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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 125

Evelyn

Mesmo com medo de que o pior acontecesse, nunca tive dúvidas de que Alex me encontraria.

E sentir seus braços em mim… é o mesmo que se sentir segura.

Alexander é o meu lugar seguro.

— Tá pronta pra ir? — ele me perguntou, me abraçando por trás.

— Sim. Só quero dar uma olhada no Mateo antes de irmos.

Ele me soltou, e ouvi seu bufar. Me virei e envolvi os braços em seu pescoço.

— Amor, ele levou um tiro por mim.

Beijei seu maxilar.

— Ele estava fazendo o trabalho dele.

— E acabou sendo baleado por mim — retruquei.

— Você vai entrar, perguntar como ele está, e sair — disse naquele tom autoritário.

Mas eu sabia como acalmar o meu namorado.

Fiquei na ponta dos pés, levei meus lábios até os dele e o beijei com todo o meu amor.

— Sabe que não precisa ter ciúmes do Mateo. Ele é um rapaz muito bonito, mas...

Ele não me deixou terminar. Rosnou pra mim antes de dizer:

— O que você disse?

Não resisti e comecei a rir.

— Não me provoca, Evelyn, porque...

Dessa vez fui eu quem o interrompi. Mas não com palavras — com outro beijo.

Esse não foi doce, nem leve. Foi apimentado, cheio de desejo.

As mãos dele desceram até minha bunda e me puxaram ainda mais para perto. Gemi em seus lábios.

— Tem certeza que quer ver o garoto? — perguntou, mordendo meu lábio inferior.

— Podemos voltar pro hotel... e continuar o que começamos aqui.

Ele se esfregou em mim, me mostrando o quanto me queria — e me fazendo arfar no processo.

— Eu posso ter as duas coisas — respondi, arqueando uma sobrancelha.

— Ver o Mateo… e depois ter você só pra mim.

Pisquei para ele e o puxei para fora do quarto.

Passei um dia em observação, mas agora estava tendo alta.

Perdi um pouco de sangue, mas o médico disse que não foi grave.

Graças a Deus, a maluca da Emily não atingiu nada vital com a facada.

Depois que apaguei lá no galpão, as lembranças vieram em flashes.

Mas me lembrei bem de quem me salvou… e de onde ele me levou.

Assim como me lembrei de suas últimas palavras:

“Hoje e sempre.

Hoje estou te deixando…

Mas logo volto pra te pegar.”

Brandon não apenas usou as palavras que eu dizia pra ele…

Ele fez a promessa de voltar por mim.

Mas o que ele não sabe é que eu não tenho intenção nenhuma de ir com ele.

Ele me machucou de diferentes fomas.

As marcas que ainda não cicatrizaram… doem até hoje.

E as que fecharam, continuam aqui —

me fazendo lembrar todos os dias de que o que tivemos nunca foi amor.

Foi doentio.

De ambas as partes.

Brandon não soube dar amor.

E eu... não soube me amar.

— Bom dia! Como está se sentindo? — perguntei a Mateo assim que entrei no quarto.

— Estou bem, senhora Sterling. E a senhora?

Notei a expressão de Alexander mudar imediatamente com o modo como Mateo me chamou. Parece que ele gostou do "Senhora Sterling".

— Estou bem. E, por favor, Mateo, lembre-se que sou só Evie.

Ele ficou sem graça.

— Tudo bem então… Evie.

Nós dois rimos, conversamos um pouco. Fiquei feliz em saber que ele estava se recuperando bem.

Alex e eu voltamos para o hotel e fui recebida com todo o carinho pela minha menina, Rosario e os meninos.

— Evie, tô quase te colocando dentro de uma caixinha, só pra que ninguém mais tente nada contra você — disse Jordan, me abraçando com força. Me emocionei com suas palavras.

— Não seria uma má ideia — completou Alexander, fazendo todos nós rirmos.

A manhã passou tranquila.

Alex tinha colocado toda a equipe para seguir as pistas que Jordan conseguiu sobre o paradeiro de Brandon.

Tivemos nosso momento família — algo que, aos poucos, estava se tornando habitual entre nós.

Rosario e Benjamin pareciam mais próximos. Ainda como cão e gato… mas a gente via que aquilo era só fachada.

Pedi licença a todos e segui para o quarto. Queria tomar um banho. Talvez deitar um pouco.

Assim que entrei no chuveiro, ouvi a porta do quarto se abrir.

Terminei meu banho, me enrolei na toalha e parei na frente do espelho.

Observei meu corpo.

Cicatrizes, promessas, medos e amor.

Quando tudo terminou, me aninhei em seu peito, ofegante, mas em paz.

E ele me envolveu com seus braços, como sempre fazia depois de me reconstruir com seus toques.

— Te amo, Evelyn.

Sorri, com os olhos fechados.

— Também te amo, Alex. Mais do que palavras podem dizer.

Mas nem todo amor no mundo é capaz de apagar certas marcas.

E no instante que fechei os olhos, pensei nela.

Emily.

Durante muito tempo, eu a vi como uma amiga.

Durante muito tempo, ela fingiu ser uma.

E talvez seja isso que mais machuca…

Não os golpes. Não os gritos.

Mas a mentira.

Ela usou minha confiança.

E, pior, se deixou destruir por um amor que nunca existiu.

Um amor distorcido. Obsessivo. Doente.

Emily morreu antes mesmo da bala de Rosario.

Morreu quando escolheu seguir Brandon cegamente.

Quando se esqueceu de quem era… só pra tentar ser alguém na vida de alguém que não a merecia.

E eu… eu me recuso a viver assim.

Desisti de lutar por quem me fere.

Desisti de dar espaço ao que me destrói.

Eu entrerrei Brandon meses atrás. E é lá que ele vai ser manter.

Morto.

Enterrado.

E hoje...

Hoje, eu enterro Emily na minha memória.

Com dor. Mas também com alívio.

Porque o passado pode até sangrar…

Mas ele não me define mais.

E amanhã…

Amanhã começa a próxima guerra.

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