Capítulo 169 – Vocês prometeram… parte 2.
Jackson
Um tiro...
Eu levei a porra de um maldito tiro.
Thomas abriu fogo, e Brandon o seguiu.
Alessa e Aline continuaram correndo ao meu lado, mas não diziam nada. Estavam focadas em alcançar Alexander que estava um pouco mais a frente.
— Jackson… — Jordan me chamou preocupada.
— Não é nada! — respondi e continuei.
— Dá ela pra mim. — disse Brandon.
— De jeito nenhum! — respondi irritado.
— Cara, deixa ele carregar pra você. — Thomas disse e apontou para minha perna, o sangue tingindo a calça jeans. — Você não vai conseguir. — concluiu.
— Me coloca no chão, eu posso correr. — Jordan me disse.
— Não vou te soltar...
— Jack... — Thomas começou.
— Não! — gritei pra eles. — Eu consigo! — Os dois bufaram, mas não insistiram.
Conseguimos pegar o ritmo novamente.
— Cem metros! — Brandon disse.
Mais duas SVUs vieram em nossa direção e nos interceptaram. Brandon e Thomas colocaram Alessa e Aline ao meu lado e se posicionaram à nossa frente. Os malditos desceram. As portas traseiras abriram e de cada uma desceu dois caras.
Só que eles não tiveram chance. Dois Rangers. Dois tiros cada um. Quatro corpos no chão.
Mas na carroceria de uma delas, um maldito tinha uma bomba de fumaça. Começamos a tossir, nos sufocar. E sem que eu esperasse, vi um vulto avançar em mim, fazendo com que eu caísse com a Jordan no chão.
— Amor… — chamei por ela.
— Tô bem. — ela disse, e eu respirei aliviado. A fumaça tinha tomado conta. Eu sentia os vultos, mas não identificava se eram amigos ou inimigos.
E então tudo aconteceu muito rápido. Um cara surgiu na minha frente, usando uma máscara. Tentei firmar a perna, mas ela cedeu por um instante e o maldito conseguiu pegar a Jo.
— Seu cretino! — Avancei nele, mas o desgraçado tinha uma arma e atirou na minha outra perna.
O que me fez ajoelhar na mesma hora.
— JACK!! — Jordan gritava enquanto se debatia. O cara a jogou nos ombros e, com um impulso, levantei e corri em direção a eles.
Só que ele alcançou o carro, e eu estava em desvantagem. A pé e ferido.
Mas foda-se… Minha mulher estava sendo levada e isso eu não ia permitir.
— JORDAN! — gritei e continuei correndo. A fumaça cedeu e logo comecei a encontrar os caras.
— Eles pegaram a Jordan!! — gritei para os dois, fazendo sinal para o carro. Eles começaram a correr em direção à SVU.
Foi aí que vimos: o maldito na carroceria começou a jogar algo para trás.
Uma trilha escura se formou no asfalto, estendendo-se rapidamente para trás, em direção ao avião.
E então, o desgraçado jogou um isqueiro.
A trilha se incendiou em um clarão assustador, uma serpente de fogo correndo em linha reta pelo chão, direto para a asa do avião onde o tanque vazava.
O carro acelerou. Ele precisava se afastar do avião. Nossas equipes começaram a recuar.
Mas eu… Eu continuei correndo. Foda-se o fogo. Foda-se tudo. Eles não iam levar minha mulher.
Ouvi o primeiro barulho. O fogo crescendo, as chamas dançando perigosamente perto da fuselagem.
O carro já estava distante do fogo, só que eu estava perto o suficiente para aquela merda explodir bem na minha cara.
Foi aí que senti um corpo colidir com o meu. Era Brandon.
Eu estava ferido, fraco pela perda de sangue. Mas eu não desistia…
Eu nunca desistiria dela... minha marrenta... a mulher da minha vida.
Alexander ainda me puxava para trás. Chen chegou com o carro.
Em um movimento, Alex me jogou na carroceria e subiu. O carro acelerou.
Foi aí que a explosão veio. A onda de choque nos atingiu.
O carro derrapou. E acabou tombando. Eu caí no chão.
Olhava o clarão. O fogo consumindo o avião atrás de nós. O calor tocava meu rosto.
Meu corpo doía. Minha visão começou a ficar turva.
O helicóptero nos sobrevoou. E eu juro que ouvi ela me chamando.
— JORDAN! — foi tudo que consegui gritar antes de perder o ar.
— Aguenta firme, cara. — Era a voz do Ben.
— PORRA! A GENTE PRECISA LEVAR ELE PARA O HOSPITAL! — Alex gritava.
Olhei ao meu redor. E os quatro estavam ali.
Benjamin... Thomas... Brandon... e... Alexander.
— Vocês me prometeram…
E essa foi a última coisa que consegui dizer.
Antes de… antes da escuridão me tomar.
“Te amo, marrenta. Pra sempre.”
E tudo apagou.

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