para deixar as leitoras felizes?...
Quando terá novos capítulos? Ansiosa...
Já tem uns 3 dias que não disponibiliza os capítulos. Parou no capítulo 557. PS. Esse livro que não acaba.... 🤔...
Queria saber o que está acontecendo, que os capítulos não estão mais disponíveis....
Poxa vida, ja era ruim liberar 2 ou 3 capitulos por noite a conta gotas, agora falhar na liberacao diaria é pèssimo ... oq tem acontecidoncom frequencia. Desanimador....
Alguém sabe me dizer, quando sai mais capítulos?...