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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 35

Alexander

Quando Jordan encontrou Evelyn, não senti alívio, senti medo. Medo de não chegar a tempo, de alguém pegá-la, machucá-la... Benjamin seguiu em um carro, enquanto Jackson e eu fomos em outro. Meus homens já estavam todos espalhados pela rua, caçando aqueles malditos que ousaram seguir a minha mulher.

Dei ordem para Jackson não ir pela frente, mas sim pelo outro lado. Algo dentro de mim me dizia para fazer isso. Sempre fui um cara espiritual, e minha intuição raramente falhava.

Meus olhos a encontraram. Desci do carro sem aviso e fui em sua direção. Ela não me reconheceu de imediato, mas quando o fez, seu alívio espelhou o meu. Ela estava bem. Ela estava comigo.

Mas eu não gostava quando minhas ordens eram ignoradas. E Evelyn tinha esse hábito maldito de me desobedecer.

Seguimos em silêncio de volta ao hotel. Mal me dirigi a ela e, claro, aquilo começou a incomodá-la.

Dei minha última ordem a todos, e então Evelyn e eu subimos para o nosso quarto. Ela foi direto para o banheiro, e eu fiquei ali, esperando.

Minha cabeça dizia que ela merecia o que todos que me desobedecem recebem. Mas o meu coração... ah, esse maldito coração, que batia descompassado toda vez que ela estava por perto... Esse só queria abraçá-la e nunca mais soltar. Queria protegê-la de tudo e de todos.

Mas eu não cheguei onde cheguei ouvindo meu coração. Então, quando ela continuou me ignorando, achando que o que fez era algo normal... eu gritei.

Como gritaria com qualquer subordinado.

— Evelyn! — O pânico se estampou naquele rosto lindo. E ela correu para o banheiro, chorando. Escondendo-se de mim.

— Evie... — Tentei dizer da forma mais suave possível.

— Me desculpa... — Encostei a testa na porta. Ouvia seu choro abafado. Ela tentava esconder, mas eu ainda a escutava.

Chamei por ela mais algumas vezes, mas fui ignorado.

Alexander Sterling, o homem que todos temem, o que chamam de Ceifador, queria arrombar aquela porta, fazê-la me ouvir...

Mas o Alex dela...

Esse queria esperar. Queria que ela abrisse a porta por vontade própria. Queria consolá-la. Prometer que nunca mais faria aquilo.

O Alex venceu.

Sentei-me no chão, encostando a cabeça na porta. Eu odiava Brandon, mas naquele momento... eu era tão cretino quanto ele foi. Soube o que tinha acontecido assim que meu grito ecoou pelo quarto.

Me lembrou Rachel...

E todas as vezes que a encontrei desesperada, chorando por Brandon, por algo que ele disse, por algo que fez...

Minha Rachel...

Coloquei a mão sobre a porta, como se ela pudesse sentir o quanto eu estava arrependido.

— Me perdoa, Evie... Eu não devia ter gritado... — suspirei. — É que estou tão acostumado com todos fazendo o que eu digo...

— Aí veio você... entrou na minha vida... e nunca me obedece...

Ouvi um leve movimento do outro lado. Levantei num pulo.

O trinco da porta girou, mas ela não abriu.

Respirei fundo e entrei no banheiro.

Ela estava sentada a uma certa distância.

Sentei-me do outro lado. Apenas olhei, esperando que permitisse me aproximar.

— Me desculpe. — Sua voz saiu num sussurro. — Não saí pra te afrontar... só queria me distrair com as meninas e... — ela suspirou, desviando os olhos de mim — comprar algo que me fizesse sentir bonita. Queria te surpreender.

Me senti um completo babaca.

Ali estava ela... se desculpando. De novo.

— Não precisa se desculpar. — Minha voz saiu mais dura do que eu pretendia. — Prometo não alterar mais o tom... agora que sei o que isso te causa.

Ela levantou a cabeça para me olhar.

— O que quer dizer? — perguntou, e notei a confusão em sua voz.

Ela começou a se exaltar. Via suas mãos tremerem. Me aproximei, mas ela se afastou de mim.

— Mas você dizer que ele era abusivo? — sua voz tremia. — Meu Brandon? NÃO! Ele cuidou de mim quando eu não tinha ninguém! Ele me amou, eu sei que sim!

As lágrimas voltaram com força total. Sua respiração ficou ofegante. Aquilo estava me destruindo por dentro.

— Evie, por favor... — meu tom era suave, implorando para trazê-la de volta pra mim.

— Ele queria mudar... Quando ele estava bem, ele... ele... — começou a gaguejar — me beijava à noite, pedia pra eu dizer aquelas palavrinhas e...

Não aguentei mais. Avancei e a abracei com força. E ela desabou em mim.

Suas lágrimas... cada uma parecia uma lâmina me cortando por dentro.

Ela nunca mais vai sentir essa dor. Nunca mais vai achar que precisa se provar, ou sofrer, pra ser amada.

Beijei o topo de sua cabeça.

— Me desculpe, querida. — continuei abraçado a ela. — Nunca mais... Pode acreditar em mim. Nunca mais você vai passar por isso.

Ficamos ali, agarrados um ao outro. Evelyn estava ferida, em tantos níveis. E a maioria dessas feridas levava o nome de Brandon.

Mas eu a curaria.

Nem que pra isso eu precisasse congelar o inferno.

Eu não perderia Evelyn, como perdi Rachel.

Não por causa do Brandon.

Isso é uma promessa.

E eu, Alexander Sterling, sempre cumpro minhas promessas.

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