Evelyn
Mesmo com medo de que o pior acontecesse, nunca tive dúvidas de que Alex me encontraria.
E sentir seus braços em mim… é o mesmo que se sentir segura.
Alexander é o meu lugar seguro.
— Tá pronta pra ir? — ele me perguntou, me abraçando por trás.
— Sim. Só quero dar uma olhada no Mateo antes de irmos.
Ele me soltou, e ouvi seu bufar. Me virei e envolvi os braços em seu pescoço.
— Amor, ele levou um tiro por mim.
Beijei seu maxilar.
— Ele estava fazendo o trabalho dele.
— E acabou sendo baleado por mim — retruquei.
— Você vai entrar, perguntar como ele está, e sair — disse naquele tom autoritário.
Mas eu sabia como acalmar o meu namorado.
Fiquei na ponta dos pés, levei meus lábios até os dele e o beijei com todo o meu amor.
— Sabe que não precisa ter ciúmes do Mateo. Ele é um rapaz muito bonito, mas...
Ele não me deixou terminar. Rosnou pra mim antes de dizer:
— O que você disse?
Não resisti e comecei a rir.
— Não me provoca, Evelyn, porque...
Dessa vez fui eu quem o interrompi. Mas não com palavras — com outro beijo.
Esse não foi doce, nem leve. Foi apimentado, cheio de desejo.
As mãos dele desceram até minha bunda e me puxaram ainda mais para perto. Gemi em seus lábios.
— Tem certeza que quer ver o garoto? — perguntou, mordendo meu lábio inferior.
— Podemos voltar pro hotel... e continuar o que começamos aqui.
Ele se esfregou em mim, me mostrando o quanto me queria — e me fazendo arfar no processo.
— Eu posso ter as duas coisas — respondi, arqueando uma sobrancelha.
— Ver o Mateo… e depois ter você só pra mim.
Pisquei para ele e o puxei para fora do quarto.
Passei um dia em observação, mas agora estava tendo alta.
Perdi um pouco de sangue, mas o médico disse que não foi grave.
Graças a Deus, a maluca da Emily não atingiu nada vital com a facada.
Depois que apaguei lá no galpão, as lembranças vieram em flashes.
Mas me lembrei bem de quem me salvou… e de onde ele me levou.
Assim como me lembrei de suas últimas palavras:
“Hoje e sempre.
Hoje estou te deixando…
Mas logo volto pra te pegar.”
Brandon não apenas usou as palavras que eu dizia pra ele…
Ele fez a promessa de voltar por mim.
Mas o que ele não sabe é que eu não tenho intenção nenhuma de ir com ele.
Ele me machucou de diferentes fomas.
As marcas que ainda não cicatrizaram… doem até hoje.
E as que fecharam, continuam aqui —
me fazendo lembrar todos os dias de que o que tivemos nunca foi amor.
Foi doentio.
De ambas as partes.
Brandon não soube dar amor.
E eu... não soube me amar.
— Bom dia! Como está se sentindo? — perguntei a Mateo assim que entrei no quarto.
— Estou bem, senhora Sterling. E a senhora?
Notei a expressão de Alexander mudar imediatamente com o modo como Mateo me chamou. Parece que ele gostou do "Senhora Sterling".
— Estou bem. E, por favor, Mateo, lembre-se que sou só Evie.
Ele ficou sem graça.
— Tudo bem então… Evie.
Nós dois rimos, conversamos um pouco. Fiquei feliz em saber que ele estava se recuperando bem.
Alex e eu voltamos para o hotel e fui recebida com todo o carinho pela minha menina, Rosario e os meninos.
— Evie, tô quase te colocando dentro de uma caixinha, só pra que ninguém mais tente nada contra você — disse Jordan, me abraçando com força. Me emocionei com suas palavras.
— Não seria uma má ideia — completou Alexander, fazendo todos nós rirmos.
A manhã passou tranquila.
Alex tinha colocado toda a equipe para seguir as pistas que Jordan conseguiu sobre o paradeiro de Brandon.
Tivemos nosso momento família — algo que, aos poucos, estava se tornando habitual entre nós.
Rosario e Benjamin pareciam mais próximos. Ainda como cão e gato… mas a gente via que aquilo era só fachada.
Pedi licença a todos e segui para o quarto. Queria tomar um banho. Talvez deitar um pouco.
Assim que entrei no chuveiro, ouvi a porta do quarto se abrir.
Terminei meu banho, me enrolei na toalha e parei na frente do espelho.
Observei meu corpo.
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