Jackson
Quando mandei Jordan correr, e ela desobedeceu pra enfrentar o cara…
Meu coração até parou de bater.
Tudo aconteceu rápido demais.
Ela.
Alex.
Os tiros.
Os motoqueiros.
E, por fim… o fim do caos.
O que eu não esperava era que os malditos conseguiriam me atingir.
Tomei um remédio, e depois disso… só borrões.
Ouvi de longe a voz da Jordan conversando com a Evelyn.
A chegada dos caras.
Alguém me carregando até o quarto.
Depois… só ela e eu.
Senti quando ela se levantou e saiu pra atender o telefone.
Minha curiosidade, ou talvez a certeza de quem era, me irritou.
E acabei despertando.
Demorou um pouco até ela voltar.
E eu, feito um cretino, fingi que ainda estava dormindo.
Assim que a porta do banheiro se fechou e o barulho do chuveiro começou, me sentei na cama.
Levei a mão até o curativo e praguejei mentalmente.
Erro de principiante.
Eu nunca perco o foco.
Sou um dos melhores caras de Alexander…
Mas ultimamente...
Bufei, frustrado.
Encostei a cabeça na cabeceira e fechei os olhos de novo.
Precisava acalmar o caos interno antes de focar no caos de fora.
Ou seja.
As merdas do Brandon.
O som do chuveiro cessou.
Levantei a cabeça e mantive os olhos fixos na porta.
Demorou um pouco, até que…
Ela saiu.
E meu mundo parou.
Jordan estava deslumbrante.
A camisola curta… mais mostrando do que escondendo.
O corpo dela era perfeito.
Nunca imaginei que por baixo dos agasalhos estivesse uma mulher assim.
Curvas marcadas.
Seios convidativos.
Deus… que mulher é essa?
Meus olhos não deixaram os dela.
E ela também não se moveu.
Ficamos assim… presos.
Até que ela quebrou o silêncio denso do quarto.
— Se você continuar me olhando assim por mais um segundo…
Ela parou por um instante. Mordeu os lábios, e eu fiquei preso neles.
Abraçou o próprio corpo, como se pudesse esconder o que eu já tinha visto. Como se fosse possível.
— … vou acabar dormindo com meu agasalho.
Sorri com o jeito dela, com as palavras. Essa era a minha marrenta.
Mesmo constrangida, não deixava barato.
— Bem… você não pode me culpar — ergui o canto dos lábios num sorriso malicioso.
— Você é uma verdadeira deusa.
Minhas palavras a fizeram corar.
— Jack… — meu nome nos lábios dela soou como uma prece.
— Você não pode me dizer essas coisas...
Ela prendeu os olhos nos meus de novo.
— ...senão eu vou acabar acreditando que você me quer de verdade.
— E se eu quiser? — respondi sem pensar.
Não quero mais fugir disso. Que se foda Alexander, Abigail ou qualquer um que ache errado.
Pra mim, só importa ela.
Só importa se ela também me quer.
Levantei da cama e fui até ela.
Parei bem na sua frente, envolvi meus braços ao redor de sua cintura e a puxei para mim.
— Me diz, marrenta… — murmurei, com a voz baixa. — O que aconteceria se eu te quisesse?
Ela descruzou os braços. Envolveu os meus quadris com os dela.
— Eu nunca tive isso… — murmurou, abaixando a cabeça.
Toquei seu queixo com delicadeza, levantando seu rosto para me encarar de novo.
— Isso o quê, Jo?
— Atenção. Carinho. Do cara que eu gosto.
Desci os lábios até seu pescoço e beijei ali.
O som que ela soltou… foi a porra da melhor melodia que já ouvi.
— Então você gosta de mim… — sussurrei em seu ouvido.
— Você sabe que sim, Jackson! — respondeu, com aquela braveza adorável.
Até quando se entregava… ela era pura marra.
— Então fica comigo Jordan, me deixa te mostrar o quanto tudo isso é bom.
Ela não me respondeu. E meu coração começou a acelerar, eu não sabia dizer porque. Talvez fosse medo dela me rejeitar. Mas aí ela disse:
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