Capítulo 289 – Quando tudo acabar.
Thomas
Mesmo sendo um Ranger e um capitão do exército, eu só recorro à violência quando é realmente necessário. Mas também não posso dizer que sinto remorso quando mato alguém, porque isso não acontece. Se cheguei ao ponto de matar, é porque a pessoa mereceu.
— Te dou exatos três segundos para soltar a minha mulher — engatilhei a arma. — Ou seus miolos vão voar.
Kevin soltou Aline, que correu para o meu lado.
— Amor, está tudo bem. Só vamos embora — Ela dizia em desespero, mas eu mantive a arma na cabeça do cretino.
— Sua mulher? Ela é minha noiva.
— Ex-noiva! — Aline gritou.
— Você é muito abusado — Eu disse a Kevin.
— Amor, vamos embora — Aline insistiu.
— Tom, querido, deixe isso pra lá — Minha sogra me pediu.
Abaixei a arma e empurrei o cretino, que se virou para mim.
— Se eu vir você perto da minha mulher novamente… — Me aproximei, parando bem na sua frente. — Vai desejar nunca ter cruzado o meu caminho.
— Está me ameaçando?
— Não, eu não ameaço, eu cumpro! Isso aqui é só um aviso.
Notei um movimento ao nosso redor, e Chen também. Eu ainda estava com a minha arma na mão, e Chen colocou a mão nas duas que ele carregava na cintura.
Aline, que estava atenta a tudo, sussurrou para mim.
— Qual o problema, amor?
Kevin começou a rir.
— O problema, querida, é que seu namorado não sabe quem eu sou.
Um sorriso brincou em meus lábios.
— Alex? — levantei a voz, perguntando ao Chen.
— Cinco minutos, com Brady, Jack e Ben.
Puxei Aline para mim e dei um beijo em sua têmpora.
— Não se preocupe. Ele te assediou. Lyu e sua mãe são testemunhas.
A risada de Kevin cortou nosso momento.
— Acha que meus amigos do FBI vão acreditar em quem?
Ele me perguntou com arrogância. Nesse momento, cinco agentes se aproximaram.
— Agente Callahan, algum problema? — Um deles perguntou.
— Sim, preciso que detenham esses dois. — Ele disse, apontando para mim e Chen.
— Posso saber o motivo? — O homem perguntou, confuso.
— Porque estou mandando! — Ele disse com um tom de superioridade.
Guardei a minha arma, com toda a calma que cabia ao momento. Estendi as mãos para o agente.
— Capitão Thomas Michel do 75º regimento Ranger.
— Senhor — O agente me cumprimentou em continência, antes de pegar em minha mão.
— É mentira, você não pode ser capitão — Kevin disse, incrédulo.
— Quer pagar para ver? Podemos começar indo até seu pai e informá-lo que anda usando recursos de inteligência da corporação a benefício próprio, e um deles é assediar a minha mulher.
— Capitão, isso é uma acusação séria. — o homem me disse.
— Eu honro a farda que visto, agente, e jamais acusaria sem provas. — respondi.
— Foda-se quem ele é. Esse homem acabou de me ameaçar com uma arma na cabeça, levem ele e o amigo imediatamente.
— Agente Callahan, não podemos deter um militar sem motivo evidente. — O agente rebateu.
— Meu pai vai adorar ouvir, agente Belmont, que, além de não acatar uma ordem minha, me questionou na frente de todos.
Esse cretino ia usar o pai a favor dele.
— É melhor você pensar bem no seu próximo passo, Kevin — eu disse em tom de ameaça.
— Belmont — Kevin disse com autoridade. — Leve esse homem e o amigo AGORA! — ele disse elevando a voz.
Mesmo contrariado, os agentes vieram para cima de mim. E Kevin me deu um sorriso, daqueles vitoriosos. Ouvimos um carro estacionar ao nosso lado, fazendo os homens recuarem por um instante.
E foi aí que meu irmão desceu do carro…
— Se… Senhor Sterling?! — Agente Belmont disse.
Alex se aproximou de mim, levantou o punho e bateu no meu.
— Atrasado? — ele me perguntou.
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