Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 103

Alexander

Por uma fração de segundos, pensei que o amor que a Evelyn dizia sentir por mim... não fosse real.

Vê-la chorar diante de um bilhete dele foi como adagas sendo enfiadas no meu peito.

Mas então ela me mostrou.

Que não havia nada a temer.

Ela me ama. Com a mesma intensidade que eu a amo.

Depois de fazer amor com ela — como se fosse a primeira vez — Evelyn fez o que mais gostava: adormeceu nos meus braços.

Quando olhei o relógio, já passava da uma da manhã.

O que significava… que minha pequena Sophia — ou melhor, minha valente Jordan — estava completando dezoito anos.

Beijei a testa da Evie, a ajeitei com cuidado na cama e saí do quarto.

Caminhei pelo corredor até a cozinha.

Tinha pedido para Amélia preparar um bolo pequeno, para que eu pudesse acordar minha irmã com “parabéns”, como fazíamos quando ela era criança.

Abri a geladeira… e lá estava ele.

Pequeno, recheado de chantilly e morangos, com cobertura azul.

Sorri.

Como se aquele bolo fosse um elo entre o passado e o presente.

Mas ainda era cedo.

Vou esperar o sol nascer.

Vou esperar a Evelyn acordar.

Faremos a surpresa juntos.

No caminho de volta para o quarto, me lembrei que não tinha combinado isso com o Jackson.

E quando Jordan era criança, ele sempre participava dessas surpresas comigo e com a minha família.

Fui até o quarto onde ele estava hospedado. Bati.

Nenhuma resposta.

Chamei por ele com a voz firme, mas sem gritar.

Notei que a porta estava apenas encostada… e quando a empurrei…

Meu estômago revirou.

A cama estava intocada.

Mas as coisas dele estavam ali.

O cheiro da loção, fraco… ainda pairava no ar.

Foi quando a certeza me acertou em cheio.

Caminhei até o quarto da minha irmã.

A fúria exalava de mim.

E quando abri a porta…

Lá estavam eles.

Deitados.

Juntos.

Ela se encolhia sob os lençóis.

Ele vestia apenas a calça do pijama.

Ele tentou justificar.

Disse que eram adultos.

Disse que ela era sua namorada.

Mas foram as palavras da minha irmã que me quebraram:

— Eu tô bem, Alex. Foi a melhor noite da minha vida.

Ela teve a melhor noite da vida… e não fui eu quem proporcionou.

Não que eu quisesse me comparar. São relações diferentes.

Mas ela foi tirada de mim.

E quando finalmente a recupero...

Saí do quarto sem dizer uma palavra.

A raiva gritava dentro de mim.

Minha vontade era colocar Reynolds no lugar dele.

Mas eu não podia.

Não faria nada que magoasse minha irmã.

Ou que a afastasse de mim.

Voltei para a sala.

Enchi meu copo com whisky, como de costume.

Fiquei ali, encarando a noite de Houston pela janela.

Estava perdido em pensamentos…

Quando senti pequenas mãos me envolverem pela cintura.

E um beijo suave tocar minhas costas.

— Ela ama ele — a voz da Evelyn veio mansa.

— Eu sei — respondi. — E ele ama ela.

Me virei para encará-la.

Beijei seus lábios, demorando mais do que precisava.

Evelyn era a calmaria das minhas tempestades — até daquelas que ela mesma provocava.

— Te amo — ela disse.

Sorri.

Ultimamente andávamos dizendo isso com a mesma frequência que eu bebia meu whisky.

— Também te amo, amor.

Ela ficou na ponta dos pés e tomou minha boca mais uma vez.

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