Capítulo 366 – Tempestade
Evelyn
Saímos por ordem do Alex, mas meu coração parecia ter ficado lá, na verdade, ele ficou, pois meu amor ainda estava lá dentro. Os bombeiros chegaram e começaram a tirar os pacientes.
— Graças a Deus — Cat, que estava ao meu lado, disse. Estávamos felizes por termos conseguido sair, mas nosso coração ainda estava apertado em saber que havia inocentes no prédio.
Jo, Tom e os outros passaram pela porta e corri até eles.
— Onde está o Alex? — perguntei.
— Está vindo com o pessoal, trazendo o Peppe — Assim que ele acabou de falar, ouvimos Jordan gritar.
— JACK!! — olhamos para a porta, e ele vinha ao lado de Brady, Alessa, Elena, Vivian e Enzo, que carregava Giuseppe. Continuei olhando, esperando para vê-lo, e nada.
Eu e Amyra fomos em direção aos meninos, mas fui eu quem perguntou.
— Onde está o Alex?
— E o John? — A pergunta veio de Amyra.
— Estão lá dentro, tentando desarmar a bomba — Brady respondeu.
— Como é que é? Aquele homem teimoso e irritante ficou lá dentro? — perguntei, a raiva me consumindo.
— Evie, temos uma folga. Alex jamais se colocaria em risco. Se não der, ele sai com o John — Jack me respondeu.
Mas algo dentro de mim me dizia o contrário. Alexander Sterling é altruísta demais, bom demais mesmo quando quer mostrar o contrário. Comecei a caminhar de um lado para outro quando ouvi alguém gritar.
— Amyra! — era o John. Antes mesmo de Amy responder, fui até ele.
— Cadê o Alex? — perguntei com urgência.
— Não consegui desarmar a bomba, ela tinha um circuito de redundância — ele me respondeu, e os meninos vieram para o meu lado.
— Como assim?
— Tem uma chance de desarmar, só que tem duas opções, e é preciso escolher uma. — John nos informou.
— Deixa eu ver se eu adivinho, meu irmão ficou lá para fazer essa escolha — Brady disse irritado.
— Sinto muito, mas ele colocou a arma na minha testa e ele não parecia estar brincando.
— E não estava — Ben falou.
— Você está me dizendo que ele ficou lá dentro para morrer? — perguntei, sentindo um amargo na boca.
— Ele ficou para tentar dar uma chance àquelas pessoas, tem muita gente lá embaixo — John me respondeu com orgulho, sabendo que o ato do Alex, seu sacrifício, era puro heroísmo e esses caras, cada um deles, respeitava isso.
— Onde fica isso? — perguntei.
— No subsolo, assim que sair da escada, na primeira porta à direita — Assim que John me informou, sem pensar eu corri para dentro.
— EVIE!!! — Ouvi que os quatro meninos me chamarem ao mesmo tempo, mas não me virei para nenhum. Eu só corri.
Passei pela porta e trombei em um dos bombeiros.
— Senhora… — ele disse, tentando me segurar, mas o afastei e continuei correndo.
— Alexander Sterling, você que não ouse puxar nada antes de eu chegar — eu disse enquanto corria.
Desci as escadas, e assim que abri a porta, eu vi um verdadeiro caos. Puxei na memória onde John disse que Alex estava.
“assim que sair da escada, na primeira porta à direita”
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