Capítulo 361 – Tarde demais
Jackson
Assim que senti a fachada ceder, não pensei em mais nada. Passei meu braço na cintura da Jordan, e o outro enrolei rapidamente na corda. Consegui ficar pendurado com ela agarrada a mim, e debaixo de nós veio o barulho dos escombros caindo no asfalto.
— Ainda bem que não somos nós caindo, se não era uma vez um Jackzinho — eu disse, forçando um sorriso para acalmar Jordan, que se tremia inteira.
— JACK!!! — Alex e Brady gritaram ao mesmo tempo.
— Estamos bem — respondi e Jordan se agarrou ainda mais em meu pescoço.
— Desculpa, amor, me desculpa — ela dizia entre as lágrimas.
— Agora não, marrentinha — eu disse em seu ouvido e dei um beijo em seu pescoço.
— Jack, vamos tentar trazer vocês — Alex disse enquanto ele e Brady se esforçavam para nos puxar. Ouvi um barulho e, quando olhei para cima, os lençóis começaram a rasgar.
— Não dá tempo, Alex — eu disse e ele olhou para o lençol, vendo o mesmo que eu. — Preciso que vocês segurem firme, para que eu pegue impulso até o Peppe.
Eles assentiram, e com uma jogada de corpo, Peppe nos alcançou.
— Me solta, pro Peppe te pegar — falei para Jordan, que fez exatamente o que pedi. Ele a puxou e, assim que ela estava segura, o lençol rasgou mais um pouco. No susto, afrouxei o aperto.
— JACK!! — Ouvi meus irmãos gritarem. Tentei alcançar o parapeito, mas foi inútil, escorreguei. Fechei os olhos já esperando pelo impacto, minha queda seria certa. Mas senti uma mão em meu braço.
— TE PEGUEI! — Giuseppe gritou e começou a me puxar. Ele estava debruçado com Vivian e Jordan o segurando. Assim que eles me puxaram, caímos os quatro no meio da sala.
— Jack… — Minha mulher disse, vindo em minha direção e se agarrando em mim.
— Tô bem, marrentinha, eu tô bem — sussurrei e senti as lágrimas dela molharem minha camiseta.
— O que faremos agora? — Vivi perguntou.
— Vamos subir, mas dessa vez sem apoio. Alex já tinha deixado cordas de reserva.
— Jack! — ouvi Alex me chamar e coloquei a cabeça para fora. — Vamos jogar uma maior, vocês sentam no parapeito, a seguram e nós puxamos — ele me informou.
— Ok, mas, cara, agora, sem o apoio, vai ser mais difícil — respondi.
— Precisamos tentar — Foi tudo que ele me disse antes de jogar a corda pra mim.
— Beleza, marrenta, você vai primeiro.
— Amor, não acho que isso vai dar certo.
— Bom, marrentinha, eu também não achei que daria certo no começo, mas você e seus irmãos não me ouviram — segurei sua mão e a puxei pra mim. — Agora não dá tempo para discussões.
Passei o lençol uma volta por cada perna e amarrei em sua cintura, prendendo bem. Coloquei a cabeça para fora e chamei o Alex.
— Jordan vai ser a primeira. A prendi pelas pernas e pela cintura. Cara, tem que puxar de uma vez, sem o apoio, assim que ela ficar pendurada o peso dela vai dobrar.
— Como diz você, preciso fazer valer minhas horas de academia — Alex me respondeu, tentando me passar tranquilidade, mas a verdade é que eu estava morrendo de medo dos lençóis cederem, ou os caras não conseguirem puxá-la. Virei para a Jordan para poder colocá-la no parapeito.
— Vamos lá, marrentinha, segura firme e só solta quando estiver nos braços do Alex. — Ela assentiu, envolveu a mão na minha nuca e me beijou. Foi lento, carregado de ternura e do mais importante… de amor.
— Ainda tô bravo com você — murmurei com os lábios ainda nos dela.
— Eu sei, me castiga depois — ela falou com um sorriso.
— É isso que merece mesmo marrenta, que eu te dê uns bons t***s nessa bunda gostosa.
— Amor, você é tão babaca.
— Seu babaca marrentinha, não esquece. — nós dois rimos, dei nela um último beijo e a coloquei sentada na janela.
— Tá pronta? — perguntei.
— Sim — respondeu e me deu um selinho. — Te espero lá em cima, amor — Ela disse com a voz embargada, passei a mão em seu rosto. Coloquei a cabeça para fora novamente.
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