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Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 632

~ NICOLÒ ~

O escritório do Christian era grande, mas não enorme. Mais comprido do que largo, uma parede inteira de vidro com vista para Florença e, no centro, uma mesa que parecia menos “trono” e mais “campo de batalha”. Notebook aberto, algumas pastas empilhadas, uma garrafa de água pela metade. Nada fora do lugar.

Ele estava em pé, ao lado da mesa, terminando uma conversa com duas pessoas de terno. Nem levantou a voz, só concluiu, seco:

— Mandem a projeção revisada até o final do dia. Sem maquiagem.

Os dois assentiram rápido, recolheram papéis e saíram. Uma assistente entrou, deixou outra pasta, saiu de novo. A porta se fechou. Ficamos só nós três: Christian, Dante e eu.

Christian finalmente se virou por completo.

Os olhos dele pousaram em mim por um segundo, avaliando, depois em Dante.

— Problema interessante, hein? — ele repetiu o que o primo tinha dito na porta.

Dante deu um meio sorriso.

— Prometo que é melhor do que muitos que você pega por e-mail.

Christian respirou fundo, como se aceitasse o fato de que a manhã dele tinha acabado de mudar de rumo.

— Certo — disse. — Pode deixar a bomba e sair, Dante.

— Com prazer — Dante respondeu. Deu um tapinha leve no meu ombro. — Boa sorte, quase primo.

E saiu, fechando a porta atrás de si.

O silêncio que ficou não era hostil. Era só… concentrado.

Christian voltou a me encarar. Não parecia bravo. Parecia só ocupado. E curioso.

— Se você está aqui — começou, caminhando até o lado da mesa — imagino que a Bianca tenha te contado quem é.

Assenti.

— Contou.

Uma expressão rápida — alívio? — passou pelo rosto dele. Bem rápida mesmo.

— Ótimo — disse, puxando uma cadeira de reunião e apontando pra outra. — Então posso pular a parte em que eu preciso fingir surpresa. Senta.

Sentei.

Ele também. Se inclinou um pouco pra frente, apoiando os cotovelos nos joelhos, as mãos entrelaçadas.

— E você veio me informar que vai terminar com a minha irmã — afirmou, com a mesma calma com que alguém perguntaria a previsão do tempo.

Eu pisquei.

— Talvez eu devesse — respondi, eventualmente. — Mas não vim fazer isso.

— Não? — ele ergueu uma sobrancelha.

— Não. Porque eu a amo.

Ele ficou alguns segundos me olhando. Não do jeito que mede alguém, mas do jeito que pesa uma frase.

— Certo — disse, por fim. — Então o que você quer?

Engoli em seco. Tinha repetido a resposta mentalmente desde a cafeteria, mas agora ela parecia grande demais.

— Me ajuda a colocar a Tenuta num nível em que eu não me sinta um peso na vida da sua irmã — falei, de uma vez. — Não com caridade. Com trabalho.

Alguma coisa mudou de leve na expressão dele. Os olhos desviaram por um segundo para a janela, depois voltaram para mim.

— Ok — disse. — E o que exatamente você tem em mente quando fala em “nível”?

Respirei fundo.

— Você sabe que temos qualidade — comecei. — Você provou nosso vinho. Viu a terra. Eu posso não ser um homem de números, mas sei fazer o que faço. Tenho amor pelo que faço.

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