Capítulo 159 – Surpresa…
Jordan
Depois do susto de quase perder meu irmão, Alexander… Tive mais um.
Brandon… Alex… e eu… somos irmãos.
Filhos daquele homem de quem eu sempre fugi.
Por algum motivo, sempre que o via de longe, algo dentro de mim gritava: farsa, perigo…
Mas Alex, Jack e Ben gostavam dos Anderson… Então eu… só deixava pra lá.
A presença do Brandon mexia comigo mais do que deveria.
Eu tentava ser forte, decidida… não baixar a guarda pra ninguém…
Do jeito que ele me ensinou.
Ou… me obrigou a aprender.
Nem sei se tem diferença.
Mas eu não conseguia.
De uns tempos pra cá… essa fraqueza… essa pessoa que eu não sou… tem tomado conta de mim.
Um dia, conversando com a Evie, ela me disse:
“Decidi ser maior que meus traumas.”
Será que é isso que me falta?
Ser maior que essa merda toda?
Maior que ele?
Meu irmão… Brandon?
A doutora Aline precisou cancelar minha consulta… então logo voltamos pra casa.
E assim que chegamos… soubemos que Alex estava de novo com Brandon… e ele tinha surtado.
Como sempre.
Eu quis ir… mas não me deixaram.
Foram só os caras.
Só que Alessa desceu correndo pra nos chamar, dizendo que ouvia pela porta:
“Eles estão se matando!”
Mas quando chegamos lá… não era nada disso.
Era só meu irmão… e seus amigos… agindo como moleques.
Quando toda aquela palhaçada acabou, levei o Jackson embora.
E como sempre… ele soube o que fazer, o que dizer… e como me amar.
— E não esquece, marrenta… — Ele disse, me fazendo virar pra ele com aquele sorriso atrevido.
— Você me ama… e eu também. — respondi, dei a ele um sorriso… e saí do quarto pra me preparar pra tal surpresa… que, claro… eu já sabia qual era.
Mas ele não precisa saber disso.
Assim que fechei a porta atrás de mim… ele estava ali.
— Oi… — Não consegui responder.
As palavras fugiram da minha boca.
Só acenei… e passei por ele… com o coração batendo como se quisesse sair do peito.
— Jo… — Ele disse de novo… segurando meu braço.
Não com força… só o suficiente pra me fazer parar.
Respirei fundo… mas não me virei.
— Ainda não estou pronta, Brandon.
Me soltei do aperto dele e segui direto pro quarto da Rosario.
Bati na porta… e lá estavam elas… todas já me esperando.
— Hija… — Rosario veio até mim. Com seu olhar preocupado.
Ela me conhecia bem demais.
— Tá tudo bem, Rosa. — Sorri… e, por hora… ela aceitou isso.
— AIII! — Gritou Evie, animada como sempre. — Eu tô tão empolgada com isso!
— Evie… ele não sabe que eu sei. Se ele descobrir… vai pirar.
— Tudo bem… — Ela disse… encaixando o braço no meu. — Depois de todas as emoções de hoje… a gente merece isso. — Ela ficou de frente pra mim… segurou meu rosto entre as mãos. — Você merece isso, minha menina. Nunca se esqueça disso.
Senti os olhos marejarem de novo…
Isso tá virando palhaçada.
— Bem… vamos ao que interessa. — Disse Rosario… batendo palmas. — Vamos deixar minha niña parecendo uma princesa!
— Eu trouxe mais um dos cremes dermatológicos pra você. — Aline apareceu com um potinho nas mãos. — É o meu “sinto muito” por ter cancelado nossa consulta.
Peguei o creme… sorrindo.
— Tá tudo certo, doutora.
— Por favor… aqui me chamem só de Aline.
Assenti… sorrindo de novo.
E então… a mágica começou.
Depois daquele dia no Enzo… Alessa se aproximou ainda mais da gente.
Ela sempre dizia que éramos as únicas que não se importavam com quem ela era…
E que… de vez em quando… era bom só se sentir uma mulher…
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