Alexander
Assim que cheguei em casa, depois da academia, recebi uma ligação de Chen. Ele disse que Maximilian Schmidt estava em Dallas. E depois de ter a audácia de mandar homens perseguirem Evelyn em Berlim, eu o queria morto. Mas não antes de arrancar todas as informações possíveis sobre Brandon e o esquema em que ele estava envolvido.
Só que algo naquela informação não se encaixava. Antes de seguir para Dallas, pedi para que Benjamin checasse. E, como imaginei, era uma distração. Pelo visto, ele me queria fora de Houston. Mas por quê?
Evelyn me mandou uma mensagem, e como sempre, me desobedecendo. Avisando que estava indo para a galeria. Liguei para ela, mas ela ignorou minhas chamadas. Pedi para Jordan ir até lá e, claro, mandei um dos meus homens ficar de olho.
Foi aí que descobri o motivo de Maximilian não me querer aqui. Ele estava atrás de Evelyn. Meu sangue ferveu. Preparei meus homens. Hoje, alguém iria sangrar... e não seria eu.
Quando Owen me mostrou as imagens da galeria, meu sniper tinha um dos homens com Evelyn na mira. E eu vi aquele cretino tocando a minha mulher...
— Mate.
Minha ordem foi clara. Assim que o homem caiu, entrei.
— Alex!
Evelyn gritou meu nome. Eu ouvi o desespero na sua voz.
— Senhor Sterling, achei que estivesse em Dallas — disse Maximilian, apontando a arma para a cabeça de Evelyn. Mas ele não a mataria. Ele sabia que ela era valiosa demais. E também sabia que não sairia vivo dali se fizesse isso.
— Bem... — respondi com a voz calma, caminhando em sua direção.
— Achou errado, Senhor Schmidt.
Continuei me aproximando. Ele apertou mais o braço de Evelyn. O pavor estava estampado no rosto dela. Meu coração doeu, mas eu não podia deixar minhas emoções tomarem conta. Mostrei a ele que aquilo não me afetava.
— Sabe o que mais o senhor errou, Senhor Schmidt? — falei sem elevar o tom, com uma ameaça gelada que parecia vibrar no ar.
Ele tentava mostrar tranquilidade, mas eu via. Sentia o medo dele. E gostava disso.
Parei bem na sua frente. Eu não precisava olhar para saber que, meus homens já haviam cercado os dele.
— Em mexer com a minha mulher — sussurrei, com uma calma que não transmitia paz, mas a fria certeza de que ele era um homem morto.
O homem empalideceu no mesmo instante.
— Sua mulher? Não... deve haver algum engano. Ela é de Brandon!
A voz dele vacilou. Ele sabia que tinha cometido o maior erro da vida. Eu não era temido à toa. As pessoas sabiam exatamente o que acontecia com quem mexia comigo. Imagine, então, mexer com a minha mulher.
Evitei olhar nos olhos dela. Não podia me distrair. Só queria tirá-la dali.
Um sorriso brincou nos meus lábios. Comecei a contorná-lo. Percebi sua mão tremer, mas o dedo ainda estava no gatilho. Cheguei perto do seu ouvido.
— Brandon está morto. E Evelyn... é minha.
O homem engoliu em seco.
— E sabe o que acontece com quem mexe no que é meu, Senhor Schmidt?
Ele balançou a cabeça em negação. Mas o cano frio da arma ainda pressionava a têmpora de Evelyn.
— Sangra.
Sussurrei em seu ouvido, uma promessa sombria.
Foi naquele instante que percebi ele vacilar. O aperto em Evelyn afrouxou. O dedo no gatilho cedeu milimetricamente. Era a minha chance.
Com a velocidade de uma víbora, agarrei seu pulso, desviando a arma com um movimento seco e brutal. Não houve hesitação, apenas força. A arma ricocheteou no chão com um baque surdo.
Evelyn cambaleou para trás. O rosto pálido, os olhos marejados. Ela tropeçou, mas se recompôs, afastando-se da zona de perigo.
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