Capítulo 179 – Vindo por nós...
Evelyn
Nunca vou me esquecer da dor, que senti, e a que vi nos olhos do Alex.
Mas não podia deixá-lo se arriscar daquela maneira, precisei soltá-lo para que assim ele vivesse...
E viesse nos buscar.
Depois que saímos do hospital, os malditos me deram uma injeção que me fez dormir por horas. Não sabia dizer exatamente quantas… mas foram muitas.
Ouvi alguém dizer que estávamos em Vegas e que o chefe estava a caminho.
Chefe… deviam estar falando do senhor Anderson.
Me colocaram em um quarto e praticamente me esqueceram aqui. Mas quando a porta se abriu novamente e três mulheres entraram, meu coração quase saiu pela boca.
— Jo! — gritei, e quando ela me viu, correu na minha direção.
— Evie… — ela sussurrou ainda abraçada a mim. — O que você tá fazendo aqui? Como conseguiram te pegar?
Passei a mão no rosto dela tentando acalmá-la.
— Eles me surpreenderam no banheiro do hospital. Infelizmente feriram a Rosa e conseguiram me levar.
— Mi madre está ferida? — perguntou preocupada.
— Não sei como ela está… eu a vi caída, mas…
— E o Jack? Ele foi baleado, eu vi… — a voz dela começou a falhar. — Eu vi ele vindo atrás de mim… e quando o helicóptero sobrevoou ele… — As lágrimas vieram com força. — Me diz, Evie, por favor me diz que ele está bem…
Meu coração apertou ao ver o desespero dela. Eu não podia dizer a verdade, que ele foi levado em estado grave… E eu… nem sabia como ele estava.
— Ele foi levado ao hospital, mas eu fui sequestrada antes de ter notícias.
Jordan se jogou nos meus braços de novo, e ficamos ali por um momento. Era horrível estar aqui, saber que Robert tinha conseguido o que queria. Mas, ao mesmo tempo, me trazia alívio saber que estávamos juntas.
Quando nos separamos, nos sentamos na cama. E então notei as moças que haviam entrado com a Jo. Ambas se sentaram no chão e nos olhavam com desconfiança. Me voltei para elas e, na tentativa de esboçar um sorriso, disse:
— Eu sou Evelyn Parker. — Olhei para a Jo e depois voltei meus olhos para as duas. — E essa é a Jordan Sterling.
— Sterling? — uma delas perguntou surpresa.
— Sim. Ela é irmã do Alexander Sterling. E eu sou a noiva dele.
Elas se entreolharam, e foi aí que percebi a semelhança. Elas eram irmãs. Irmãs gêmeas.
— Nosso pai foi cliente do Alexander. — a outra respondeu.
— Eu sou Eloísa Fontana, e essa é minha irmã Elena.
— Prazer em conhecê-las, mesmo em meio a essas circunstâncias.
Eloísa me deu um sorriso antes de responder.
— É… as circunstâncias não são favoráveis. Mas é um prazer, senhorita Parker.
— Evie… pode me chamar de Evie.
Ela apenas assentiu. Me voltei para a Jo, que estava avaliando o ambiente. Eu sabia bem o que minha menina estava fazendo.
— Encontrou alguma coisa?
— Aquilo são cabos de internet, e temos três câmeras apontadas pra cá. — Ela continuou olhando. — Mas, pelo modelo, são só imagens. Não captam som, o que significa que não nos escutam.
— E isso é bom? — Elena perguntou, séria.
— Sim. Sons entregam fatos.
— E as imagens não? — retrucou Elena.
— Se eu entrar em um ponto cego… não.
— No que você está pensando, Jo?
Ela me olhou com um sorriso travesso, que nem cabia para a situação.
— Que os idiotas não acharam meu celular. E que, mesmo que a sala tenha bloqueador… — Ela cravou os olhos nos meus. — Eu consigo enviar pro Alex nossa localização.
As irmãs, que estavam sentadas no chão, se levantaram num pulo.
— Acha que pode nos tirar daqui? — a pergunta veio de Eloísa.
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