Capítulo 323 – Minha Amiga
Brandon
Eu precisava me controlar, eu sei. Mas, mesmo que minha boca dissesse que não queria Amira em minha vida, meu coração a queria. Não como antes, não como mulher, mas como amiga, como alguém importante demais para que eu veja morrer.
Conseguimos a localização. O cara que ligou pelo telefone dela nos disse que ela estava ferida, mas disso eu já sabia, o que eu queria saber era se ela estava bem.
Alessa não estava muito contente comigo, mesmo eu explicando minha relação com Amira e declarando meu amor a ela e ao nosso filho.
Mas eu estava decidido a ir com os caras. Com a minha mulher eu me entenderia depois.
Assim que pousamos, Tom comentou sobre a calmaria. E isso também chamou minha atenção. Avistamos ela, a Maria e um cara e seguimos em sua direção. Mas, de repente, ela começou a correr, sem se importar que estava ferida.
— ABAIXA! ABAIXA! ABAIXAAAA!!! — Ela gritava desesperada, apontando a arma para um ponto atrás de nós.
— AMIRA, NÃO!!! — Jeff e eu gritamos ao mesmo tempo.
Só que aquela síria teimosa chamou a atenção do cretino. Ela atirou, e ele também.
— AMIRAAAA!!!!!! — gritei desesperado, vendo o corpo dela voar.
— MERDA! — Jack gritou. — SE PROTEJAM, METRALHADORA!
Os caras correram para trás de um dos contêineres que havia ali, só que eu não fui. Eu corri até ela.
— Amira… — disse, me abaixando ao seu lado. Sua roupa estava suja de sangue e seu rosto também. Minhas mãos tremiam.
— Merda! — xinguei. — Vamos lá, sua síria teimosa e debochada…
Passei a mão por debaixo de sua cabeça com cuidado, a encaixei em meu braço, envolvi o outro por seu corpo e levantei com ela. Olhei ao redor, e o caos corria.
Os caras atiravam nos cretinos. Eles tinham conseguido abater o da metralhadora, e Amira o da granada. Precisava levá-la ao helicóptero. Andrew tinha que cuidar dela.
— Salva a Maria… — ela começou a sussurrar. — Jhony… salva o Jhony…
— Quem é Jhony? — perguntei, confuso. Olhei de volta para os caras, que conseguiram se aproximar do homem que tinha a Maria no colo.
— Maria… Jhony… — Amira só falava isso. Corri com ela até a aeronave. E os caras se juntaram a mim.
— Droga! — disse Jeff, se aproximando. — A gente precisa levar ela, tem que tirar ela daqui.
— Amira!! — o homem, ou melhor, Jhony, veio até ela. — Ela perdeu muito sangue, precisa de um médico com urgência. — Ele tentou pegá-la do meu colo.
— Que porra é essa? — perguntei irritado, o impedindo de tirá-la de mim.
— Lorenzo tem uma ala médica. Eu ouvi um dos homens dele falar que ele fugiu quando escutou o helicóptero. — Ele olhou bem nos meus olhos. — Me entrega ela, que vou obrigar o maldito do médico a atendê-la.
— Eu vou com você. — Andrew disse a ele.
— Ele não vai levá-la para lugar nenhum. Vamos embora. Se Lorenzo não está mais aqui e Maria está segura, não tem motivo para ficar. — eu disse.
— Viajar com ela assim pode ser tarde demais. — ele retrucou e avançou em mim novamente.
— Quem você pensa que é? — perguntei, furioso.
— Esse é o tio Jhony. Ele beija a tia Amira igual o papai beija a mamãe. — A Maria me disse.
Eu ceguei. Esse filho da puta acha que porque a beijou tem direitos sobre ela?
— Jhony… — ela sussurrou.
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