Capítulo 365 – É o que funciona
Alex
Descemos Aline e Enzo, e Tom correu até o subsolo para que, junto dos caras, pudesse encontrar a bomba. Ficamos aguardando eu, Brady, Alessa e Lena.
— Alex — Tom me chamou pelo rádio.
— Ouvindo.
— Achamos a maldita, e para nossa sorte, John disse que é o mesmo sistema que a outra, ele e Ethan já estão trabalhando — ele me disse.
— Grazie a Dio — Alessa falou aliviada.
— E mais uma coisa, os caras conseguiram mover o jammer. Hugo e a pequena já estão restaurando a rede — Tom concluiu.
— A Jo o quê? — Brady perguntou, irritado.
— Também não gostei disso, irmão, mas ela é uma Sterling Anderson, com uma pitadinha de Reynolds só para garantir — ele disse e todos nós rimos.
— Certo, Tom, assim que as portas se abrirem, nos avise, que vamos descer até o Jack — Tom concordou e encerramos a comunicação.
— Será que tem mais desses cretinos? — Lena perguntou.
— A essa altura, eles já fugiram — respondi.
Alguns minutos se passaram, olhei no relógio e vi que faltavam vinte minutos para o horário programado da explosão.
— Alex?! — Ben me chamou.
— Fala.
— Portas abertas, mas a bomba ainda está correndo o tempo, John e Ethan ainda estão trabalhando.
— Estamos indo até o Jack, dez minutos, Ben. Se a bomba não for desarmada em dez minutos, quero todos vocês fora do prédio — ordenei, e ele assentiu.
— Vamos lá! — disse a quem estava comigo e corremos para o sexto andar.
Abrimos a porta, e demos de cara com os mortos. Assim que elas fecharam, o barulho ecoou pelo corredor.
— Alessa, sabe onde eles podem estar? — perguntei, já que ela havia passado um tempo com as meninas aqui.
— Talvez no quarto da Rosa? Ou no posto médico? — ela me informou.
— Centro cirúrgico, aqui tem um. É lá que Aline trataria o Peppe — Foi Elena quem disse.
Passamos em frente ao elevador e na mesma hora ouvimos o barulho. Com a restauração das redes, eles deviam estar voltando a funcionar.
— Ali! — Brady apontou para o corredor lateral, e logo vimos a placa que informava sobre o centro cirúrgico.
Coloquei a mão na maçaneta e abri a porta com tudo. E dei de cara com o cano da arma do Jack.
— Está querendo morrer? — ele me perguntou.
— Não — respondi sem hesitar. — E não quero que morram também, quatorze minutos para evacuar — eu disse.
— Precisamos locomover o Peppe, mas sem os elevadores, vai ser difícil — Aline falou.
— Eles voltaram a funcionar — Elena informou enquanto se aproximava de Enzo, que se mantinha ao lado de Peppe.
— Melhor não arriscar, garota, se travarem, ficamos presos e com uma bomba ainda ativa — Brandon lembrou.
— Brady está certo — eu disse, passando a mão nos cabelos. Teríamos que descer seis andares com Peppe, mas carregando a maca, não seríamos tão rápidos assim.
— Vou sedá-lo, assim vocês conseguem carregá-lo no colo e não na maca.
— Mas os pontos… — Vivi avisou com a voz embargada.
— Eu sei, Vivi, mas ou é isso, ou é o risco de não sairmos a tempo — Aline disse com firmeza.
— Decidido, revezamos em carregá-lo — falei com autoridade.
— Não é preciso, eu o carrego — Enzo disse, já o acomodando em seu colo.
— Vamos então — eu disse. Aline deu uma injeção em Giuseppe que já estava no colo de Enzo. E voltamos para o corredor.
Assim que começamos a descer, Tom me chamou pelo rádio.
— Alex, onde vocês estão?
— Chegando no quinto andar — informei.
— Os bombeiros chegaram, e começaram a evacuar o prédio, estão tirando os pacientes do subsolo. Aqui embaixo está uma loucura.
— Evacuem também, quero todos os nossos fora imediatamente.
— Já dei essa ordem, mas o John insiste em tentar — Tom me disse.
— Diga a ele que não dá tempo, quero toda a minha família, e isso inclui ele, fora do prédio e em segurança. — respondi irritado.
— Chefe — John me chamou. — Só mais cinco minutos. Se eu não conseguir em cinco minutos eu saio. Eles não vão conseguir tirar todos daqui. Minha mulher e minha filha estão seguras, preciso dar a chance para a mulher e filha dos outros também — Suspirei em derrota ao ouvir suas palavras, pois a minha mulher e a minha filha, assim como as do John, também estavam seguras.
— Certo! — eu disse, e encerrei a comunicação. Continuamos descendo e assim que cheguei no térreo.
— Vocês vão para fora, levem todos o mais longe possível do prédio — ordenei.
— E você? — Brady perguntou, confuso.
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