Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 126

Alexander

Dois dias.

Se passaram dois dias desde que resgatamos Evelyn… e perdemos Brandon.

E desde então? Nada.

Todas as pistas levaram ao nada.

O que tem frustrado — e irritado — Jordan mais do que deveria.

Até colocado ideias perigosas em sua mente.

— Marrenta, já disse que você não vai.

— E eu já disse que não é você quem decide!

Senti a mão de Evelyn repousar na minha perna e, em seguida, seus lábios em meu ouvido.

— O que você está esperando pra intervir?

Ela me olhou com expectativa. E, pelos olhares que recebi do resto da mesa, percebi que todos aguardavam o mesmo.

Dei um gole no café antes de falar:

— Jo.

Ela virou o rosto na hora.

— Jack está certo.

— Obrigado, cara! — Jackson exclamou aliviado.

Mas Jordan se levantou, o olhar afiado como uma lâmina.

— Eu não pedi permissão, nem opinião. Nunca precisei disso de nenhum de vocês.

O tom dela era duro.

— Sempre me virei sozinha.

— Jo... — tentei chamá-la de novo, mas ela me cortou.

— Alex, eu te amo. Te respeito. Mas quando fui te procurar em Berlim, foi pra isso.

Pra encontrar Brandon.

Pra fazer aquele desgraçado pagar por tudo que fez comigo.

Hugo e Rosario trocaram olhares, mas não a interromperam.

— E é isso que eu vou fazer.

Ela deu as costas e foi até a porta. Jackson se levantou, mas Rosario se adiantou e o segurou pelo braço.

— Yo voy, chico. — disse ela com firmeza.

Evelyn também se levantou da mesa.

— Eu vou com a Rosa.

As duas seguiram para fora, atrás de Jordan.

A mesa ficou em silêncio por alguns segundos.

Até que Hugo o quebrou:

— Você não pode tirar dela esse direito.

Era com Jackson que ele falava.

— Que direito? O de se ferir? De ser sequestrada de novo?

— Não. — retrucou Hugo. — O direito de pegar de volta o que Brandon arrancou dela.

— Você só pode estar brincando. — Jack se levantou, indo na direção de Hugo, mas Benjamin foi mais rápido e o conteve.

— Reynolds. — chamei sua atenção.

Ele me lançou um olhar sombrio, se desvencilhou do aperto e voltou a se sentar.

— Hugo. — Ele se virou para mim.

— Sou grato por tudo que fez pela minha irmã. Por todos esses anos.

Dei mais um gole na bebida antes de continuar.

— Mas não quero que a incentive a ir atrás do Brandon. E muito menos sozinha.

— Ela não vai estar sozinha. — Hugo respondeu firme.

— A ideia dela é excelente. E eu estarei lá com ela.

Virou a cadeira para me encarar de frente.

— Olha, Alexander... Sei que vocês cresceram com o Brandon. Acham que o conhecem.

Talvez conheçam, sim. Mas não como nós.

— Gatita. — Jackson rosnou pela forma como ele se referiu à Jordan. Mas Hugo não se abalou.

— Como eu ia dizendo… Rosario, Jordan e eu conhecemos o pior lado dele.

Sabemos como esse lado pensa.

— E Jordan é a armadilha perfeita. — Ele concluiu.

— Isso não vai acontecer. — Jackson rebateu. — Você não vai colocar a vida da minha mulher em risco.

— Ela não está em risco. — Hugo falou com convicção.

— Brandon ama a Jordan. Ele nunca a machucaria.

Essas palavras me atingiram.

— Ama? — repeti, rindo sem humor.

— Ele a queimou. A torturou. Psicologicamente. Fisicamente.

— E você me vem com essa de amor?

— Ama sim. — Hugo respondeu sem hesitar.

— Odeio ele tanto quanto vocês. Mas também vi coisas que vocês não viram.

— Brandon fazia tudo isso porque acreditava que estava deixando Jordan forte. Preparada.

— Preparada pra quê? — perguntou Benjamin, quebrando o silêncio até então.

Hugo hesitou. Depois respondeu:

— Ele nunca disse o nome. Só repetia uma coisa:

"Ele nunca pode achá-la."

— Talvez ele estivesse falando do Alexander. — sugeriu Ben.

Hugo negou com a cabeça.

— Não.

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