Capítulo 225 – Por quê?
Alexander
Evelyn me surpreendia todos os dias. E todos os dias o mesmo pensamento me atingia:
“Eu sou o filho da puta mais sortudo por ter ela ao meu lado.”
A forma como ela lidou com Enzo, com Eloisa, e agora com Paola… mostrava o quanto a minha mulher era incrível.
Mas, no instante em que a vi nos braços de Pietro Piccolo, outro pensamento me atingiu, um que acendeu uma fúria possessiva:
“O quanto minha mulher é irresistível.”
Já perdi as contas de quantas vezes tive que afastar homens dela. Até mesmo grávida!
— O nome dela agora é Evelyn Sterling. — Tentei manter o controle. Estávamos em um hospital.
— Alexander Sterling. Bom te ver. — O cretino disse como se fôssemos amigos.
— Vocês se conhecem? — Evelyn perguntou, mas eu não tirei os olhos de Pietro. Ainda assim, notei pelo canto que ela estava perto demais dele.
— Pietro Piccolo. — Falei num tom mortal.
— Piccolo? Seu nome não era Ferrari? — Evie perguntou confusa, e eu ainda estava irritado por ela continuar ao lado dele, e não ter vindo direto para o meu lado.
— Quando nos conhecemos, eu usava o sobrenome da minha mãe. — Pietro falava com Evelyn com uma intimidade que me tirava do sério.
— Então você é da Paola…
Antes que ela concluísse, ele disse:
— Irmão. Paola Piccolo é minha irmã.
Vi o choque em Evelyn, mas nada disso me importava. De quem esse desgraçado era irmão, filho ou qualquer outra coisa… tudo que eu queria saber era: de onde ele conhece a minha mulher? E por que ela ainda está ao lado dele e não do meu?!
— Evelyn… — Meu tom era firme. Meu olhar, mortal. Ela entendeu perfeitamente, e no instante em que ela se afastava dele…
— Evie, será que podíamos conversar por um minuto? — Ele disse, segurando em seu pulso. Ela ficou parada, olhando pra ele sem responder. Não puxou a mão. Não reagiu.
Ah, mas eu sim.
— Vou te dar três segundos, porque ainda estou de bom humor… pra soltar a minha mulher.
— Alex… — Evie disse, puxando o braço, e dessa vez caminhando até mim.
Mas o moleque ousado a segurou novamente.
— Qual o seu problema, Sterling? Não confia no próprio taco? São só alguns minutos.
Ele disse com um sorriso. E aquilo foi o suficiente pra mim. Retruquei o sorriso, dei dois passos até parar em sua frente.
— Ah, eu confio, Pietro. E vou te mostrar o quanto.
— Alex… — Evie disse com a voz trêmula.
— Então mostra, Sterling.
E eu mostrei.
Avancei. Agarrei sua gola com as duas mãos e o joguei, sem esforço, contra a parede. Pietro bateu nela e cambaleou.
— ALEX!! — Evelyn gritou. Vi de lado que Brandon se aproximava. Jackson também.
Grudei no pescoço dele e o pressionei contra a parede. Ele tentava me alcançar, mas eu era mais alto. E bem mais forte.
— Eu te disse… — Dei um sorriso sem humor, carregado de crueldade. — Que ia te mostrar.
— Alex, solta ele! — Ouvi Evie dizer, mas a ignorei. Com ela, eu me entenderia mais tarde.
— Pietro?! — Ouvi a voz de Enzo.
— Enzo, manda ele me soltar! — Pietro dizia, com a voz já começando a falhar.
— Eu vou te mostrar o que acontece com quem me desafia. E mexe com o que é meu!
— Pensa bem, Alexander, já temos problemas demais… — Enzo tentou me alertar, mas eu olhei bem nos olhos do vagabundo na minha frente.
— Eu não tenho medo de nada. Nem de ninguém. — Levantei o canto da boca em um sorriso malicioso. — Eu sou Alexander Sterling. O homem que até o diabo teme.
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