Capítulo 227 – Bem-vinda, minha menininha
Alexander
Evelyn me perdoou pela minha crise de ciúmes e, mais uma vez, eu deixei claro pra ela o quanto eu a amo. Mas, de repente, ela começou a sentir dores… e a bolsa estourou. E aquilo me desesperou. Por um momento, deixei de ser Alexander Sterling o ceifador, para me tornar o pai da Rachel, que estava vindo ao mundo naquele instante, e eu não fazia ideia do que fazer.
Ainda bem que minha mulher é mais tranquila do que eu. E que tenho uma cunhada médica. Isso fez toda a diferença.
Seguimos desesperados para o hospital. Éramos um comboio: nosso carro na frente e mais dois atrás, com nossa família. Mandei todos virem junto, porque algo me dizia que eu iria precisar.
Porque eu realmente estava desesperado. Não sabia como agir, nem o que falar para a minha mulher. Ela gemia de dor no carro. Então, disse a única coisa que me veio à mente. E que era a mais real.
— Te amo…
— Te amo mais… — ela respondeu. E, logo em seguida, gritou.
Ela e Aline conversavam, e aquilo só me deixava mais nervoso, principalmente porque havia riscos, e eu nem sabia que riscos eram esses.
Mas o grito da Evie foi mais forte. E te juro: ela quase quebrou a minha mão de tão forte que apertou.
Chegamos ao hospital e descemos todos correndo. Os caras chegaram na mesma hora com as meninas. Peguei Evelyn no colo e uma enfermeira veio com a cadeira de rodas. Por um instante, eu hesitei.
— Alex, é o procedimento — Aline disse. Assenti e sentei minha mulher.
Fomos todos entrando às pressas, mas ao lado da Evie estavam apenas eu e Aline. Chegamos a uma porta, e a enfermeira nos parou.
— Vamos arrumá-la e já venho buscar quem vai ficar com ela.
— Eu sou a doutora Aline Carson. Minha mãe, doutora Caroline, já conversou com o doutor Ford.
— Ah claro. A sala de vocês já está pronta — a mulher respondeu. Aline assentiu e se virou pra mim, enquanto Evie gritava de dor.
— Vou com ela e venho te buscar em alguns minutos.
Eu não consegui nem abrir a boca. Só dei um aceno… e elas entraram.
Estávamos no mesmo hospital que Elena. Quando olhei pra trás, minha família completa estava ali. Até mesmo meus homens de elite, que Evelyn adotou como parte da família.
— Você precisa se acalmar, cara. Você tá tremendo — Brady disse.
Passei a mão no cabelo, nervoso. E vi que eu realmente ainda tremia.
— Cara, só não desmaia igual o Tony Cox naquele filme — disse Jackson.
— Jack, o Tony Cox é um anão — Ben respondeu.
— Por isso mesmo! Segurar ele é a mesma coisa que uma boneca. Agora olha esse brutamontes! — Ele retrucou, apontando pra mim. Eu não conseguia nem socar ele nesse momento… Já o Brady…
Mas, pra nossa surpresa, Jackson revidou.
— Que porra, Jackson! — Brady resmungou.
Minha irmã apareceu abraçando Jack pela cintura.
— Muito bem, amor — disse, dando um beijo nele.
— Eu disse que ia revidar. Agora eu sou pai, não posso deixar o pequeno Jack pensar que o pai dele é frouxo.
— Pequeno Andrew, você quer dizer, né? — Andrew completou, fazendo todo mundo rir — até as pessoas que passavam por nós no hospital nos olhavam, provavelmente horrorizados com o tanto de gente maluca que tinha aqui.
A porta se abriu e Aline apareceu.
— Alex, vamos!
Antes de ir, Brandon levantou o punho e eu e os caras batemos.
— Hooah, irmão — ele disse. — Agora vai lá… esperar pela nossa menininha.
Fui até a Aline e, assim que passamos pela porta:
— Alex, você precisa se trocar antes de entrar. É padrão.
Respondi com um aceno e, em minutos, já estava pronto. Assim que entramos no quarto, Evie estava deitada em uma maca que a deixava com as pernas abertas e para cima… e o médico estava bem de frente para o meu paraíso.
Aquilo me irritou. Mas agora não era hora pra isso. Falei pra mim mesmo:
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