Capítulo 244 – Meus votos
Brandon
Chegou a hora…
Assim que a Alessa entrar por aquela sala e caminhar até mim, vamos começar o nosso “para sempre”.
Eu nunca pensei que fosse ficar tão nervoso. Meus quatro irmãos estavam ao meu lado, e esperando pela Alessa estavam Evie, Jo, Rosa e Aline.
Minha família.
Amélia veio até mim, me abraçou, me beijou e disse:
— Estou tão orgulhosa de você, meu menino.
E, cara… como aquilo foi importante pra mim. Senti, na Amélia, o amor que sentia da minha mãe.
Lucas também veio:
— O que importa não é o erro, meu garoto. E sim o que você vai fazer depois dele. E você, Brady, fez o seu melhor. Nós te amamos.
E aquelas palavras, daquele homem que quase nunca fala sério porque está sempre disposto a nos fazer sorrir… me desmontaram. Mas de um jeito bom.
Lucas, com uma simples frase, foi melhor que meu pai a vida inteira.
E hoje, eu entendi que não é o sangue que conta…
É o coração.
E cada uma dessas pessoas tem o meu.
Quando olhei para o corredor… ali estava ela.
Minha ragazza, minha baby… meu amor.
— Te entrego meu bem mais precioso, Anderson. Espero que a trate como merece. — Enzo me disse.
E eu não consegui conter a emoção. Muito menos esconder o quanto a Alessa é importante pra mim. Nunca tive dúvidas, mas neste momento isso foi mais real do que tudo.
Não existe vida pra mim sem ela.
Alessa se tornou o ar que respiro, meu motivo para acordar todos os dias… e para ser melhor. Cada dia melhor.
Por ela.
Pra ela.
E sempre ela.
— Estamos aqui reunidos… — o juiz começou.
— Eu te amo. — Alessa sussurrou pra mim.
— Te amo mais… — respondi, sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.
Ela me olhou com aqueles olhos cinza e sorriu entre as lágrimas.
A cerimônia aconteceu e eu nem vi.
Eu praticamente nem ouvi o que o homem dizia, porque meus olhos, minha atenção, estavam somente nela.
Quando ele disse:
— Vocês irão fazer votos?
Alessa me olhou, confusa.
Eu sorri para ela.
— Eu vou… — Ela me olhou surpresa.
O juiz fez sinal para que eu falasse.
— Essa eu quero ver… — Jackson disse, fazendo todos sorrirem, e Jordan o fulminar com o olhar.
— Alessa Mancini… ou melhor, Alessa Anderson. — Ela sorriu pra mim.
— Quando eu te conheci, te achei linda. Mas não era nossa hora, nosso momento… então não te dei a atenção que devia. E quando te sequestrei por engano…
Ela arqueou a sobrancelha pra mim.
— Foi o melhor engano da minha vida. Mesmo você me dando um trabalho do caramba pra que eu provasse que era nos meus braços o seu lugar.
As lágrimas dela escorriam, em meio ao sorriso.
— Naquele dia, você me tirou do eixo. Me desafiou, me enlouqueceu… e me curou. E eu não mudaria nada disso, baby.
Ela prendeu a respiração, os olhos presos nos meus, como se o mundo ao redor tivesse desaparecido.
— Eu achei que sabia o que era amor. Mas eu estava enganado. Porque eu só descobri o que era com você. Descobri que amor de verdade não é paz constante… é guerra por quem se ama. É lutar todos os dias pra ser digno do olhar da mulher que fez meu coração bater de novo.
Os olhos dela marejaram ainda mais, e eu precisei controlar o tom da minha voz, que já ameaçava tremer.
— Eu vi a vida passar tantas vezes diante dos meus olhos… mas foi só quando ouvi você me chamando de “cretino” porque não queria que eu morresse, que eu entendi o motivo pelo qual eu precisava viver. Era por você.
E a me mostrar que o amor vence todas as barreiras.
— O orgulho que tenho de você… eu jamais conseguiria colocar em palavras. Primeiro porque sou péssimo com elas — eu sorri pra ele — E segundo porque é tão grande que só dá pra sentir. Você mostrou pra todos nós o verdadeiro significado de redenção. E o que está colhendo hoje é só o começo do que merece.
Puxei ele para um abraço, e nos braços do Alex… eu chorei.
Por ele, por mim, e pela vida nova que eu estava prestes a viver.
— Te amo, Alex. Te amo muito, cara.
— Também te amo, irmão.
— Meu Deus, vocês dois estão ficando muito moles. — Jack disse.
— Falou o cara que estava choramingando até agora há pouco pra pequena porque ela disse que não ia falar com você o resto do dia.
— Poxa, capitão! Eu contei só pra você!
Benjamin se aproximou, puxou nós quatro. Colamos nossas cabeças, estendemos nossos pulsos.
— Juntos até o fim.
— Hooah! — dissemos em uníssono.
Só que, quando nos separamos, um barulho lá fora chamou nossa atenção.
Chen veio correndo até nós:
— Chefe, como você queria… Eles romperam. Estão invadindo o prédio.
— Bom, pelo menos deu tempo do sim! — Jack disse.
— A boa armadilha é aquela em que o rato cai. — Foi a vez de Tom.
— Mais prontos do que nunca. — disse Ben, tirando a arma da cintura.
— Porra… não vou nem curtir minha lua de mel.
— Em breve, irmão… — começou o Alex. — Primeiro vamos mostrar a esse velho…
Ele olhou pra mim, antes de concluir:
— Que a cova dele já tá pronta.
— Agora só falta ele cair.

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