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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 291

Capítulo 291 – Consequências

Enzo

Os últimos dias não foram fáceis. A vida de Elena, depois da morte do seu amigo e da sua mãe, deixou marcas profundas. Mas a morte de seu pai desencadeou coisas que acho que nem ela mesma imaginaria. E foi por esse motivo que conversei com Alexander para não levarmos ninguém.

Antes eu havia dito que não viajaria sem ela, mas hoje vejo que levá-la só vai piorar seu estado. Mia principessina também tem tido seus momentos. Ela não dorme se não for ao meu lado, e quando a deixo em sua cama, eu acordo no meio da madrugada com ela em cima de mim, agarrada ao meu pescoço.

Conversei com os outros Dons. Depois que matei Vito e Alessa, a Paola, as coisas deram uma estremecida. Não porque não confiem mais em mim, mas sim porque coisas obscuras vieram à tona, e descobrimos que nada era realmente como parecia.

Todos decidiram vir comigo para Zurique. Cada um vai deixar seu Sottocapo à frente enquanto estamos fora. Como a maioria deles está em Nova York e outros em Veneza, combinamos de nos encontrar lá em dois dias.

Agora tudo o que preciso fazer é dizer a mia donna e a mia bambina que estou viajando amanhã, e que elas terão que ficar.

— Bom dia, papàaaa! — Mia bambina disse assim que entrei no quarto dela. Agora não sou mais italiano, sou “papà”, que é papai em italiano. Pois agora ela disse que é minha figlia.

— Buongiorno, amore mio. — disse, a pegando no colo. — Mas se não me engano, agora já é boa tarde. — Dei um beijo em seu rostinho.

— Eu ainda não sei que horas são. A vovó Amélia trouxe o café para mim e para a tia Lena, não saímos do quarto.

Maria ainda não chamava Elena de mamãe, e eu sei que isso mexia muito com mia donna. Mas tenho certeza de que em breve isso vai mudar.

— E perchè no?

— Porcheee a tia Lena está passando muito mal, aí a tia Aline disse que era para ela ficar beeem quietinha. E a tia Catharina falou que a Maria tem que ser uma mocinha que cuida da mamãe.

Eu ri para minha bambina.

— Então, onde está a mamãe dessa mocinha?

— No banheiro. Ela entrou e não saiu nem quando a Maria chamou.

Um medo percorreu minha espinha. Desci a Maria do meu colo e corri até a porta.

— Elena, abre a porta!

Mas ela não me respondeu. Tentei novamente.

— Elena, se não abrir, eu vou arrombar!

— Se afasta, per favore, amore mio — disse à Maria, que me olhava atentamente.

Antes que eu desse o primeiro chute, ouvi o trinco da porta. Fui até ela e a abri. Assim que entrei, mia donna estava sentada no chão, com a cabeça entre os joelhos. Agachei ao seu lado e passei a mão pelo seu cabelo.

— O que aconteceu, mia vita?

Ela não me respondeu, nem mesmo levantou a cabeça para me olhar. Mia bambina parou ao meu lado, e notei sua expressão de medo. Peguei meu celular e liguei para Giuseppe.

— Venha até meu quarto pegar mia bambina. — Ele assentiu e desligou. Em minutos, já estava ali.

— Amore mio, vá com o tio Giuseppe procurar a tia Alessa ou a vovó Amélia.

Segurei sua mãozinha e dei um beijo em mia bambina, que mesmo relutante me obedeceu.

Assim que ela e Giuseppe saíram do quarto, peguei Elena no colo e caminhei com ela até nossa cama. Deitei ao seu lado, mas ela não olhava para mim.

— Maria disse que não estava se sentindo bem. O que aconteceu?

— Quando acordei, você não estava. Deixei Maria dormindo e fui ver se te encontrava — ela começou. — Assim que desci as escadas, encontrei as meninas felizes e, ao mesmo tempo, furiosas.

— E qual era o motivo? — perguntei, interessado nesse contraste de alegria e fúria.

— Alessa está grávida.

— Come, scusa?

— Exatamente, o que você ouviu. Além de pai, agora é tio, Don Mancini — Por mais que a notícia fosse maravilhosa, sentia a tristeza na voz da mia donna.

— E o motivo da fúria? — Ela se virou para me encarar.

— Parece que nossos homens decidiram viajar sem nós.

Os olhos de Elena eram carregados de um brilho que não consegui identificar de imediato.

— Amore mio… — Comecei.

— Vai mesmo me deixar? Disse que não viajaria sem mim de jeito nenhum.

Passei a mão em seu rosto e dei um beijo em seus lábios.

— Sei o que disse, amore mio, mas você não tem condições de viajar. E as coisas lá não serão fáceis.

— Também não tenho condições de ficar sem você. A Maria também não.

Suspirei, pois sabia que ela tinha razão. Levá-las era perigoso, e deixá-las era doloroso. Mas sabia que, mesmo doendo, era o melhor.

— Alex vai deixar os meninos com vocês, só vamos Giuseppe, eu, ele e os irmãos.

— A questão não é quem vai ficar, Enzo. Dou conta da minha própria segurança, a questão aqui é nos separarmos. Depois do que aconteceu, pensei que fosse ter mais consideração por mim.

Segurei seu rosto entre minhas mãos.

— Per favore, la mia vita. Não diga algo assim, tenho mais que consideração per voi. Eu te amo mais que tudo nesse mundo.

— Então não me deixa… — sua voz saiu em um murmúrio. As lágrimas escorreram por seu rosto, e o meu peito… se abriu no meio.

Elena era a mulher mais forte que já conheci, mas sua fase de luto a estava destruindo. E Hugo estava tendo o mesmo problema com a bambina Eloisa.

— Amore mio, você não tem condições de viajar. — a puxei para mim e acariciei seus cabelos. — Olhe só para você, mia vita, tem passado mal todos os dias, seu corpo está cedendo aos poucos, precisa de cuidados.

— Eu preciso de você, Enzo. Se me deixar, aí é que vou ceder.

As palavras dela me atingiram.

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