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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 205

Thomas

Conseguimos abrir o cofre e pegar toda a documentação que precisávamos.

Mas o ataque sofrido deixou suas marcas. Ver o Benjamin naquela situação por causa da Cassandra foi duro demais.

Nós cinco perdemos muito ao longo da vida.

Foi isso que nos uniu.

É por isso que a dor de um… é a dor de todos.

Chegamos em casa, e o Ben subiu com a Rosa.

Combinamos de só voltarmos ao trabalho depois de dar o apoio que nosso irmão precisava.

Mas, nesse momento, ninguém melhor que a mulher dele pra consolá-lo.

Jack, a pequena e eu decidimos subir.

Vi o Alex e o Brady conversando com a Evie. A conversa parecia tensa, mas sei que, se precisarem, eles vão nos chamar.

Assim que abri a porta do meu quarto, me deparei com a coisa mais linda deitada na minha cama.

Aline tinha me mandado uma mensagem dizendo que viria do hospital direto pra cá.

E nada melhor, depois do que aconteceu hoje, do que terminar o dia nos braços da minha namorada.

Me aproximei da cama, sentei ao lado dela, mas não quis acordá-la.

Por alguns minutos, fiquei apenas admirando minha loira deslumbrante.

Ela se mexeu, e alguns fios de cabelo caíram sobre seu rosto.

Tirei com cuidado… depois passei meu nariz por suas bochechas, fazendo com que ela se mexesse outra vez.

Aline dormia tão profundamente… provavelmente cansada de mais um dos seus longos plantões.

Desci meus lábios até os dela, só os encostei.

Assim que levantei a cabeça, seus olhos se abriram…

E aquele azul oceano me encontrou.

— Oi, meu capitão… — ela disse com a voz arranhada de sono.

— Oi, minha doutora… — respondi, e voltei a beijá-la.

Mas dessa vez não foi só uma carícia.

Foi um recado da saudade que senti dela.

Nossos lábios se encontraram com mais calma do que urgência.

Era aquele tipo de beijo que não precisava de pressa, que dizia tudo sem dizer uma palavra.

Aline passou os braços ao redor do meu pescoço, me puxando mais pra perto.

Ela sorriu entre o beijo, com aquela expressão boba de quem também precisava daquele momento.

— Alguém teve um dia difícil — ela disse, deslizando os dedos pela minha nuca.

— Você nem imagina… — murmurei contra seus lábios. — Mas vai ficar tudo bem.

Ela me olhou de um jeito que sempre me desmontava.

— Quer me contar?

— Quero… mas não agora. Só quero você por uns minutos. Só nós dois. Aqui. Longe de tudo isso.

Ela assentiu e se aninhou no meu peito.

Deitamos ali, entrelaçados, e por um momento o mundo ficou do lado de fora.

Meu braço envolvia sua cintura, e ela fazia carinho no meu peito com a ponta dos dedos.

Era tão simples. Mas era exatamente o que eu precisava pra não enlouquecer.

— Posso ficar aqui essa noite? — ela perguntou baixinho.

— Amor eu não tinha intenção nenhuma de te deixar ir embora.

Ela deu uma risadinha leve, aquela que eu adorava ouvir.

— Mas preciso dizer que estou tão cansada, que acho que só consigo dormir.

— Dormir com você… sempre foi meu plano favorito.

Dei um beijo na testa dela. Ela fechou os olhos, e parecia prestes a voltar a dormir quando…

BUM!

O som da explosão fez o quarto tremer.

Aline se levantou num pulo.

Eu já estava de pé, correndo até a janela.

Vi os caras que estavam no fundo, correndo desesperados para a frente da casa.

— O que foi isso?! — ela perguntou, assustada, vindo até mim.

— Não sei… — minha voz saiu baixa, enquanto eu tentava entender o que tinha acabado de acontecer.

Peguei o celular e já saí do quarto. — Fica aqui! Tranca a porta! Não sai por nada, entendeu?

Ela assentiu, ainda atônita, e eu corri pelo corredor, já ouvindo os passos do Jack vindo de outra direção.

O caos… estava só começando.

Encontrei o Jack na escada.

— Que porra é essa?

— Não faço ideia — respondi.

Jordan começou a descer atrás de nós.

Alex se ajeitou, puxando a perna. Notei a calça rasgada e o sangue escorrendo.

— Fala — Alex disse, num tom mais calmo. — Diz o que tá passando na sua cabeça, o que tá sentindo agora. E eu te ajudo a lidar com isso.

Brandon olhou pra Alexander. Por alguns segundos, não disse nada.

— Foi a Alessa quem me ligou. Assim que atendi, ela me mandou sair. Tentei falar com ela, e aí gritou de novo. Só que… a granada já estava caindo do céu.

— Como ela sabia? — perguntei, confuso.

— Elena confirmou que VS é Vito Santoro. E o maldito a levou daqui. Aproveitou que estávamos fora… e que o Enzo se atrasou — ele respondeu.

— Ainda não entendemos essa história — disse Alex. — Mas se ela ligou avisando, significa que soube de alguma coisa…

— Ou estava vendo — a voz de Benjamin veio atrás de nós. Ele carregava um dos drones nas mãos. — Quem está controlando deve estar perto. Mas nada impede de estarem transmitindo as imagens.

— Pede pro Hugo e pra Elo verem isso. Se for necessário, chama o Diego. Talvez consigam alguma informação com isso. — Alex ordenou.

Ben assentiu e seguiu até o Hugo com o drone.

Alex tentou se levantar, mas precisou da ajuda do Jack, que o levou até a escada da entrada. Vi os outros caras chegando, e o Andrew foi direto até a Aline, que avaliava o Enzo.

— Quer levantar, cara? — perguntei ao Brandon.

— Tô bem, Tom. Quero ficar aqui mais uns minutos.

Olhei pra ele, preocupado.

— Tem certeza?

— Sim — respondeu. Assenti com a cabeça, me levantei e fui até o Benjamin e o Jackson.

— O que perdemos? — perguntei.

— Giuseppe disse que o Vito foi pra Nova York. E parece que levou a Alessa — Ben respondeu.

— Será que a Cosa Nostra sabe do que o Vito Santoro tá fazendo?

— Segundo o Giuseppe, ele tá agindo sozinho. O que é uma puta burrice — Ben repetiu.

— Burrice foi ele ter atacado Alexander Sterling na própria casa. Nesse momento, não é a máfia que ele precisa temer — Jack concluiu, e nós assentimos.

Olhei para o Brady, ainda sentado, agora com os braços ao redor dos joelhos e a cabeça enterrada neles.

Meu irmão precisava de um tempo.

Mas a verdade é que… tempo era tudo que nós não tínhamos.

Mal respiramos depois de tudo que aconteceu com Robert, Brady está fora do hospital a poucas semanas e Ben... nem pode sofrer a morte de Cassandra.

Alexander nos chamou, e fomos até ele.

— Chen disse que está tudo certo com o voo. Vamos pra Nova York em algumas horas.

— O que pretende? — perguntei. Alex se levantou, parou diante de nós.

— Mostrar ao Vito Santoro o que acontece com quem mexe com a minha família.

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