Entrar Via

Os Gêmeos inesperados do CEO romance Capítulo 102

Martina

O Sapphire Room permanecia envolto em uma aura de sofisticação silenciosa, um espaço onde segredos podiam ser sussurrados sem risco de ecoar. A madeira escura do mobiliário e as paredes de seda azul-marinho eram uma moldura perfeita para o meu plano. Cruzei as pernas, ajustando o tecido do meu vestido Valentino contra a luz dourada da luminária. O toque gelado da taça de Chardonnay em meus dedos servia como um lembrete constante de que, mesmo no calor da manipulação, a precisão era essencial.

A porta do restaurante abriu-se, e Peter Calton entrou com a confiança ensaiada de alguém que sempre dependeu mais da aparência do que da substância. Seu terno cinza estava impecável, mas sua postura, por mais altiva que fosse, não conseguia disfarçar o desconforto sob meu olhar calculado. Ele caminhou até mim e sentou-se sem pedir permissão, um gesto tão audacioso quanto previsível.

“Senhorita Ricci,” ele começou, a voz baixa e cheia de intenções. “Este convite foi... intrigante.”

Inclinando ligeiramente a cabeça, ofereci um sorriso controlado. “Sr. Calton, fico satisfeita que tenha vindo. É sempre interessante quando... interesses se cruzam, não acha?”

Seus olhos se estreitaram levemente, tentando medir o que estava por trás das minhas palavras. “E que interesses seriam esses?” Ele apoiou os cotovelos na mesa, fingindo relaxar.

“Li sobre o seu processo contra Amber nos jornais,” comecei, girando levemente a taça de vinho na mão. “Imagino que esteja buscando justiça por seus... filhos.”

Peter reagiu como eu esperava. Sua expressão fechou-se por um momento antes de suavizar com uma careta ensaiada. “Amber me enganou. Agora, tentam fazer de mim o vilão. Tudo o que quero são meus filhos de volta.”

Ri suavemente, não tanto para debochar, mas o suficiente para mostrar que não me impressionava. “Sr. Calton, não precisa gastar energia com essas histórias. Sabemos que as crianças não são suas. Qualquer um que olhe para elas sabe exatamente de quem são filhos.” Mantive meu olhar firme, o desafio claro em minhas palavras.

Ele se mexeu na cadeira, ajustando o colarinho como se isso pudesse ajudá-lo a recuperar o controle. “Não sei do que está falando.”

“Claro que sabe,” rebati, inclinando-me para frente. “E eu sei que, no fundo, o que você realmente quer é a ruína de Leonardo Martinucci. Estou certa?”

Peter piscou, surpreso com a franqueza. Seu sorriso desapareceu por um instante. “Amber não é nada para mim,” disse com firmeza. “É Leonardo que precisa cair.”

Minha risada ecoou como vidro quebrando. “Cair? Sério, Peter? Não seja ingênuo. Leonardo não é o tipo de homem que se destrói facilmente. Mas eu posso ajudá-lo a alcançar... certos objetivos. Desde que saiba o seu lugar.”

Levantei-me devagar, pegando minha bolsa com uma graça ensaiada. “Ótimo. Mas este não é o lugar para conversas tão... delicadas. Vamos para um lugar mais reservado.”

Ao atravessarmos o corredor do restaurante, ele parou repentinamente, segurando minha cintura com firmeza. O gesto foi inesperado, e antes que eu pudesse reagir, ele inclinou-se até que seus lábios quase tocassem minha orelha.

“Martina,” ele sussurrou, o tom frio como gelo, “se você me enganar, não será Leonardo quem sofrerá as consequências. Entendido?”

Uma onda de adrenalina percorreu meu corpo, mas eu mantive minha expressão inabalável. Virando-me levemente, encontrei seus olhos e sorri. “Cuidado, Peter. Você não é o único que sabe jogar sujo.”

Ele riu baixinho antes de recuar, e juntos saímos do restaurante.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Os Gêmeos inesperados do CEO