Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 19

Alexander

Quando Benjamin me disse que haviam encontrado os documentos sobre Brandon e que eu não ia gostar nada do que o maldito vinha fazendo, fiquei furioso. Um verdadeiro vulcão, pronto para entrar em erupção.

Não queria ter explodido com Evie, não depois do nosso pequeno momento no hospital. Mas eu não sou bom em relacionamentos, especialmente em um que nem sei como rotular. Quando percebi que a magoei, mais uma vez, cedi. Parece que ceder a ela estava se tornando um hábito. Eu nunca cedo para ninguém. Quer dizer… ninguém além dela.

Ainda estava com meu braço ao redor de sua cintura, o queixo apoiado em sua cabeça, quando Amélia apareceu na sala. Ela nos encarou, e senti o corpo de Evie enrijecer sob o meu, mas apertei levemente sua cintura, tentando tranquilizá-la.

— Ãh… — começou Amélia.

— Gostariam de comer alguma coisa?

Evie se afastou de mim apenas o suficiente para me olhar.

— Você precisa comer, lembra do que o médico disse?

Sorri. Parece que ganhei uma enfermeira.

— Prepare algo, Amélia, mas vou tomar um banho primeiro.

Ela assentiu e se retirou. Evie e eu seguimos para o quarto. Mesmo contra a minha vontade, precisava de ajuda para tirar a roupa e tomar banho. De manhã, Jackson passou no hospital e me ajudou, mas agora… teria que ser Evie. Não que eu me opusesse à ideia de tê-la perto, suas mãos sobre mim…

Droga! Controle-se, Alexander.

— O que prefere? Chuveiro ou banheira?

Arqueei uma sobrancelha, e ela corou na mesma hora.

— Pare com isso, Alexander. — Cruzou os braços, irritada.

— Se não, vou chamar Lucas para ajudá-lo.

A provoquei um pouco mais, até decidir que um banho de banheira seria uma boa ideia.

Evie me ajudou a tirar a tipoia, depois a camiseta. Passou a mão pelo curativo.

— Espero conseguir fazer como a enfermeira ensinou. Brandon sempre aparecia machucado, mas nunca me deixava ajudá-lo.

Ela colocou minha camiseta na poltrona e voltou para me ajudar com as calças.

— Eu tinha pavor de sangue. Ele sempre dizia: "Deixa que eu faço, antes que você desmaie."

Ela sorriu, mas não havia humor nenhum ali.

— De nós cinco, Brandon e eu sempre fomos os mais tolerantes à dor. Sangue nunca nos incomodou.

Evie me ajudou a tirar as calças, desviando o olhar, visivelmente desconfortável por me ver só de cueca.

— Já percebi essa semelhança. Só pelo fato de adorarem socar as coisas.

Ela suspirou, e vi um certo temor em seus olhos. Como se isso a preocupasse. Me lembrei do dia em que esmurrei o box… Vi medo em seu rosto. Naquele momento, não entendi. Me perguntei se ela tinha medo de mim. Agora, tinha certeza.

— Evie… — Toquei seu queixo.

— A banheira já deve estar cheia. Vamos?

Ela se desvencilhou do meu toque, o que me irritou. Mas não faria outro escândalo por besteira. A segui até o banheiro. Ela já tinha preparado tudo e virou de costas para que eu pudesse tirar a cueca e entrar na água.

— Vou ver se Lucas chegou com os suprimentos da farmácia. Acha que consegue tomar banho sozinho?

Bufei.

— Estou com um braço engessado, não aleijado.

Ela balançou a cabeça, mas não retrucou.

Aproveitei a banheira. Os sais que Evie colocou na água tinham um cheiro bom e, admito, eram relaxantes. Ouvi a porta do quarto abrir e a voz dela, mas não era comigo que falava. A porta do banheiro estava aberta, então consegui escutar perfeitamente.

— Te agradeço, David. Vou ficar aqui até ele melhorar. Depois vejo sobre me mudar.

As palavras me atingiram. Até melhorar? Se mudar? Ela ia embora… mais uma vez?

Um rompante de fúria tomou conta de mim. Levantei bruscamente e, assim que coloquei os pés fora da banheira, escorreguei na água derramada. Meus pés voaram para o alto, e caí com tudo no chão.

— INFERNO!

Gritei, ao mesmo tempo em que bati o braço bom na beirada da banheira.

— Alex!

Evie entrou correndo e… escorregou também. O barulho de seu traseiro batendo no chão ecoou pelo banheiro.

Por alguns segundos, ficamos ali, caídos. Até que ela começou a gargalhar, e seus risos vibraram pelo ambiente.

Do que ela estava achando graça?

Com cuidado, ela se levantou, pegou uma toalha e jogou para mim.

— Se cubra, que eu te ajudo a levantar.

Peguei a toalha e fiz o que ela pediu, mas a raiva ainda estava ali. Primeiro, pelo que ouvi. Depois, pelo tombo.

Evie me ajudou a levantar, e seguimos para o quarto.

— Senta aí.

Ela apontou para a cama e, em seguida, foi até o closet. Voltou com roupas e, ao perceber minha expressão fechada, não deixou passar.

— Foi só um tombo. Você anda bem desastrado ultimamente. Box destruído, carro batido e agora…

Ela riu antes de concluir:

— Retaguarda…

— Ah, cala a boca!

Cruzei os braços antes que ela terminasse.

Ela me ajudou a me trocar, mas permaneci calado. Me recusava a falar. Sabia que, no instante em que abrisse a boca, a briga seria certa.

Ouvimos batidas na porta. Era Amélia, trazendo uma bandeja.

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