Capítulo 321 – Cavalaria
Amira
Acordei num susto.
Não sabia se haviam passado segundos, minutos ou horas. A última coisa que me lembro foi de ver Jhony partir com a pequena, e depois… apaguei. Ainda estava sozinha no quarto, me sentei e esperei uns segundos para que meu corpo se acostumasse com a sensação.
O colchão estava sujo de sangue, e a essa altura do campeonato, eu não sabia dizer se o ideal era tirar a bala dali, ou deixar.
Tentei me levantar, mas a visão escureceu.
— Merda! — Sentei novamente.
Olhei ao redor e vi a jarra de água, a alcancei e bebi todo o líquido. Dei uma respirada, rasguei um pedaço do lençol e o amarrei em volta da minha cintura por cima do ferimento.
— Devia ter feito isso desde o começo, Amira — sussurrei.
Aguardei trinta segundos para que meu corpo se acostumasse com a compressão. Depois me forcei a levantar novamente, e consegui.
— Perfeito.
Peguei a arma que Jhony havia me deixado, e segui para a porta. Ela ainda estava destrancada, o que significava que o cretino ainda não tinha notado a saída da Maria. Mas antes que eu passasse por ela, ouvi vozes no corredor.
— Mohamed disse que viu o americano sair com a menina.
— E o que ele foi fazer lá fora?
— Não sei, mas a mulher está dormindo, eu acabei de ver.
Droga, pensei que eles não tinham notado.
— Diz ao Lorenzo que vou buscar a menina, e avise aos outros que o tal Jhony é suspeito, até segunda ordem.
— Ok — um deles disse, e o outro seguiu pelo corredor.
Abri a porta com cuidado, e o vi se aproximando da porta aos fundos. A mesma que Jhony me disse para ir, quando quisesse encontrá-lo. Caminhei vagarosamente atrás dele, por sorte o lugar estava vazio.
Quando chegamos lá fora, meus olhos varreram o lugar em segundos. Eu vi Jhony de costas para mim, e o maldito do homem também. Não podia fazer barulho, se ele me ouvisse, seria nosso fim. No instante que ele rendeu Jhony, eu também o rendi.
— E você, querido, para que é pago? — perguntei a ele.
— Senin gibi sürtükleri öldürmek için — ele disse.
— Turco?? — eu ri. — Farid não tem brincado em serviço — empurrei a arma na cabeça dele. — Tira a arma dele, Jhony.
Ele virou, e pegou a arma da mão do cretino.
— Já que você disse que é pago para matar vadias como eu — dei um chute na parte de trás de seus joelhos, o fazendo cair.
— Aaaah — ele gemeu. Fiz sinal para Jhony tirar a Maria dali, e levei meus lábios até seu ouvido.
— Eu vou te dizer, para o que eu sou paga — dei a volta e fiquei bem na sua frente. — Abra a boca — Mandei, mas ele não obedeceu. Dei uma coronhada em sua têmpora, ele abriu a boca por reflexo, aproveitei e enviei o cano da arma dentro dela.
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