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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 364

Capítulo 364 – Mãos que salvam

Aline

Ao lado do posto médico havia um corredor, e assim que entramos nele, vi a porta grande com a placa.

“Centro Cirúrgico”.

— Perfeito — eu disse, entrando correndo com Jack ao meu lado.

Assim que entramos no centro cirúrgico, liguei as luzes e depois disso foi como acender o modo automático dentro de mim. Era como se houvesse um bisturi no meu pensamento, cortando as decisões e o medo. Havia pouco tempo e muita pressão, literal e figurada.

Como em toda sala, o relógio estava pregado na parede, bem de frente para a maca, para eu não esquecer que, depois da vida do Peppe, o que eu tinha de mais valioso ali era o tempo e não podia desperdiçá-lo.

— Traz ele, vou organizar tudo — disse ao Jack, que não pensou duas vezes e saiu. — Ótimo — murmurei a mim mesma, respirei fundo e comecei a trabalhar.

Organizei rapidamente o kit, busquei dois carrinhos auxiliares, peguei jalecos, toucas, máscaras e luvas para todos nós. Liguei os aparelhos, conferi se estavam calibrados. Os meninos entraram com Peppe nos braços, e Vivi ainda pressionava o ferimento.

— Coloca ele na mesa! Rápido! — mandei.

Enzo e Jack levantaram Giuseppe como se fosse uma pena, mas a verdade é que ele estava mole demais. Branco, gelado. Não dava para perder tempo.

— Ele apagou, e não responde há alguns minutos — Vivi disse em desespero.

— Ele perdeu muito sangue, a pressão deve ter caído. Vou conectá-lo aos aparelhos para conseguir controlar os sinais vitais, enquanto isso se troquem — Apontei para as coisas que eu havia deixado separadas para eles. Em segundos, Vivian já estava pronta e do lado oposto ao meu.

— Vivi, me ajuda com a assepsia — Ela assentiu sem nem pensar. As mãos dela tremiam, mas estava focada.

— O que a gente faz? — Jack perguntou, desesperado, olhando para mim como se eu tivesse todas as respostas.

— Vocês dois me ajudam, segurando e obedecendo. Só isso — Respondi seca. — O resto é comigo e com ela — Os dois assentiram. Enzo ficou ao lado da Vivi e Jack parou ao meu.

Peguei um bisturi, olhei pra Vivi e já fomos cortando as roupas de Giuseppe. O ferimento estava feio e sangrando sem parar.

— Mio Dio, é muito sangue… ele… ele está morrendo? — Enzo perguntou com a voz pesada.

— Só se a gente deixar — Respondi, firme.

Comecei a limpar a área, Vivi foi me passando gaze atrás de gaze, as duas mãos dela já cheias de sangue.

— Vai precisar de sangue — ela sussurrou.

— Eu sei, mas não temos. Então vamos controlar o sangramento primeiro, senão nem transfusão adiantaria — Olhei nos olhos dela, pra mantê-la firme. — Se ele parar, você sabe massagem cardíaca, certo?

Ela respirou fundo e assentiu.

O corte abriu mais do que parecia por fora. Um sangramento arterial forte. Era isso que estava levando ele embora.

— Jack — chamei. — Pressiona aqui com força — Ele obedeceu, colocando o peso do corpo sobre a gaze.

— Mais firme! Se não for capaz de segurar, ele vai morrer na tua mão — As palavras cortaram como faca, mas era o que ele precisava ouvir para entender a gravidade. Vi raiva surgir nos olhos dele, e aí sim, ele apertou como se fosse a última coisa que faria na vida.

Enquanto Jack segurava, consegui pinçar a artéria. Vivi estava atenta aos meus movimentos, com uma pinça também em suas mãos, me ajudando. Nós duas trabalhávamos em sincronia.

— Isso, muito bem. Segura — Consegui prender o vaso e o sangramento diminuiu.

— Está funcionando? — Enzo perguntou, tenso.

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