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Meu noivo Morreu e me deixou para o Inimigo romance Capítulo 42

Evelyn

Quando aquele homem me tocou, senti vontade de vomitar. Mas isso não justificava a atitude de Alexander. Ele poderia ter matado o cara.

Vim calada o caminho todo, e quando chegamos em casa, fui direto para o quarto. Alexander usou a mesma tática comigo: me ignorou. Mas eu não costumo deixar passar, e ele sabe disso.

Só que ele tinha outros planos e, meu Deus, foram ótimos.

Ainda não transamos, por mais que eu quisesse. Algo dentro de mim ainda me travava.

Mas com Alexander eu não preciso do sexo... Como ele mesmo diz:

"Eu sei te fazer se sentir bem."

E como sabe. Seus toques, seus beijos, seu jeito possessivo, mas ainda assim carinhoso.

Ele não faz com que as coisas sejam sobre ele, mas sim sobre nós. Às vezes, mais sobre mim. E é isso que torna tudo tão gostoso... e me faz querer sempre mais.

— No que está pensando? — Alexander perguntou, me puxando para ele e beijando meu ombro.

— Que ainda não conversamos sobre o que aconteceu.

Me virei para encará-lo.

— Te agradeço por me defender, mas isso não justifica a agressão.

— Ele passou a mão na sua bunda e ainda saiu com elas intactas. Ele teve sorte... porque a minha vontade era arrancar as mãos dele.

Seu tom havia mudado. Seus olhos também. A raiva estava estampada em ambos.

— A questão não é essa, é a forma como você resolve as coisas.

Envolvi meus braços em seu pescoço.

— Eu acho sexy esse seu jeito bruto...

— Acha é? — Perguntou me puxando para ele.

— Foco Alexander! Só que... algo aqui dentro de mim ainda não sabe lidar com isso.

Fui sincera. Alexander era o homem mais sexy que já conheci. Mas esses estopins que ele tem ativam algo dentro de mim que me paralisa.

Ele me deu um beijo rápido.

— Eu sei disso, querida. Vi sua reação. E também vi a forma como você se desculpou com o David.

Ele passou a mão no meu rosto com uma ternura que contrastava com o homem que atacou Calvin horas atrás.

— Por isso insisto que converse com a Naomi.

Me afastei dele, e sua expressão mudou na hora.

— Ainda não estou pronta. E você disse que respeitaria minha decisão.

Ele suspirou, passando a mão no cabelo.

— Ok... no seu tempo.

Se virou de barriga para cima, fechou os olhos e cobriu-os com o braço.

Conversar sobre esse assunto sempre acabava assim. Ele prometeu não me machucar, e acha que me ignorar, em vez de discutir, é melhor.

— Boa noite, Alexander.

Levantei só o suficiente para alcançar seus lábios e dei um estalinho. Mas, quando me virei, ele me puxou.

— Alex! Você não ia dormir?

Perguntei, tentando sair do seu aperto.

— E vou... mas com você nos meus braços.

Me aninhei a ele, minhas costas coladas em seu peito, e seu rosto enterrado nos meus cabelos.

— Boa noite, querida.

Sorri pela forma carinhosa como ele me chamou.

— Boa noite, Alex.

Fechei os olhos e dormi do jeito que mais gostava: nos braços dele.

Acordei sentindo o vazio da cama. Olhei o relógio: oito da manhã.

Droga!

Por que Alexander não me acordou?

Fiz minha higiene, me troquei rapidamente e corri para a sala. Precisava de um café antes do trabalho.

— Bom dia, Amélia.

— Bom dia, querida — ela respondeu com seu sorriso habitual.

— Alex ainda não voltou da academia? Ele nem me acordou. Vou chegar atrasada na galeria.

Disse enquanto dava uma mordida na torrada.

Amélia me olhou confusa.

— Ele já voltou da academia. Chegou, tomou banho e foi para a empresa.

Mas eu sentia que tinha mais coisa. Nesses quase dois meses aqui, já conhecia Amélia muito bem.

— E... o que mais?

Perguntei, levantando a sobrancelha.

— Ele foi para Dallas. Disse para deixá-la dormindo... porque você não trabalha mais na galeria.

A irritação tomou conta de mim.

— Ele está enganado, Amélia. Porque eu ainda trabalho lá. Na verdade, estou indo agora. E já estou atrasada.

Levantei e fui até o quarto pegar minhas coisas. Antes de sair, mandei uma mensagem para Alexander.

Segundos depois, enquanto esperava o elevador, meu telefone tocou. Olhei para a tela, era ele. Claro que recusei.

— Evie, Lucas vai levá-la — disse Amélia, se aproximando.

— Olha... podem levar o que quiserem — disse com a voz trêmula, tentando parecer o mais calma possível naquela situação.

— Posso mesmo?

Uma voz carregada de sotaque ecoou pelo salão. O homem vinha em minha direção. Seu cabelo loiro bem penteado contrastava com o olhar de predador.

— Senhorita Parker... Prazer em conhecê-la. Não tive a oportunidade em Berlim. A senhorita conseguiu escapar dos meus homens.

— Quem é você?

— Que rude da minha parte, deixe-me me apresentar. Sou Maximilian Schmidt, e vim de Berlim especialmente pela senhorita.

— Eu não entendo... O que quer comigo?

Antes que ele respondesse, outro homem entrou arrastando Jordan. Ela se debatia, falando na mesma língua que eles. Logo em seguida, mais homens surgiram. Eram oito no total. Jordan e eu não tínhamos a menor chance de escapar.

— Bem... agora que sua amiga ali se acalmou — disse ele, apontando para Jordan, que havia sido contida com uma arma encostada na testa.

— Vamos ao que interessa. Mandamos o Senhor Sterling para Dallas, o que nos dá tempo para conseguir da senhorita o que queremos.

Eu ainda estava confusa. O que eu poderia ter? Nada daquilo fazia sentido.

— E o que exatamente seria isso?

— Ah, que bom que perguntou.

Ele se aproximou, tocando meu rosto com o dedo, me obrigando a encará-lo. O que vi em seus olhos me fez gelar por dentro.

— Quero a chave do cofre de Brandon.

Engoli em seco. Eu não fazia ideia do que ele estava falando. Mas algo me dizia que ele não acreditaria nisso.

— Eu não sei onde está. Não faço ideia do que você está falando.

Ele estendeu o braço, e um dos homens lhe entregou uma arma. Ele a pressionou contra meu queixo, e senti meu corpo inteiro estremecer.

— É melhor começar a se lembrar, senhorita Parker.

A arma desceu lentamente pelo meu pescoço até o colo, moldando meus seios. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto.

— Seria uma pena acabar com alguém tão deliciosa quanto a senhorita.

Tentei me desvencilhar dele, mas o homem que me segurava me manteve firme. Enquanto isso, Maximilian me cheirava como um animal, encostando o rosto no meu.

— Talvez, depois que eu conseguir o que quero, eu não a mate... Leve-a como brinde.

Ele se aproximava ainda mais. Comecei a me debater. Foi quando ouvi um estalo seco. As mãos do homem atrás de mim se afrouxaram. Ele caiu, sem vida.

— Meu Deus...

Levei a mão à boca, horrorizada. Uma bala perfurara o centro da testa dele.

Então olhei para a porta.

Lá estava ele.

Cabelos impecáveis. O terno moldando cada músculo. Mas os olhos... os olhos queimavam.

— Alex!

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