Capítulo 258 – Eu te amo, minha garota
Ethan
Tenho sentimentos por Elena desde o dia em que a conheci. Ver a sua força, coragem e determinação, só me encantaram mais.
Só que eu vi o jeito que ela olhou para Enzo e que o olhar era recíproco. E jamais entraria em uma briga para perder, e essa já estava fadada à derrota.
Mas quando se ama alguém, você não simplesmente acorda um dia e diz: “É, acho que agora não vou amar mais”. Fácil seria se fosse assim. Então eu deixo ele bem onde está, dentro de mim.
Quando cheguei na sala e vi o Enzo apertando o braço dela, ao ponto de machucá-la, por um instante eu ceguei. Mas senti a mão de Andrew sobre mim... como um sinal claro para não avançar.
E depois de todas as merdas que aquele cretino disse a ela, minha garota saiu, mas eu jamais a deixaria ir sozinha.
Elena disse que iria até o pai, e eu a acompanhei. As coisas estavam indo bem, revistamos o apartamento, o senhor Fontana estava bem, só que aí o problema surgiu.
Porque eles sempre surgem.
Vito Santoro estava entrando no prédio com alguns dos seus soldados.
Mas aquilo não pareceu surpreendê-la tanto, e rapidamente ela ligou os pontos.
— Lorenzo Mancini está aliado ao homem responsável pela morte dos pais do Enzo.
Elena disse com uma certeza que causava até arrepios. Como um pai pode estar envolvido na morte do próprio filho? Se bem que depois do Robert, nada mais me abala.
— Os caras estão chegando, Chen disse que estão a cinco minutos. Alex também está a caminho. — Eu a informei.
Passei a mão no cabelo tentando pensar em alguma coisa, talvez descobrir uma forma de sairmos sem ser visto. Só eu e ela não daremos conta de mais de vinte homens, ainda mais com pouca munição.
Elena foi até o armário e pegou dois coletes, colocou um no pai, e me entregou o outro.
— E o seu?
— Eu não preciso, e só tenho esses dois. Havia deixado aqui como preocupação, assim como duas armas e munição na sala.
Ela começou a sair em direção a sala, mas eu a alcancei.
— Não vou usar colete enquanto você fica sem! — eu disse com o tom levemente irritado.
— Ethan, não vamos discutir isso agora. — Ela prendeu o colete no meu corpo. — Ou você usa, ou nós dois ficaremos sem. — Arqueou uma das sobrancelhas para mim em desafio.
E, como sempre, Elena ganhava as discussões. O poder que ela tinha em engambelar a todos nós, eu não sabia dizer se era algo incrível ou uma maldição.
Meu telefone tocou.
— Chefe. — disse assim que atendi.
— Viva-voz Ethan.
Fiz como ele mandou. Elena e eu ficamos atentos, aguardando quais seriam as instruções, enquanto o senhor Fontana parava ao lado da filha.
— Hugo viu que o prédio está tomado, vocês estão em desvantagem e nós estamos a uns cinco minutos daí.
— Cinco minutos é pouco tempo, não é? — Senhor Fontana perguntou.
— Se falarmos em distância sim. — Alex respondeu. — Porém, é tempo mais que o suficiente para fazer uma chacina.
Ele estava certo, se eles estiverem subindo, em menos de dois minutos estarão bem na nossa porta.
— Vamos pela escada, mas ao invés de descer vamos subir. — Elena disse.
— Pode dar certo, subimos dois andares, e depois tentamos pegar o elevador. Talvez acionar a emergência até os caras chegarem.
— Então faça isso Ethan, assim que chegarmos subimos e tiramos vocês de lá.
Com o plano decidido, agora só faltava executar. Como estava de colete fui a frente, quis colocar o pai dele atrás e ela no meio por estarmos de colete e ela não.
Mas como sempre, essa garota nunca cede.
— Elevador está subindo, provavelmente são eles. — Elena disse.
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