Capítulo 257 – Não tem perdão…
Elena.
Enzo e eu tivemos um momento maravilhoso. O nosso amor intensifica ainda mais o prazer
Mas então meu telefone tocou… e, depois da ameaça do Morelli, meu coração apertou com a possibilidade de ele ter colocado as mãos no meu pai.
Só que Enzo acabou vendo a mensagem e atendeu à ligação. Conhecendo Dante, sei bem o que ele deve ter falado, e, depois da sua reação, tive certeza.
Eu entendo a fúria de Enzo Mancini. Dante Morelli e o pai foram os responsáveis pela emboscada dos pais dele. Eles colaboraram com a justiça e, por essa delação, os Mancini passaram a ser perseguidos. E um traidor… acabou os matando.
A Cosa Nostra tem código, e se uma família colabora com a justiça… ela é executada. Só que os Morelli conseguiram fugir, e nunca foram encontrados.
Todos os Dons, sem exceção, querem sua cabeça.
Mas nada disso justifica a forma como Enzo me tratou. Agiu por impulso, não me deu chance de explicar e ainda usou seu tom de Don comigo.
Comigo…
A mulher que provou a ele várias vezes que o ama incondicionalmente.
Claro que nós temos nossas brigas. Mas o amor… é verdadeiro.
Não sou do tipo que se arrepende. Meu único arrependimento foi ter deixado Julio morrer.
Depois disso, eu ajo, e sem arrependimentos para salvar quem eu amo.
E foi isso que fiz por ele.
Só que depois de hoje… mesmo que Alex conte a verdade para ele e, no final, descubra que estava errado o tempo todo…
Não tem perdão.
O meu amor por Enzo Mancini ainda está aqui.
Mas a mágoa… essa também está. E, no momento, ela fala mais alto do que o amor.
— Lena?!
Ethan me chamou com suavidade, me virei e encontrei aqueles olhos mel me encarando.
— Eu tô bem, Ethan, não se preocupe.
— Quer me contar?
— Morelli está aqui e ameaçou meu pai se eu não honrar o compromisso feito com Robert.
Ele apertou o volante tão forte que os nós dos dedos perderam a cor.
— Aquele desgraçado… ele vai ter que me matar primeiro antes de colocar as mãos em você.
Coloquei a mão sobre a dele, que ainda estava no volante.
— Obrigada, Ethan. Por tudo.
Ethan pegou minha mão com carinho, levou até os lábios e deu um beijo tão cheio de ternura que aqueceu meu coração.
— Tudo por você, minha garota.
O telefone dele tocou. Ele soltou minha mão para atender.
— Quer dizer… — levantou o celular para que eu visse o visor — nossa garota!
Nós dois rimos, e ele atendeu.
Chen queria saber onde estávamos. Ethan contou que viemos buscar meu pai. Com aquele cretino por aqui, não podíamos arriscar a vida dele.
É claro que meu chinês favorito não permitiu que saíssemos até eles chegarem.
Nos armamos, descemos do carro e seguimos para o prédio.
Meu pai morava agora em um apartamento simples. Elo e eu que o ajudávamos com as contas.
Ele perdeu tudo que construiu com a minha mãe, por um negócio malfeito com Robert.
Esse homem foi um câncer em nossas vidas. Assim que entrou nela, foi nos minguando aos poucos. Até não sobrar nada… Só a vontade de que tudo isso acabe.
O mesmo sentimento que minha mãe teve antes do câncer levá-la.
Ethan e eu subimos calados, avaliando o lugar, para garantir de que não havia mais ninguém ali.
Digitei a senha e entramos no apartamento. A Jo e o Hugo criaram um sistema de segurança perfeito para o local.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo