Evelyn
Eu sabia que a raiva dele era por eu querer ir embora, e, no fundo, eu também não queria ir. Sei bem o que senti quando tentei ficar longe dele: a dificuldade para dormir, a falta do seu calor, dos seus olhos. Mas… eu amo Brandon. Mesmo sentindo essa conexão avassaladora com Alexander, esse desejo pulsante, meu coração ainda pertence a Brandon.
Mas quando Alexander me beijou, o mundo parou.
Seu braço me puxou para mais perto, e sua língua dançou com a minha, firme, intensa. Não queria comparações, não agora, mas o beijo dele era diferente de todos que já tive em toda minha vida. Era urgente, mas ao mesmo tempo terno. Havia algo bruto e delicado ao mesmo tempo, algo que eu jamais conseguiria colocar em palavras.
Me aproximei ainda mais, tomada por uma necessidade gritante de senti-lo. E eu o senti. Seu corpo forte contra o meu, seu membro rijo pressionando minha pele em uma promessa silenciosa. Meus dedos deslizaram pelo seu peito nu, explorando sua pele quente, mas então toquei o curativo em seu abdômen, e ele gemeu de dor.
O encanto se quebrou.
Me afastei num sobressalto.
— Me desculpe!
Mas ele não me deixou ir muito longe. Segurou minha cintura e roubou um beijo rápido, suave, antes de sussurrar contra meus lábios:
— Tá tudo bem.
E então, me beijou novamente.
Dessa vez, não havia pressa. O gosto dele se espalhou pela minha boca, e o beijo se tornou lento, profundo, carregado de sensações. Meu corpo respondeu imediatamente. O jeito como seus lábios se moviam contra os meus era quase uma adoração, contrastando com o homem bruto, mandão e, muitas vezes, arrogante que ele era.
Ele encerrou o beijo aos poucos, roçando os lábios nos meus antes de morder meu inferior levemente, me arrancando um gemido involuntário.
Então, sussurrou:
— Eu sei o que vai dizer. Sei que não me ama.
Meus olhos se fixaram nos dele. Quem era esse homem?
— Mas quero que saiba que não vou desistir.
Seu polegar deslizava pelo meu rosto, e eu estava hipnotizada por ele.
— Vou te dar o tempo que precisar. Para esquecê-lo, para se curar… seja o que for.
Segurou meu queixo com delicadeza, seu olhar queimando dentro do meu.
— Mas quero que saiba, Evelyn… depois dele, só eu.
Minhas pernas fraquejaram. Meu ventre se apertou. O que ele queria dizer com isso?
— Não haverá outro. Não haverá mais ninguém. Só eu.
Soltei um pequeno gemido, sem perceber.
Ficamos presos ali, um nos olhos do outro, como se o mundo tivesse desaparecido ao nosso redor.
Até que meu telefone tocou, quebrando o transe.
Corri até a cama para alcançar o telefone. Na tela, o nome de Abby brilhava. Atendi imediatamente.
— Alô?
— Como assim você volta para Houston sem me avisar?!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo