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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 243

Capítulo 243 – Cumplicidade

Enzo

Depois que mia ragazza mostrou quem é que manda (ou apenas tentou), fizemos amor mais uma vez.

E eu percebi o quanto amo essa mulher. E que agora que, finalmente, a fiz minha… em breve, bem breve, farei dela a senhora Elena Mancini.

Ela saiu primeiro do banheiro. Eu ainda fiquei na banheira, com a cabeça encostada na borda, olhos fechados… repassando na mente todos os acontecimentos do dia. Por alguns minutos, perdi completamente a noção do tempo.

— Pretende sair daí em algum momento? — Elena perguntou, entrando novamente no banheiro e indo até o espelho.

Me perdi em sua imagem. Ela havia colocado o vestido que comprei, e ele moldava perfeitamente seu corpo. Prendeu metade dos cabelos dourados, deixando o restante cair em ondas suaves.

Passava algo pelo pescoço, provavelmente escondendo minhas marcas de amor.

— Amor, pare de me olhar como um pervertido e saia logo dessa banheira.

Sorri pelas palavras da minha ragazza atrevida.

— Tanta donna nesse mundo… fui me apaixonar logo pela mais difícil.

Ela parou o que estava fazendo, alcançou a toalha e caminhou até mim.

Abaixou-se até nossos olhos se encontrarem.

— Ainda está em tempo de desistir, senhor Mancini. Talvez arrumar uma donna mais fácil que essa aqui.

— Ah não, amore mio… você é a mulher perfeita pra mim.

Elena se endireitou e jogou a toalha pra mim.

— Agora saia daí e seja um uomo obediente.

— Amore mio, não fale italiano assim comigo, ou eu desisto de ir a esse casamento e te jogo de volta nessa banheira.

— Amore mio, ti do due minuti per uscire da lì.

E essa ragazza sabia mesmo falar italiano… e ficava ainda mais deliciosa por isso.

— É sério, Enzo. Dois minutos. Se não sair daí, vou pra sala sem você!

— Ah, che donna mandona! — resmunguei.

— AGORA SÓ TEM UM!! — Elena gritou do quarto. E, claro, logo eu saí.

Me arrumei rapidamente com a ajuda dela, e saímos do quarto de mãos dadas. Assim que passei pela porta, vi Alexander parado no corredor.

— Precisamos conversar. Antes da cerimônia — ele disse.

Aquela palavra, “precisamos”. me dizia mais do que eu gostaria. E, quando ele me contou, vi que realmente não gostava nada do que ouvia.

Mas as coisas só pioraram: Hugo se aproximou e mostrou imagens. Meu nonno estava a apenas alguns quarteirões daqui.

— Parece que Brandon estava certo… — Alex disse.

— Como assim, chefe? — Hugo perguntou confuso.

— Esse é o momento perfeito para um extermínio. — Ele respondeu.

E foi naquele momento que entendi o que Brandon e Alexander queriam dizer. Nesse exato momento, naquela sala, estava o futuro da Cosa Nostra.

— O que quer que eu faça, chefe?

— Chame o Chan, o Ethan e o Jackson. Peça para que me encontrem no meu escritório.

O rapaz assentiu e saiu para cumprir o que lhe foi ordenado.

— O que pretende? — perguntei, tentando manter a calma. Mas eu estava furioso.

— Mostrar ao seu avô com quem ele está lidando. Vou ao escritório me acertar com meus homens. Você segue para a sala e converse com seus aliados. Acho bom deixá-los cientes do que está acontecendo.

Assenti às suas palavras e segui para a cerimônia. E ele foi para o escritório.

— Ei… — Elena me interceptou.

Mas eu não disse nada, nem deixei que ela falasse. Passei a mão por sua cintura e a beijei.

Precisava dela para me acalmar, mas principalmente… para ter forças para o que estava prestes a enfrentar.

Quando nos separamos, sussurrei, com nossos rostos ainda colados:

— Te amo…

— Também te amo — ela se afastou o suficiente para encontrar meus olhos.

— Qual o problema, amor? — perguntou, passando a mão no meu rosto.

— Mio nonno está em Nova York — Elena me olhou confusa — Está a poucos quarteirões daqui, pra ser mais exato.

— Enzo…

Ela só precisou dizer meu nome e eu já tinha entendido o que ela queria dizer.

— Eu sei, amore mio. Não sei o que ele pretende, nem por que está aqui. Só sei que falei com ele essa manhã e, em nenhum momento, ele me disse que não estava em Veneza.

Elena olhou para a porta do quarto da bambina, Eloisa…

— Ela está tão feliz… Mesmo em meio às circunstâncias, hoje é o dia dela — disse com pesar.

— E vai continuar sendo. Eu vou garantir que mia bambina tenha o melhor dia da vida dela.

— Amor… você precisa se acalmar. Agir com cautela.

Sorri pra minha ragazza e lhe dei outro beijo.

— Dio não poderia ter me dado donna melhor que você, amore mio.

— Depois que conheci sua ex, vou ter que concordar.

— Ah, ragazza atrevida… — Beijei seu pescoço, ela riu, depois seguimos para a sala.

Assim que entramos, Elena foi para junto das outras ragazze, e eu fui até os convidados.

— Se comporta, Enzo. Hoje é o dia da sua sorella.

Ela me deu um selinho rápido e sorriu para algo atrás de mim.

Quando me virei, minha sorella estava ali.

— Como estou, fratello?

— Bellissima, mio tesoro… Bellissima… — Senti meus olhos marejarem, e os dela também.

— Encontro vocês no altar — Elena disse, nos deixando sozinhos.

Dei meu braço à minha irmã, que logo enlaçou o seu no meu.

— Estou nervosa…

— Vai dar tudo certo, mia bambina.

— Não foi assim que planejei esse dia…

Coloquei a mão em seu rosto, dei um beijo em sua testa.

— Prometo a você que, quando tudo isso acabar, te darei uma cerimônia digna de uma princesa.

Alessa sorriu pra mim, e seguimos para a sala.

Evelyn fez tudo com tanto carinho… Cada flor, cada cadeira, até o altar improvisado refletia o amor que essa família tem pela minha bambina. E aquilo me alegrou mais do que qualquer coisa.

Quando chegamos até Brandon.

— Te entrego meu bem mais precioso Anderson, espero que a trate como merece.

Ele somente assentiu, e quando olhei bem em seus olhos... eles refletiam o amor pela minha sorella.

E naquele instante, eu tive certeza…

Esse ragazzo faria minha principessa feliz.

Me coloquei ao lado da Elena, e fiz sinal para que o juiz começasse.

— Estamos aqui reunidos… — o homem iniciou.

Apertei a cintura da minha ragazza, que se encostou mais em mim.

Então meus olhos encontraram os de Alexander. E neles…

Eu vi a cumplicidade.

Tínhamos o mesmo sentimento. A mesma determinação.

Hoje era o dia dos nossos irmãos.

E acabaríamos com qualquer um que ousasse atrapalhar.

Mesmo que esse “um” fosse o meu próprio sangue.

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