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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 235

Capítulo 235 – Quem manda?

Enzo

Cada dia ao lado da Elena, cada história que conheço, cada prova da sua força... Me faz agradecer a Dio por tudo que passei antes. Porque foi justamente tudo isso que me trouxe até ela.

E quando ela saiu daquele provador, com aquele sorriso e me perguntou como estava... não havia outra resposta possível:

— Bella, mio amore. Sei bellissima.

Mas assim como sua beleza e força, minha ragazza também tem astúcia e coragem. E assim que viu o que aconteceria, avançou em mim antes que o tiro me atingisse.

Depois disso, ouvi vários disparos, mas não me importei. Os homens dos Sterling e os meus já estavam agindo. Tudo o que me importava era ela.

— Elena, por favor, amore mio...

Comecei a tateá-la, procurando por qualquer ferimento. Ela saiu de cima de mim, deitou ao meu lado, e com um sorriso que poderia iluminar o mundo inteiro, uma calma irritante e disse:

— Foi por pouco, amor.

— Elena, é sério isso?

Ela se apoiou em um dos cotovelos e arqueou a sobrancelha para mim.

— Preferia que eu tivesse sido atingida?

— Claro que não! — respondi irritado.

— Ele era lento, amor. E pelo visto, atirou mais por impulso do que com precisão.

— Lena?! — Ethan se aproximou, ajudando-a a levantar. — Você está bem? Se esqueceu que acabou de sair do hospital?

Aquilo me irritou.

Por que esse ragazzo estava tão preocupado com mia ragazza?

— Don... — Giuseppe me chamou. Me levantei, fui até Elena e passei a mão por sua cintura. Gosto dos rapazes do Sterling, mas não toleraria esse tipo de relação com minha mulher.

— Lena... — Foi a vez de Chen.

— Gente, eu tô bem! E aí, pegaram eles?

— Sim. O chefe chegou, e está furioso. — Chen respondeu.

— Mas o Don era o alvo. Eles deixaram claro. — Giuseppe acrescentou.

— Eu acho que não era só ele, não. Atacaram a Alessa também. — disse Chen.

— Mia bambina? Onde ela está? — perguntei, preocupado.

— Com Brandon.

Comecei a ir até lá, mas Elena não me acompanhou. Virei para trás:

— Você não vem?

— Sim. Mas vou tirar o vestido primeiro.

— Fico aqui. Pode ir tranquilo, Mancini. — Ethan disse, como se aquilo fosse normal.

— Elena... — comecei, é claro que ela percebeu meu tom.

— Sua sorella precisa de você, e eu estou bem. Meu AMIGO — ela enfatizou — vai ficar aqui enquanto me troco no provador.

Fechei as mãos em punhos. Essa ragazza estava me provocando mais do que devia. Tento ser o mais “normal” possível, mas não tolero homem nenhum com intimidade com minha mulher.

Ignorando completamente minha reação, ela voltou ao provador.

— Don, e a bambina Alessa?

Olhei para Giuseppe. Chen também me encarava.

— Vamos. Me entendo com essa ragazza depois.

Caminhei até onde minha irmã estava e vi que havia sido ferida.

— Mia bambina! — corri até ela.

— Estou bem, fratello. Foi de raspão.

— Mas podia não ter sido. — Brandon disse, furioso.

— Andrew me salvou, me tirou do caminho. Mas ainda assim pegou de raspão. E ele mesmo já avaliou, e Aline confirmou que estou bem.

Sterling se aproximou, me lançou um olhar que dizia mais do que palavras. Brandon também entendeu o recado. Nos afastamos para uma parte isolada.

— Alguns são Blackwater. Já identifiquei. — disse Alexander.

— Alguns? — Brandon perguntou.

— Sim. Outros são soldados do Gambino.

— Filho da puta! Então ele realmente está com Vito. — Brandon cuspiu.

— Era a confirmação que precisávamos. E tem mais.

— Mais? — perguntei, com a raiva crescendo por causa de tudo — inclusive pela proximidade de Ethan com Elena.

— Marcello Gambino viajou ontem para Veneza. E Leopoldo Piccolo também. Vão se reunir com seu avô amanhã.

— Come è?

— É isso mesmo. — Uma voz surgiu atrás de nós. Nem precisei olhar para saber quem era.

— Pedro! — Alessa gritou, correndo até ele.

Notei Brandon cerrar os punhos, e Alexander observá-lo de perto.

— Gostaria de lembrá-la que não preciso da sua autorização pra nada. E não vou tolerar homem nenhum com intimidade com a minha mulher.

— Aquilo era apenas dois amigos e colegas de trabalho tentando entender o atentado que você sofreu, senhor Mancini.

— Já te disse, Elena. Sou possessivo com o que é meu.

— Ainda bem que é só com o que é seu!

Ela disse, colocando o vestido no sofá. A vendedora entrou, ainda assustada:

— Senhora, ainda vai levar o vestido?

Elena virou-se para ela e respondeu com um sorriso:

— Não, meu bem. Desculpe.

A moça assentiu, pegou o vestido e saiu. Elena começou a fazer o mesmo. Segurei seu pulso:

— Por que não vai levar o vestido?

Ela me olhou, os olhos ainda furiosos:

— Te disse que não podia pagar por ele. Você me pediu pra prová-lo, mas eu nunca disse que o levaria.

— Lena... — Chen apareceu. — Você vai com o Enzo, né?

— Não.

— Sim. — respondemos juntos. O chinês nos olhou confuso.

— Está querendo me provocar? Porque, se for isso, está funcionando muito bem.

— Preciso de um vestido. Irei até a Éclat escolher um pelo qual eu possa pagar.

— Elena, pelo amor de Dio... — Mas nem terminei. Ela saiu da sala. Giuseppe e Chen me olharam perdidos.

— Don, acho que não podemos arriscar mais por aqui. Sterling já foi para o apartamento. Precisamos entender o que houve.

Olhei para Giuseppe:

— Vá atrás da vendedora e pague pelo vestido. Te espero no carro.

Ele me entregou minha arma.

— Temos homens lá fora.

Assenti e saí da loja. Assim que cheguei à calçada, vi quando ela abriu a porta do carro. Nossos olhares se encontraram. Mas ela não voltou atrás. Entrou e partiu com o chinês.

Entrei no meu carro, e recostei no banco, observando o carro dela desaparecer pela avenida.

— Preciso te mostrar, Elena Fontana... quem realmente manda.

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