Capítulo 234 – Terceira vez
Enzo
Mia ragazza saiu do hospital, e mesmo sabendo tudo que ainda estava por vir, eu era o homem mais feliz do mundo. O medo que senti de perder Elena ainda estava agarrado a mim, mas sei que vou conseguir lidar.
Mio nonno continua me dando trabalho. Às vezes, ele se esquece que eu sou o Capo, não ele. Mas não é fácil bater de frente com alguém por quem você sente respeito e gratidão. Ainda assim, eu amo minha sorella, e a felicidade dela é a minha.
No final... deu tudo certo. Ela vai se casar com quem ama, e estou feliz por isso. Mesmo que esse cara seja Brandon Anderson.
Mandei Giuseppe resolver o que fosse necessário e, claro, com o pouco que conheço de Evelyn, sabia que nada disso passaria despercebido. Teremos uma cerimônia de casamento com tudo que se tem direito.
Mia ragazza está me enlouquecendo, mas para quem esperou meses para conseguir que ela cedesse a mim, posso esperar ela melhorar para fazê-la minha por completo.
Entramos no carro e estávamos a caminho da tal loja para compra de vestidos e ternos. Eu respondia uma mensagem do Franchetti quando ouvi ela falar:
— São dois, Giuseppe. O sedã preto à nossa esquerda e o que vem bem atrás de nós.
E quando a questionei, ela concluiu:
— Nada fora do comum, amor. Só estamos sendo seguidos.
— Seguidos? Tem certeza?
— Sim, Don. A senhorita Fontana está certa.
Vi ela pegar o celular, digitar algo e colocá-lo no viva-voz.
— Chen?
— Na linha, Lena. — O homem respondeu.
— Todos estão?
— Sim. — O restante respondeu em uníssono.
— Dois sedãs pretos. Um à minha esquerda, placa NYC-5432. Outro colado na nossa traseira.
Mia ragazza olhou para trás e confirmou a outra placa:
— LGY-8751.
— Vou avisar o chefe. O que quer fazer? — Chen perguntou para Elena, que mantinha os olhos fixos no carro ao lado.
— Manter a rota. Eles sabem que já os vimos. Se não atacarem, seguimos.
— Concordo com a Lena. — Ethan disse.
— Perfeito. Hugo? — ela chamou. — Mantém o huddle e envia a tecla de atalho.
— Ok. — Ele respondeu e encerrou a ligação.
Giuseppe permanecia atento, e minha mulher também, mas não resisti: puxei-a para um beijo.
— Enzo! — Ela gritou, mas nem me importei.
— Tem noção do quanto foi sexy isso? — murmurei ainda com os lábios nos dela.
Elena sorriu, mas logo se afastou e voltou a atenção para os cretinos.
— Giuseppe, temos homens?
— Sim, Don. Estão atrás de nós.
Alguns minutos se passaram até chegarmos à loja. Mas tanto Giuseppe quanto mia ragazza não deixaram ninguém descer. Ela ligou novamente para seus amigos.
— Ethan?
— Já sei, Lena. E concordo.
Simples assim. Ela disse um nome, e todos já sabiam o que fazer. Um por um foi saindo do carro, mas deixando as mulheres neles.
Ouvi um barulho, e quando olhei, minha mulher ajeitava a arma.
— O que pensa que está fazendo? — perguntei irritado.
— Irei descer.
— De jeito nenhum. Não permito.
— Ainda bem, senhor Mancini, que você não manda em mim.
Elena colocou a mão na porta para abri-la, e eu a segurei. Olhei para Giuseppe:
— Vai com eles. — Ele assentiu e saiu do carro.
— Que merda é essa? — Ela me perguntou, irritada.
— Você se esqueceu que tem um ferimento na cabeça? Que devia estar de repouso? Eu fui bonzinho demais te deixando sair pra escolher vestido.
— Bonzinho?!
— Sim, Elena. Você nem deveria ter saído daquele apartamento.
— Enzo, já te disse que você não manda em mim. E estou me sentindo bem. E isso aqui — ela fez um gesto com as mãos — é o meu trabalho.
— Bem, era. Você é a futura senhora Mancini. O que significa que não precisa mais — repeti o gesto dela. — Disso aqui!
— Não me lembro de ter concordado com isso.
— Cosa stai dicendo?
— O que estou dizendo é exatamente o que entendeu. — Ela colocou a mão na porta, me encarou. — Ainda não concordei, então ainda não sou a futura senhora Mancini.
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