Capítulo 367 – Viram te buscar
Vivian
Uma semana. Faz exatamente uma semana que Giuseppe foi baleado. A perda de sangue o debilitou. Enzo se recusou a levá-lo a um hospital; disse que daria o melhor tratamento a ele, mas aqui de casa. Aline, como excelente médica que é, e Lyu, enfermeira, têm me ajudado a cuidar dele.
O quarto dele foi todo adaptado, e hoje, depois de todos esses dias, ele está mais corado, com sinais estáveis e falante, mais do que o normal.
— O Don disse que assim que ele resolver a situação dele, vai viver na América. E eu também — ele disse, dando um beijo em minha cabeça que estava em seu peito.
— Isso é ótimo. — respondi mas não consegui esconder a tristeza na voz.
— Qual o problema? — me perguntou, colocando o dedo em meu queixo e me obrigando a olhá-lo.
— Ainda não conversei com a Evie se ela vai querer me manter como babá quando voltarmos, a princípio, fui contratada para a viagem.
— Mia donna não precisa se preocupar em trabalhar — ele me respondeu e eu sorri para a forma como me chamou: “mia donna”.
— Peppe, não sou sua mulher. Eu tenho marido, e quando eu voltar para casa, ele virá atrás de mim.
Ele se sentou na cama me trazendo junto dele.
— Falei com o Don sobre isso, e a Evie falou com o Alex — ele passou o polegar por minha bochecha. — Vamos resolver isso, amore mio, eu prometo.
Eu acreditava nele, mas será que Peppe merecia passar por isso? A vida deles já era agitada, o trabalho dele era estressante e perigoso. Será que ele merece um problema… como eu?
— Vivian, para com isso.
— Com o quê?
— Eu te vejo, amore mio, vejo essa sua cabecinha trabalhando. Vamos deixar Jason pra lá um pouquinho, e pensar no agora — Ele me puxou para o colo dele.
— Giuseppe, você ainda está ferido.
— Amore mio, Aline me disse hoje que estou ótimo — ele disse, passando o nariz em meu pescoço.
— E onde eu estava nessa hora? — perguntei, arqueando uma sobrancelha para ele e envolvendo meus braços por seu pescoço.
— Não faço ideia, mia bella — Peppe não me deu tempo para questioná-lo mais, ele me beijou.
O beijo dele começou intenso, cheio daquela paixão que só o Peppe tem, um misto de urgência e devoção. Suas mãos grandes deslizaram pela minha cintura, me puxando mais para ele, e eu gemi baixinho contra a boca dele.
— Peppe… — sussurrei, mas minha voz saiu entrecortada, sem força para protestar.
Ele sorriu contra meus lábios, aquele sorriso arrogante e encantador que me deixava completamente rendida. Suas mãos subiram pelas minhas costas, e cada toque seu fazia minha pele arder. Eu podia sentir o peso do desejo dele, firme contra mim, e aquilo me enlouquecia.
Desci minhas mãos pelo peito dele com cuidado, tocando o curativo, e ele prendeu meus pulsos, me fazendo encará-lo.
— Não se preocupe, amore mio… — disse com a voz rouca. — A única coisa que pode me matar agora… é você me negando isso.
Meu corpo inteiro estremeceu. Ele voltou a me beijar, mas dessa vez devagar, explorando cada pedacinho da minha boca, me deixando sem ar. Quando senti seus dedos abrirem os botões da minha blusa, uma excitação deliciosa percorreu meu corpo.
Seus lábios desceram pelo meu pescoço, sugando minha pele como se quisesse me marcar, e eu arqueei o corpo contra ele, sem conseguir evitar o gemido que escapou.
— Dio… você é tão bella… — ele murmurou contra minha pele, deslizando as mãos para dentro da minha blusa, tocando meus seios sobre o sutiã. Eu tremi, me esfregando nele.
Ele parou por um instante, encostou a testa na minha, respirando forte. Seus olhos estavam escuros, queimando de desejo.
— Você tem certeza, mia bella? — perguntou, a voz carregada de intensidade.
Olhei para ele, sem hesitar, um sorriso surgindo nos meus lábios mesmo com a respiração ofegante.
— Sim — respondi, sentindo meu coração acelerar. — Eu quero, Peppe.
O sorriso dele se abriu, safado e apaixonado ao mesmo tempo, antes de me beijar de novo, me deitando na cama com cuidado, como se eu fosse o tesouro mais precioso que ele já teve.
E naquele instante, eu sabia: não importava meu passado, nem os fantasmas que me assombravam… porque naquele quarto, tudo que eu mais queria era ser dele.
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