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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 178

Benjamin

As coisas foram de mal a pior.

Nossa pequena, além de estar grávida, foi levada por aqueles malditos.

Meu irmão, teimoso pra cacete, quase morreu.

Minha mulher foi ferida. Evelyn foi levada. Robert mandou matar Susan. Alex e Brady viraram o demônio. E, pra fechar, Alessa foi atingida pelo desgraçado do senhor Anderson.

O senhor Anderson... o homem que se tornou uma decepção maior do que o Brandon foi um dia. O homem que ensinou a cada um de nós tudo o que sabemos, que cuidou de nós como filhos, que nos chamou de “meus garotos”…

Esse mesmo homem fodeu com a mente do Brandon, abusou da Andrea, mentiu pro Alex, e agora… quer entregar a Sophia e a Evelyn pra uns pervertidos.

Quando recebi a ligação do Thomas me contando o que o tal do Ian disse, eu tive vontade de vomitar. Só que eu ainda não podia contar isso ao Jackson. Ele tinha acabado de acordar e estava decidido a ir com a gente para Vegas.

Só que tinha outra pessoa que queria nos acompanhar. Uma chica mais teimosa que o diabo. Que acabou de ser ferida, escapou de algo muito pior que um arranhão, me deu um susto do caralho… E agora tá aqui gritando comigo, ameaçando me largar se eu insistir nessa “palhaçada”. Parece que me preocupar com a minha mulher…

Virou palhaçada.

— Você pode dizer o que quiser, Benjamin. A decisão não é sua! — Ela cruzou os braços e me encarou. — Eu só não entro naquele avião se o Alexander me proibir.

— Por que você é tão teimosa? Você acabou de levar um tiro! — Eu disse, apontando pro curativo na têmpora dela.

— FOI DE RASPÃO! — ela gritou.

— MAS PODERIA NÃO TER SIDO, PORRA! — gritei de volta.

Passei as mãos no rosto, tentando manter uma calma que era totalmente inexistente nas conversas entre eu e ela.

— Olha, Benjamin… — A forma como ela me chamou mexeu comigo. Desde nosso primeiro dia, ela me chama de “ogro”. Pode não parecer carinhoso pra quem ouve, mas entre nós… era. — Eu te agradeço a preocupação. O tiro poderia ter me acertado… mas não acertou. E eu… estou indo atrás da minha filha.

Ela descruzou os braços e se aproximou de mim.

— E se você não consegue aceitar isso… — Rosario chegou perto, bem perto. — Então você não consegue me aceitar. A pessoa que eu sou. Que não vai ficar aqui enquanto uma das pessoas que mais ama está correndo perigo.

Ela se afastou de novo, e concluiu, com palavras que pra mim foram piores que uma facada.

— Então não vejo motivos pra ficarmos juntos.

— O que isso significa? — perguntei, mas eu sabia bem o que significava. A dor já estava ali, junto com a certeza de que ela não voltaria atrás.

— Acabou. — ela respondeu, sem hesitar.

— É isso? Eu querer te proteger, não querer te ver em risco… — Minha voz saiu mais exaltada do que eu pretendia. — Querer te afastar dessa merda do Robert, ter medo de te perder… — Me aproximei dela. — Isso é motivo pra me abandonar? Pra terminar comigo?

Dei um passo pra trás, respirando pesado.

— Tá tudo certo, Rosario Castillo. Acabou.

Me virei e segui até o avião. Todos já estavam embarcando.

— Tá tudo bem? — Thomas perguntou.

— Sim. — Respondi na mesma hora em que Rosario se aproximou. — Mas vai ficar melhor depois que essa merda acabar. — Olhei uma última vez pra ela e entrei.

Segui pra sala de reuniões. Esse avião era maior, uma aquisição nova que eu ainda nem tinha terminado de organizar. E eu era responsável por isso. Organizei o que precisava e logo decolamos.

Brandon ia no jato do Enzo pra Vegas. Ele estava com a Alessa, que, depois do susto, estava bem. Chamei Hugo e Chen pra casarmos todas as informações que havíamos conseguido. E ter o Enzo ao nosso lado abria portas mais rápido.

Alexander quase não falava, o que era compreensível. Tudo o que aconteceu nesta noite mexeu com todos nós. Mas descobrir toda a verdade, o real motivo de Robert querer as meninas… Isso enlouqueceria qualquer um. Imagine ele.

— O que aconteceu entre você e a Rosa? — Jackson perguntou, enquanto eu tentava focar no tablet na minha mão e não na chica maravilhosa que estava sentada à minha frente.

— Terminamos. — Respondi, sem tirar os olhos do aparelho.

— Simples assim? — me perguntou.

Levantei meus olhos pra encará-lo.

— Sim. — Voltei minha atenção ao que estava fazendo. Procurei Hugo de novo. Depois que acertei tudo, fui pra uma das salas privativas. O bom de comprar um Boeing 747 é que espaço e privacidade você tem aos montes.

Sentei num dos sofás, recostei a cabeça e fechei os olhos. Mesmo tentando ignorar a dor que a decisão da Rosario me causou… Era exatamente isso que passava na minha mente.

“Acabou.”

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