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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 194

Capítulo 194 – Por favor... (parte 2)

Jordan

Alex me puxou pros braços dele e eu desabei.

Eu amava Brandon. Sempre amei.

Minha dor, quando soube que ele tinha morrido, nunca foi porque eu quem queria o ter matado… e sim porque eu nunca quis perdê-lo.

Brandon foi minha família por anos.

Mesmo com sua forma distorcida, ele me amou.

E depois de ficar nas mãos de Robert, eu entendi porque ele fez o que fez.

As coisas poderiam ter sido diferentes… mas não foram.

Só que eu nunca, jamais, vou me perdoar se meu irmão morrer sem saber que eu não só o perdoo… como o amo.

— Por favor, Alex… — pedi, ainda agarrada a ele.

Senti quando ele beijou o topo da minha cabeça.

— Vou te levar. Mas, Jo… lembra que nada ali depende de nós.

Eu só assenti.

Ele pegou minha mão e começou a me conduzir.

Andamos por um corredor vazio e entramos em um elevador que ficava ao final dele. Jackson nos acompanhou, mas o desconforto dele era visível. Eu não conseguia entender se era por eu ter insistido em vir, ou se era porque ele não queria ter vindo.

A porta se abriu, e logo vi Alessa. Ela estava parada em frente a um vidro, com uma das mãos encostadas ali, como se aquele vidro fosse meu irmão. Jackson parou no meio do caminho; Alex só olhou para ele, que logo respondeu, com a voz embargada:

— Eu não consigo, cara. Não posso vê-lo daquele jeito.

— Tudo bem, eu vou com ela.

Jackson somente assentiu e ficou ali encostado na parede, com os braços cruzados, como se aquele gesto fosse o suficiente para mantê-lo de pé.

Quando cheguei, a cena mexeu comigo. Ele estava ligado a aparelhos, soro e algo que parecia sangue.

— Sangue? — perguntei ao Alex.

— Sim, eu doei para ele.

— A enfermeira acabou de sair de lá. Disse que os sinais dele estão bons. — Alessa falou, com lágrimas na voz, mas esperança nos olhos.

Ficamos os três ali parados, sem dizer uma única palavra, apenas olhando para dentro daquele quarto, vendo Brandon lutando pela vida.

Aline apareceu ao nosso lado.

— Jordan, o que faz fora da cama? — perguntou, preocupada.

— Precisava vê-lo. — Aline me deu um meio sorriso, daqueles que carregam pena.

— Quer entrar um pouco?

Olhei para Alex, depois para ela.

— Estamos aqui de novo, depois de alguns erros e acertos. Estamos aqui, juntos, como sempre foi. E estou te pedindo, Brandon… por favor, lute.

Alessa e eu nem tínhamos notado a presença de Alexander. Quando meus olhos encontraram os dele, vi suas lágrimas escorrerem como as minhas.

Ficamos os três ali, olhando para ele e esperando que reagisse. Aline voltou para nos tirar, junto de uma enfermeira. Nós três nos despedimos, mas, quando chegamos à porta, ouvi um barulho e olhei para trás.

O aparelho que monitorava seus sinais tinha começado a apitar e a piscar ao mesmo tempo. Aline se aproximou e vimos que era o coração… batia rápido demais. Alessa correu até o outro lado da cama e perguntou, aflita:

— O que está acontecendo?

— Alessa, por favor, saia com eles.

— NÃO! — Alessa gritou, irritada, e Alex foi até ela para tentar acalmá-la.

Mesmo com certa relutância, Alessa cedeu a Alex e foi saindo com ela. Mas eu não me movi. Fiquei ali, encarando ele, e desejando que ele voltasse.

Aline aplicava uma medicação. Quando outro médico apareceu e os dois começaram a conversar, mas eu não entendia nada. Comecei a caminhar de volta até a cama e parei ao lado dele.

Por puro instinto, ou talvez necessidade eu disse:

— Por favor, Brandon… — Segurei sua mão. — Por favor, viva.

E foi nesse momento que ele abriu os olhos.

Meu coração acelerou, minhas mãos tremeram e uma felicidade me tomou.

Vivo! Meu irmão estava vivo!

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